Charge: Ildo |
O ódio e a maldade que dominam a mente de Jair Bolsonaro provocam nele um déficit de percepção típico de governantes autoritários: sua deformação mental é tanta que sequer é capaz de lidar com a ideia de redução de danos políticos.
Nesta tragédia humana do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, ele repete o comportamento que teve na pandemia da Covid.
Em uma e em outra, não foi ele quem causou, diretamente, os fatos.
Nem trouxe o vírus para o Brasil, nem ordenou a um bando de ilegais que executassem, com requintes sádicos, a dupla, mas seu ódio às pessoas é tão grande que toma os fatos negativos como algo que deve ser desprezado e minimizado, inclusive nas reações administrativas do governo brasileiro.
Não há muita diferença na essência de suas manifestações, embora, é claro, as situações sejam muito diferentes.
Do “é só uma gripezinha” e o “não sou coveiro” para o “aventura muito perigosa”, “os dois sabiam dos riscos” ou o “esse inglês era muito malvisto”, de fato, revela-se a mesma incapacidade de ter empatia, perceber a comoção e o sofrimento e, sobretudo, de reconhecer que são necessárias ações de Estado, cuja iniciativa depende dele.
Bolsonaro trata os fatos como “inimigos” a serem combatidos, não como problemas a serem resolvidos. Apela a generalizações como o “todo mundo morre um dia”, no primeiro caso, e “60 mil pessoas desaparecem, porque só se preocupar com estes dois”.
Sua limitada cognição e seu ódio figadal não lhe permite sequer fingir que está dando importância ao caso. Ao contrário, faz questão de evidenciar isso, como na espera, por um dia inteiro, da fingir “sentimentos” às famílias .
Com a cumplicidade de maus militares, arrasta ao lodo a ideia de soberania que temos todos o dever de defender para o nosso país sobre a Amazônia, e que não pode ser entendida jamais como destruição, como observa a excelente Maria Cristina Fernandes, no Valor:
“É sabido que Bolsonaro seguiu à risca o brado militar “selva!”, com o desmonte da Funai e do Ibama, a redução de multas ambientais, os decretos de liberação de posse e porte de armas e a paralisação da demarcação das terras indígenas. A reação à morte de Bruno e Dom, porém, fez mais. Fez pouco caso do conceito de soberania nacional que, um dia, guiou a instituição militar à qual o ex-capitão serviu”.
Felipe Nunes, diretor da Quaest Pesquisas, colocou no Twitter o mapa com a distribuição, até ontem, das menções ao caso Bruno/Dom, com suas mais de 18 milhões de menções nas redes sociais do mundo inteiro, no qual a intensidade do azul representa a relevância que teve em cada país.
Deixo ao leitor e à leitora a difícil missão de imaginar quantas delas são positivas ou negativas.
Nunca antes na história deste país alguém causou tantos danos à imagem do Brasil e, com eles, prejuízos para a economia e para os cidadãos deste país.
O cérebro de Jair Bolsonaro é um esgoto de ideias e tudo o que vem dele emana uma podridão insuportável.
Nesta tragédia humana do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, ele repete o comportamento que teve na pandemia da Covid.
Em uma e em outra, não foi ele quem causou, diretamente, os fatos.
Nem trouxe o vírus para o Brasil, nem ordenou a um bando de ilegais que executassem, com requintes sádicos, a dupla, mas seu ódio às pessoas é tão grande que toma os fatos negativos como algo que deve ser desprezado e minimizado, inclusive nas reações administrativas do governo brasileiro.
Não há muita diferença na essência de suas manifestações, embora, é claro, as situações sejam muito diferentes.
Do “é só uma gripezinha” e o “não sou coveiro” para o “aventura muito perigosa”, “os dois sabiam dos riscos” ou o “esse inglês era muito malvisto”, de fato, revela-se a mesma incapacidade de ter empatia, perceber a comoção e o sofrimento e, sobretudo, de reconhecer que são necessárias ações de Estado, cuja iniciativa depende dele.
Bolsonaro trata os fatos como “inimigos” a serem combatidos, não como problemas a serem resolvidos. Apela a generalizações como o “todo mundo morre um dia”, no primeiro caso, e “60 mil pessoas desaparecem, porque só se preocupar com estes dois”.
Sua limitada cognição e seu ódio figadal não lhe permite sequer fingir que está dando importância ao caso. Ao contrário, faz questão de evidenciar isso, como na espera, por um dia inteiro, da fingir “sentimentos” às famílias .
Com a cumplicidade de maus militares, arrasta ao lodo a ideia de soberania que temos todos o dever de defender para o nosso país sobre a Amazônia, e que não pode ser entendida jamais como destruição, como observa a excelente Maria Cristina Fernandes, no Valor:
“É sabido que Bolsonaro seguiu à risca o brado militar “selva!”, com o desmonte da Funai e do Ibama, a redução de multas ambientais, os decretos de liberação de posse e porte de armas e a paralisação da demarcação das terras indígenas. A reação à morte de Bruno e Dom, porém, fez mais. Fez pouco caso do conceito de soberania nacional que, um dia, guiou a instituição militar à qual o ex-capitão serviu”.
Felipe Nunes, diretor da Quaest Pesquisas, colocou no Twitter o mapa com a distribuição, até ontem, das menções ao caso Bruno/Dom, com suas mais de 18 milhões de menções nas redes sociais do mundo inteiro, no qual a intensidade do azul representa a relevância que teve em cada país.
Deixo ao leitor e à leitora a difícil missão de imaginar quantas delas são positivas ou negativas.
Nunca antes na história deste país alguém causou tantos danos à imagem do Brasil e, com eles, prejuízos para a economia e para os cidadãos deste país.
O cérebro de Jair Bolsonaro é um esgoto de ideias e tudo o que vem dele emana uma podridão insuportável.
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