Charge: Bira Dantas |
Em mais uma denúncia da jornalista Juliana Dal Piva – desta vez em parceira com Elenilce Bottari –, o site UOL revelou nesta sexta-feira (23) que “o presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), fizeram, ao menos, duas visitas ao ex-capitão do Bope Adriano Nóbrega entre 2004 e 2005”.
O famoso criminoso foi apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, em 2019, como líder de um grupo de matadores de aluguel chamado de Escritório do Crime. Ele também foi denunciado por integrar uma milícia em Rio das Pedras, na zona oeste do estado. Ele estava foragido da Justiça e foi executado pela PM da Bahia em fevereiro de 2020 em uma sinistra troca de tiros – que gerou suspeitas de queima de arquivo.
Medalha Tiradentes para o criminoso
A primeira visita relatada pelo UOL ocorreu durante um suposto motim de policiais detidos no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica, em 28 de outubro de 2004. Adriano Nóbrega estava preso aguardando julgamento pela morte do guardador de carros Leandro dos Santos Silva, ocorrida em novembro de 2003. Ele foi detido em flagrante acusado de executar o trabalhador, que dias antes tinha denunciado um episódio de tortura e extorsão.
Já a segunda visita se deu quando da entrega da medalha Tiradentes, a maior comenda dada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), pedida pelo então deputado Flávio Bolsonaro e entregue por ele a Adriano Nóbrega dentro da prisão. Jair Bolsonaro também esteve presente na cerimônia. Como lembram as jornalistas em outra matéria, essa não foi a primeira vez que o clã condecorou PMs metidos em organizações criminosas.
O clã Bolsonaro e o crime organizado
Já a segunda visita se deu quando da entrega da medalha Tiradentes, a maior comenda dada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), pedida pelo então deputado Flávio Bolsonaro e entregue por ele a Adriano Nóbrega dentro da prisão. Jair Bolsonaro também esteve presente na cerimônia. Como lembram as jornalistas em outra matéria, essa não foi a primeira vez que o clã condecorou PMs metidos em organizações criminosas.
O clã Bolsonaro e o crime organizado
“O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) pediram homenagens a pelo menos 16 policiais denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) como integrantes de organizações criminosas. É o que aponta um cruzamento de dados entre os nomes dos policiais homenageados pelos dois filhos do presidente e as informações dos bancos de dados dos Tribunais de Justiça do país”.
Esses homenageados foram presos e denunciados em oito das mais importantes operações de combate ao crime organizado no Rio de Janeiro, entre 2006 e 2022: Calabar, Quarto Elemento, Purificação, Intocáveis, Gladiador, Amigos S/A, Segurança S/A e Águia na Cabeça. Nesse grupo, estão Adriano Nóbrega, o major Ronald Pereira e, mais recentemente, o delegado e ex-chefe da Polícia Civil Allan Turnowski.
“As investigações, realizadas pela Polícia Federal, pelas corregedorias e pelo Ministério Público, revelaram quadrilhas montadas por policiais para a prática de extorsão, corrupção, sequestros, homicídios, entre outros crimes. Em todos esses casos, os policiais estavam na folha de pagamento da máfia dos caça-níqueis, das facções do tráfico ou dos grupos milicianos”.
A reportagem lembra ainda que “Jair Bolsonaro já disse publicamente que foi ele quem pediu que os filhos prestassem homenagens a policiais. Questionados sobre as condecorações, a assessoria do presidente e do senador disseram, por nota, que ‘ao longo de anos na política, sempre fizemos homenagem a policiais que se destacaram pelos serviços prestados à população. À época das homenagens, era impossível prever que alguns desses policiais pudessem desonrar a farda’”.
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