Somente quem não viveu as eleições de 2018 pode ter se surpreendido com o 1° turno das eleições de 2022. Gente que confunde os seus desejos estimulados pelas pesquisas eleitorais com a realidade amarga revelada pelas apurações eleitorais. Para refrescar a memória de quem vivenciou os tempos, já cada vez mais distantes, da influência política militante dos partidos e organizações de esquerda nas periferias das zonas urbanas, exercida através dos movimentos sociais e organizações sindicais, tempos em que os religiosos que influenciavam os votos do "povo de Deus" eram padres e pastores simpatizantes do PT, não foram poucas as "surpresas" que os candidatos da esquerda deram ao serem eleitos contra todas as expectativas dos números produzidos pelos institutos de pesquisa eleitorais. A "esquerda de sofá", militantes do mundo virtual que se acredita que teria substituído o mundo duro da militância real no meio da luta dos trabalhadores e do povo pelos seus direitos econômicos, políticos e sociais, desconhece a capacidade da ação política corpo a corpo, frente a frente, no seio do povo, distribuindo panfletos e jornais de papel para os moradores da periferia, como fizeram, por exemplo, nesses últimos dias os "obreiros" da Igreja Universal com milhões de exemplares de seu jornal gratuito atacando a esquerda como agentes do diabo e exaltando os candidatos da direita como agentes da defesa da família cristã. A base da sociedade em um número incalculável de bairros de todas as cidades brasileiras está sendo influenciada atualmente por organizações sociais disseminadoras da ideologia da direita codificada com versículos da Bíblia, integradas principalmente por agentes das Igrejas evangélicas. A importância dessa ação política e ideológica jamais será compreendida por analistas liberais com sua metodologia acadêmica inspirada por Weber e pela sociologia estadunidense. A fonte teórica esclarecedora da importância decisiva dessa ação politica e ideológica deve ser buscada em textos do marxismo leninismo dos saudosos tempos de existência de partidos revolucionários ou até mesmo de partidos reformistas que depositavam suas esperanças de mudanças sociais na organização, mobilização e conscientização dos trabalhadores e do povo pela base. As análises dos intelectuais vinculados ao chamado lulismo me deixam cada vez mais perplexos. À importância da luta política e ideológica desenvolvida pela militância dos partidos de esquerda no seio do povo substituíram pela relevância da ação política e ideológica desenvolvida nas redes sociais por sítios supostamente de esquerda em disputa, não da consciência de classe do proletariado e seus aliados, mas do bom senso da chamada "opinião pública" formada pelos indivíduos de qualquer classe social que frequentam as redes sociais.
Somente quem não viveu as eleições de 2018 pode ter se surpreendido com o 1° turno das eleições de 2022. Gente que confunde os seus desejos estimulados pelas pesquisas eleitorais com a realidade amarga revelada pelas apurações eleitorais. Para refrescar a memória de quem vivenciou os tempos, já cada vez mais distantes, da influência política militante dos partidos e organizações de esquerda nas periferias das zonas urbanas, exercida através dos movimentos sociais e organizações sindicais, tempos em que os religiosos que influenciavam os votos do "povo de Deus" eram padres e pastores simpatizantes do PT, não foram poucas as "surpresas" que os candidatos da esquerda deram ao serem eleitos contra todas as expectativas dos números produzidos pelos institutos de pesquisa eleitorais. A "esquerda de sofá", militantes do mundo virtual que se acredita que teria substituído o mundo duro da militância real no meio da luta dos trabalhadores e do povo pelos seus direitos econômicos, políticos e sociais, desconhece a capacidade da ação política corpo a corpo, frente a frente, no seio do povo, distribuindo panfletos e jornais de papel para os moradores da periferia, como fizeram, por exemplo, nesses últimos dias os "obreiros" da Igreja Universal com milhões de exemplares de seu jornal gratuito atacando a esquerda como agentes do diabo e exaltando os candidatos da direita como agentes da defesa da família cristã. A base da sociedade em um número incalculável de bairros de todas as cidades brasileiras está sendo influenciada atualmente por organizações sociais disseminadoras da ideologia da direita codificada com versículos da Bíblia, integradas principalmente por agentes das Igrejas evangélicas. A importância dessa ação política e ideológica jamais será compreendida por analistas liberais com sua metodologia acadêmica inspirada por Weber e pela sociologia estadunidense. A fonte teórica esclarecedora da importância decisiva dessa ação politica e ideológica deve ser buscada em textos do marxismo leninismo dos saudosos tempos de existência de partidos revolucionários ou até mesmo de partidos reformistas que depositavam suas esperanças de mudanças sociais na organização, mobilização e conscientização dos trabalhadores e do povo pela base. As análises dos intelectuais vinculados ao chamado lulismo me deixam cada vez mais perplexos. À importância da luta política e ideológica desenvolvida pela militância dos partidos de esquerda no seio do povo substituíram pela relevância da ação política e ideológica desenvolvida nas redes sociais por sítios supostamente de esquerda em disputa, não da consciência de classe do proletariado e seus aliados, mas do bom senso da chamada "opinião pública" formada pelos indivíduos de qualquer classe social que frequentam as redes sociais.
ResponderExcluir