Charge: Thyagão |
Nelson Piquet passará para a história não apenas como tricampeão de Fórmula-1, mas também como um fascistoide trambiqueiro da pior espécie. Na sexta-feira (26), o site UOL revelou que o ex-piloto “doou R$ 501 mil como pessoa física para a campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Essa é a maior doação recebida pela campanha bolsonarista até o momento. As informações estão disponíveis no site Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)”.
Ainda segundo a matéria, até agora o “capetão” recebeu R$ 1.171.435,88 em doações de ao menos quatro pessoas físicas. Além do chofer presidencial, ele recebeu grana de Gilson Lari Trennepohl (R$ 350 mil), Ronaldo Venceslau da Cunha (R$ 60 mil) e Sergio Cardoso de Almeida Filho (R$ 30.000,88). “A doação de Piquet representa quase a metade do valor arrecadado entre todas as pessoas físicas para a campanha”.
Os valores doados pelos quatro nomes disponíveis na plataforma do TSE somam R$ 941.000,88. Não foram revelados ainda os nomes dos responsáveis pelas doações dos R$ 230.435,00 restantes. O fascista também recebeu R$ 10 milhões da direção nacional do PL do “ético” Valdemar da Costa Neto.
"Virou motorista de aplicativo" do fascista
Como registra o site UOL, “Piquet segue atuando como empresário e, com nome influente em Brasília, se aproximou do presidente Bolsonaro nos últimos tempos. Em entrevista concedida à RedeTV!, ele detalhou a aproximação com o político e não escondeu o seu apoio aos atos do agora amigo. ‘Fiquei fã dele. Eu o conheci, ele me convidou para almoçar e a gente se deu bem. Nunca me envolvi em política na vida, hoje sou Bolsonaro até a morte’”.
Em tom sarcástico, a reportagem ainda lembra que “a admiração fez com que Piquet virasse chofer de Bolsonaro por um dia. A cena aconteceu no Dia da Independência, em 7 de setembro de 2021. O ex-piloto dirigiu o Rolls-Royce presidencial na chegada do presidente à cerimônia de hasteamento da Bandeira Nacional... A cena virou meme nas redes sociais. Internautas ironizaram a situação e disseram que Piquet, há muito tempo aposentado das pistas, ‘virou motorista de aplicativo’. Na ocasião, Bolsonaro já era criticado por participar de atos antidemocráticos”.
O site também registra que “no ano passado, o ex-piloto voltou aos holofotes do esporte após usar termo racista e expressão homofóbica para falar de Lewis Hamilton. Em vídeo de entrevista ao jornalista Ricardo Oliveira, em novembro de 2021, ele chamou, por mais de uma vez, o atual piloto da Mercedes de ‘neguinho’”. O site UOL, porém, não cita uma bombástica denúncia postada pelo Metrópoles no início deste mês:
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Aditivo faz empresa de Nelson Piquet receber R$ 6 mi do governo
Empresa de ex-piloto, apoiador de Bolsonaro, foi contratada sem licitação em 2019 e viu cifra aumentar após aditivo com a Agricultura
Por Paulo Cappelli - 01/08/2022
Apoiador declarado de Jair Bolsonaro, Nelson Piquet tem um motivo extra para torcer pela reeleição do atual mandatário do Planalto. A Autotrac Comércio e Comunicações, empresa que preside, receberá R$ 6,6 milhões por um contrato assinado em 2019, sem licitação, com o Ministério da Agricultura.
O valor contratado inicialmente foi de R$ 3,5 milhões. Em dezembro de 2020, o governo concedeu à empresa de Piquet um termo aditivo que, hoje, faz com que o montante chegue a exatos R$ 6.683.791,80. E as cifras podem aumentar ainda mais: há previsão no contrato para aditivos até 2026.
O contrato em questão foi firmado com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para fornecimento de equipamentos necessários à manutenção do sistema de comunicação de dados e controle das estações meteorológicas.
Apesar do contrato vultoso, atualmente a Autotrac deve à União R$ 6,3 mil em impostos. Procurado, Nelson Piquet não se manifestou sobre o assunto.
Em tom sarcástico, a reportagem ainda lembra que “a admiração fez com que Piquet virasse chofer de Bolsonaro por um dia. A cena aconteceu no Dia da Independência, em 7 de setembro de 2021. O ex-piloto dirigiu o Rolls-Royce presidencial na chegada do presidente à cerimônia de hasteamento da Bandeira Nacional... A cena virou meme nas redes sociais. Internautas ironizaram a situação e disseram que Piquet, há muito tempo aposentado das pistas, ‘virou motorista de aplicativo’. Na ocasião, Bolsonaro já era criticado por participar de atos antidemocráticos”.
O site também registra que “no ano passado, o ex-piloto voltou aos holofotes do esporte após usar termo racista e expressão homofóbica para falar de Lewis Hamilton. Em vídeo de entrevista ao jornalista Ricardo Oliveira, em novembro de 2021, ele chamou, por mais de uma vez, o atual piloto da Mercedes de ‘neguinho’”. O site UOL, porém, não cita uma bombástica denúncia postada pelo Metrópoles no início deste mês:
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Aditivo faz empresa de Nelson Piquet receber R$ 6 mi do governo
Empresa de ex-piloto, apoiador de Bolsonaro, foi contratada sem licitação em 2019 e viu cifra aumentar após aditivo com a Agricultura
Por Paulo Cappelli - 01/08/2022
Apoiador declarado de Jair Bolsonaro, Nelson Piquet tem um motivo extra para torcer pela reeleição do atual mandatário do Planalto. A Autotrac Comércio e Comunicações, empresa que preside, receberá R$ 6,6 milhões por um contrato assinado em 2019, sem licitação, com o Ministério da Agricultura.
O valor contratado inicialmente foi de R$ 3,5 milhões. Em dezembro de 2020, o governo concedeu à empresa de Piquet um termo aditivo que, hoje, faz com que o montante chegue a exatos R$ 6.683.791,80. E as cifras podem aumentar ainda mais: há previsão no contrato para aditivos até 2026.
O contrato em questão foi firmado com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para fornecimento de equipamentos necessários à manutenção do sistema de comunicação de dados e controle das estações meteorológicas.
Apesar do contrato vultoso, atualmente a Autotrac deve à União R$ 6,3 mil em impostos. Procurado, Nelson Piquet não se manifestou sobre o assunto.
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