Charge: Stocker |
Mais de um milhão de assinaturas reunidas na famosa Carta pela democracia, a grande imprensa – a mesma que apoiou Sérgio Moro e sua quadrilha, que aplaudiu o golpe contra Dilma Rousseff e agora mudou de rumo – baixando o malho sobre Jair Messias, enfim, tivemos um onze de agosto memorável.
Pena que foi tão curto: no dia seguinte soubemos que o desequilibrado presidente continua subindo nas pesquisas eleitorais, e parece que a única explicação para esse absurdo é a dinheirama que ele e sua curriola no Congresso estão distribuindo país afora.
Ele diminuiu sensivelmente a vantagem de Lula nos dois maiores colégios eleitorais brasileiros, São Paulo e Minas. Além disso, também cresceu o número dos que aprovam o seu – digamos – governo.
Será que esses dois estados abrigam um número tão considerável de beneficiados pela distribuição de dinheiro e outros penduricalhos que teriam mudado sua intenção de voto?
Talvez. Mas a explicação deve ser outra, e bastante dolorosa: há, no eleitorado brasileiro, além de uma ignorância política crônica, adubada desde os tempos da ditadura militar, um reacionarismo latente. Uma espécie de medo a qualquer coisa que soe ou pareça comunismo, e que Jair Messias menciona cada vez mais quando abre a boca.
É contra esse fantasma que Lula e sua equipe precisam lutar com urgência. Não se trata de eleitores conservadores: são claramente reacionários, o que é muito diferente.
Esse reacionarismo, em todo caso, não encobre a maioria esmagadora do eleitorado. Há espaço para propostas minimamente progressistas, e as reeleições de Lula e Dilma comprovam isso.
Mas não deixa de ser preocupante – e um tanto assustador – esse crescimento de Jair Messias, o pior e mais abjeto presidente da história da República, justo em São Paulo e Minas.
Em 2018 o Brasil mostrou do que é capaz numa eleição. Será que corremos o risco de repetir a dose e enterrar o futuro de uma vez?
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