Trabalhadores e trabalhadoras na Mercedes-Benz aprovam paralisação. Foto: Adonis Guerra/SMABC |
O sequestro das comemorações e desfiles do bicentenário da Independência pelo bolsonarismo, que os transformou em imensos comícios (principalmente em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo), ao mesmo tempo que demonstrou força, escancarou o profundo desprezo pelo significado maior da data nem mesmo mencionada e ainda assim vilipendiada.
Cabe agora aos partidos de oposição contestarem o desrespeito à Justiça Eleitoral e às instituições (com os militares aceitando submissos participarem da farsa) e reforçarem suas campanhas, estas sim válidas e legais.
Enquanto isso duas péssimas notícias preocupam o movimento sindical e ensejam reações efetivas.
A primeira delas é a inominável liminar do ministro Barroso, do STF, suspendendo a aplicação da lei (estritamente constitucional) do piso profissional da enfermagem, o que já provocou a reação contrária unânime das centrais sindicais e das entidades da profissão, com manifestações no próprio dia 7.
A segunda é o anúncio, às vésperas do feriado, de 3.600 demissões na Mercedes-Benz, no grande ABC. Anunciadas pela empresa com fundamento em suas necessidades e não levando em conta os interesses do país e dos trabalhadores certamente após a assembleia que os metalúrgicos e o sindicato convocaram para hoje será motivo de luta e de resistência.
Enquanto se travam as grandes batalhas eleitorais o movimento sindical tem com o que se preocupar, mas saberá conduzir, com mobilização e unidade, as lutas vitoriosas contra os efeitos destas más notícias.
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