Charge: Aroeira |
Deu tudo errado no roteiro.
Jair Bolsonaro chega à véspera do que seria seu “Dia do Triunfo”, em que faria suas falanges desfilarem ao lado das Forças Armadas, simbolizando que sua vitória (nas urnas ou apesar delas) era o único resultado possível destas eleições, com um cenário em que, pelas pesquisas, é de convicção solidificada de que será derrotado.
Como escreve Tomas Traumann, em O Globo, a “chuva de dinheiro fracassa até aqui”, afirmando que a pesquisa Ipec (e as demais) mostra que "fracassou a tentativa de Bolsonaro de aumentar sua popularidade fazendo chover dinheiro, seja pelo corte nos preços dos combustíveis, seja pelo Auxílio Brasil de R$ 600 seja pelos vários vales caminhoneiros e taxistas".
Foi, para usar uma comparação militar tão ao gosto destes tempos, o fracasso de uma artilharia de alto calibre assestada atrás das linhas do “inimigo” Lula – a parcela mais pobre da população – e com isso o fiasco de enfraquecê-lo em suas bases.
O que deixa ao atual presidente a alternativa única de avançar com sua infantaria, que estará formada e aguerrida amanhã, nos atos de 7 de setembro. Para isso, porém, terá de prometer vitória, animá-la a destruir os “inimigos” e, assim, adotar um discurso ainda mais radical que vai empurrá-lo mais ainda para a rejeição entre os que não lhe são fanáticos.
O discurso do “fuzilar”, “metralhar” ou “mandar para a ponta da praia” de 2018 não funciona mais em 2022.
Assim como também não funciona mais a ameaça de golpe militar, quando está evidente que os comandos, a esta altura, estão mais preocupados em reduzir os danos da aventura em que se deixaram meter do que em uma ruptura que não teriam condições de sustentar.
Bolsonaro, entretanto, está preso na armadilha de radicalização que ele próprio construiu e não pode sequer apelar para que, ao menos, o levem ao segundo turno, pois toda a sua fala se baseia de que ele é a “voz do povo”.
Seguirá o que lhe dita sua natureza agressiva, o seu ódio.
E a população, na sua tão desprezada sabedoria, está se guardando e vai, assim que passar o perigo de amanhã, mostrar que tem uma decisão ainda mais evidente.
Jair Bolsonaro chega à véspera do que seria seu “Dia do Triunfo”, em que faria suas falanges desfilarem ao lado das Forças Armadas, simbolizando que sua vitória (nas urnas ou apesar delas) era o único resultado possível destas eleições, com um cenário em que, pelas pesquisas, é de convicção solidificada de que será derrotado.
Como escreve Tomas Traumann, em O Globo, a “chuva de dinheiro fracassa até aqui”, afirmando que a pesquisa Ipec (e as demais) mostra que "fracassou a tentativa de Bolsonaro de aumentar sua popularidade fazendo chover dinheiro, seja pelo corte nos preços dos combustíveis, seja pelo Auxílio Brasil de R$ 600 seja pelos vários vales caminhoneiros e taxistas".
Foi, para usar uma comparação militar tão ao gosto destes tempos, o fracasso de uma artilharia de alto calibre assestada atrás das linhas do “inimigo” Lula – a parcela mais pobre da população – e com isso o fiasco de enfraquecê-lo em suas bases.
O que deixa ao atual presidente a alternativa única de avançar com sua infantaria, que estará formada e aguerrida amanhã, nos atos de 7 de setembro. Para isso, porém, terá de prometer vitória, animá-la a destruir os “inimigos” e, assim, adotar um discurso ainda mais radical que vai empurrá-lo mais ainda para a rejeição entre os que não lhe são fanáticos.
O discurso do “fuzilar”, “metralhar” ou “mandar para a ponta da praia” de 2018 não funciona mais em 2022.
Assim como também não funciona mais a ameaça de golpe militar, quando está evidente que os comandos, a esta altura, estão mais preocupados em reduzir os danos da aventura em que se deixaram meter do que em uma ruptura que não teriam condições de sustentar.
Bolsonaro, entretanto, está preso na armadilha de radicalização que ele próprio construiu e não pode sequer apelar para que, ao menos, o levem ao segundo turno, pois toda a sua fala se baseia de que ele é a “voz do povo”.
Seguirá o que lhe dita sua natureza agressiva, o seu ódio.
E a população, na sua tão desprezada sabedoria, está se guardando e vai, assim que passar o perigo de amanhã, mostrar que tem uma decisão ainda mais evidente.
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