Tanques do Exército ocupam as ruas do Rio de Janeiro no golpe de 1964/Arquivo EBC |
A festa dos 200 anos da Independência já estava estragada pelo devaneio golpista de Jair Bolsonaro, que resolveu transformar uma data cívica e “comício militarizado” em favor de sua reeleição.
Hoje, na convenção do Partido Republicano em São Paulo, não satisfeito, lançou a “ideia de jerico” de transferir o desfile militar de Sete de Setembro, no Rio, para a Praia de Copacabana, transformada nos últimos tempos em palco recorrente das manifestações de seus apoiadores, em lugar de fazê-la na Avenida Presidente Vargas, como é feita desde 1944.
Não há, ali, condições, como na Presidente Vargas, condições de fazer arquibancadas, no máximo é possível colocar gradis (e olhe lá) ao longo da orla, e não existem travessias alternativas à pista por onde passarão blindados e cavalarianos, com um risco imenso para as família que forem aproveitar o feriado na praia.
Tudo para permitir-lhe a cena de passar frente a bandos de alucinados, em pé em um veículo militar, como simulando ser o general que jamais poderia ser.
Pouco importa a Bolsonaro: ele quer que parada militar e comício se misturem, como uma coisa só e ainda mostrar que os militares se movem para onde ele quiser.
Pouca importa que seus aliados e ministros digam que ele quer evitar confrontos, pois é exatamente o que ele mais deseja.
Tanto que seus discursos delirantes são, cada vez mais, ameaçando com “a volta do comunismo” que só um alucinado pode ter visto passar pelo Brasil.
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