Anderson Torres, o ministro da Justiça do fascista Jair Bolsonaro, já virou motivo de chacota nos corredores do poder em Brasília. O sujeito é um bajulador pegajoso do presidente e só faz e fala besteiras. Alguns analistas chegam a dizer que o panaca é mais patético do que o ex-ministro da Saúde, o incompetente general Eduardo Pazuello – aquele do “ele manda e eu obedeço”.
No seu puxa-saquismo, ele chega a cometer crimes explícitos. Na semana passada, por exemplo, o oportunista participou de atividades com o “capetão” em Orlando, nos EUA, que tiveram a presença do blogueiro Allan dos Santos, que está foragido do Brasil desde outubro do ano passado por seus crimes contra as instituições democráticas.
Convocado para esclarecimentos na Câmara
Diante do escancarado ato ilegal, o sinistro da Justiça poderá ser convocado agora para dar explicações à Câmara Federal. Na semana passada, o deputado Davi Miranda (PDT-RJ) protocolou requerimento em que questiona o motivo do ministro não ter informado à Interpol a localização do difusor de fake news, que é procurado pela Justiça brasileira.
“Sem o mínimo constrangimento, ao mesmo tempo em que tenta criar dificuldades ao processo de extradição, Bolsonaro prestigia o seu assecla e parece valer-se de sua atuação e serviços em território estadunidense. Não é possível ficar indiferente ao ultraje às instituições brasileiras que representou a participação ostensiva do senhor Allan dos Santos numa motociata em Orlando, organizada por simpatizantes do governo, no último dia 11 de junho”, afirma o requerimento.
Todo metido a valentão, Anderson Torres logo se acovardou diante do pedido de esclarecimento e jurou que não esteve com o criminoso nos EUA e ainda se negou a prestar explicações à Câmara Federal. “Eu não estive com esse cidadão [Allan dos Santos], eu não vi esse cidadão nos Estados Unidos. Não tenho o que responder a respeito disso”, resmungou.
O desgaste de Anderson Torres
A desculpa serve para desgastar ainda mais a imagem do grotesco ministro da Justiça, que tem feito de tudo para salvar o foragido blogueiro bolsonarista. Em novembro passado, por exemplo, ele exonerou do cargo a delegada Silvia Almeida, que pediu a extradição de Allan dos Santos quando chefiava o departamento responsável da Polícia Federal.
Essas e outras atitudes de servilismo têm desgastado a imagem de Anderson Torres. Como aponta uma notinha recente do site Metrópoles, “a força que Anderson Torres demonstrava ter no final de fevereiro, quando emplacou um nome de sua irrestrita confiança no comando da PF, parece ter arrefecido nos últimos meses. Dentro do governo, tanto para cima quanto para baixo, não faltam sinais de que o prestígio do ministro da Justiça e Segurança Pública está em declínio”.
“A agenda pública de Torres reflete esse quadro. Em maio, o número de compromissos caiu pela metade na comparação com os meses anteriores. A mudança de ritmo se estende às redes sociais. Seu perfil no Instagram, que era usado para publicações quase diárias até meados de abril, ficou sem nada novo por sete semanas... Ele só reapareceu com fotos da viagem aos EUA com Bolsonaro – talvez numa tentativa de mostrar que não está, assim, tão desprestigiado e esvaziado”.
Um vassalo desprezível
Essa opinião é compartilhada pelo jornalista Chico Alves, que detonou a figura do sinistro em postagem no UOL de março passado. “Anderson Torres mostra-se capaz de tudo para agradar o chefe Bolsonaro. Fez seguidas trocas na cúpula da PF, algo que levou entidades representativas de delegados a alertar sobre a quebra de continuidade em investigações importantes”. O colunista cita ainda a “volta da censura no país, ao determinar que plataformas de streaming retirem do catálogo o filme de Danilo Gentili ‘Como se tornar o pior aluno da escola’, sob pena de cobrança de multa de R$ 50 mil”.
E termina mencionando o que considera ser “ápice do ridículo” do panaca da Justiça. “Em despacho publicado no Diário Oficial da União, ele concedeu a Medalha do Mérito Indigenista ao presidente Bolsonaro ‘como reconhecimento pelos serviços relevantes em caráter altruísticos, relacionados com o bem-estar, a proteção e a defesa das comunidades indígenas’. Isso mesmo. O presidente que promove a maior destruição de áreas indígenas, permite ataques seguidos a essas comunidades por parte de criminosos, resiste em garantir seu acesso à saúde, é homenageado por Anderson Torres pelos ‘serviços relevantes’. Faria sentido se ele se referisse a serviços prestados aos garimpeiros”.
“Tomado pelo espírito do general que comandou o Ministério da Saúde, Torres não está nem aí para os parâmetros republicanos. Incompetente para administrar a Polícia Federal e obediente às ordens absurdas de Bolsonaro, ele segue em frente. O novo Pazuello da Justiça não se incomoda em ser coadjuvante de um presidente que age como Napoleão de hospício e condecora a si mesmo. Não se sabe o que é mais lamentável: o chefe ou seu vassalo”, conclui Chico Alves.
“Sem o mínimo constrangimento, ao mesmo tempo em que tenta criar dificuldades ao processo de extradição, Bolsonaro prestigia o seu assecla e parece valer-se de sua atuação e serviços em território estadunidense. Não é possível ficar indiferente ao ultraje às instituições brasileiras que representou a participação ostensiva do senhor Allan dos Santos numa motociata em Orlando, organizada por simpatizantes do governo, no último dia 11 de junho”, afirma o requerimento.
Todo metido a valentão, Anderson Torres logo se acovardou diante do pedido de esclarecimento e jurou que não esteve com o criminoso nos EUA e ainda se negou a prestar explicações à Câmara Federal. “Eu não estive com esse cidadão [Allan dos Santos], eu não vi esse cidadão nos Estados Unidos. Não tenho o que responder a respeito disso”, resmungou.
O desgaste de Anderson Torres
A desculpa serve para desgastar ainda mais a imagem do grotesco ministro da Justiça, que tem feito de tudo para salvar o foragido blogueiro bolsonarista. Em novembro passado, por exemplo, ele exonerou do cargo a delegada Silvia Almeida, que pediu a extradição de Allan dos Santos quando chefiava o departamento responsável da Polícia Federal.
Essas e outras atitudes de servilismo têm desgastado a imagem de Anderson Torres. Como aponta uma notinha recente do site Metrópoles, “a força que Anderson Torres demonstrava ter no final de fevereiro, quando emplacou um nome de sua irrestrita confiança no comando da PF, parece ter arrefecido nos últimos meses. Dentro do governo, tanto para cima quanto para baixo, não faltam sinais de que o prestígio do ministro da Justiça e Segurança Pública está em declínio”.
“A agenda pública de Torres reflete esse quadro. Em maio, o número de compromissos caiu pela metade na comparação com os meses anteriores. A mudança de ritmo se estende às redes sociais. Seu perfil no Instagram, que era usado para publicações quase diárias até meados de abril, ficou sem nada novo por sete semanas... Ele só reapareceu com fotos da viagem aos EUA com Bolsonaro – talvez numa tentativa de mostrar que não está, assim, tão desprestigiado e esvaziado”.
Um vassalo desprezível
Essa opinião é compartilhada pelo jornalista Chico Alves, que detonou a figura do sinistro em postagem no UOL de março passado. “Anderson Torres mostra-se capaz de tudo para agradar o chefe Bolsonaro. Fez seguidas trocas na cúpula da PF, algo que levou entidades representativas de delegados a alertar sobre a quebra de continuidade em investigações importantes”. O colunista cita ainda a “volta da censura no país, ao determinar que plataformas de streaming retirem do catálogo o filme de Danilo Gentili ‘Como se tornar o pior aluno da escola’, sob pena de cobrança de multa de R$ 50 mil”.
E termina mencionando o que considera ser “ápice do ridículo” do panaca da Justiça. “Em despacho publicado no Diário Oficial da União, ele concedeu a Medalha do Mérito Indigenista ao presidente Bolsonaro ‘como reconhecimento pelos serviços relevantes em caráter altruísticos, relacionados com o bem-estar, a proteção e a defesa das comunidades indígenas’. Isso mesmo. O presidente que promove a maior destruição de áreas indígenas, permite ataques seguidos a essas comunidades por parte de criminosos, resiste em garantir seu acesso à saúde, é homenageado por Anderson Torres pelos ‘serviços relevantes’. Faria sentido se ele se referisse a serviços prestados aos garimpeiros”.
“Tomado pelo espírito do general que comandou o Ministério da Saúde, Torres não está nem aí para os parâmetros republicanos. Incompetente para administrar a Polícia Federal e obediente às ordens absurdas de Bolsonaro, ele segue em frente. O novo Pazuello da Justiça não se incomoda em ser coadjuvante de um presidente que age como Napoleão de hospício e condecora a si mesmo. Não se sabe o que é mais lamentável: o chefe ou seu vassalo”, conclui Chico Alves.
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