Charge: Laerte |
A manchete do site do Estadão – Primeira ordem de Lula a chefes das Forças Armadas será acabar com atos bolsonaristas em quartéis – dá bem a medida à situação a que o país está entregue nos próximos 18 dias, tempo que resta para que deixemos de ter um chefe de governo criminoso.
Os eventos de ontem – que não deveriam surpreender ninguém, de tão previsíveis e até anunciados que foram – não serão os últimos e não são iguais ao que os selvagens do trumpismo praticaram, em seu inconformismo com a vitória de Joe Biden.
E não são por uma simples razão: ali, apesar da demora e das vacilações, o poder de Estado se lançou contra os que queriam derrubá-lo, enquanto aqui, os chefes da “lei e da ordem” agem num terreno pantanoso entre a leniência e a cumplicidade com a subversão da ordem democrática e o resultado do pleito eleitoral.
Os atos bolsonaristas, infelizmente, não se realizam apenas às portas dos quartéis. Estão sendo realizados a toda hora, dentro deles, e com toda a pompa e circunstancia, nas peregrinação do presidente a uma série de atos militares aos quais ele vai, ainda que em silêncio ou em frases veladas, insuflar a indisciplina ante a transição de governo.
Aliás, a estas excursões à caserna é a única atividade governamental a que Jair Bolsonaro se dedica há um mês, completamente desconectado dos problemas reais do pais. Abandonou o posto e entrega-se apenas a atrair os comandos e a oficialidade das Forças Armadas para o mesmo tipo de marginalidade que marcou a sua carreira no Exército.
Não importa se ele deu uma ordem direta para a baderna da noite e madrugada: ele não apenas insuflou-as politicamente como deu as condições logísticas para que os agitadores de porta de quartel de lá partissem para o quebra-quebra.
A ver se a Procuradoria Geral da República e a Polícia Federal vão fazer o que continuam sem fazer: responsabilizar quem está no comando da arruaça.
Os eventos de ontem – que não deveriam surpreender ninguém, de tão previsíveis e até anunciados que foram – não serão os últimos e não são iguais ao que os selvagens do trumpismo praticaram, em seu inconformismo com a vitória de Joe Biden.
E não são por uma simples razão: ali, apesar da demora e das vacilações, o poder de Estado se lançou contra os que queriam derrubá-lo, enquanto aqui, os chefes da “lei e da ordem” agem num terreno pantanoso entre a leniência e a cumplicidade com a subversão da ordem democrática e o resultado do pleito eleitoral.
Os atos bolsonaristas, infelizmente, não se realizam apenas às portas dos quartéis. Estão sendo realizados a toda hora, dentro deles, e com toda a pompa e circunstancia, nas peregrinação do presidente a uma série de atos militares aos quais ele vai, ainda que em silêncio ou em frases veladas, insuflar a indisciplina ante a transição de governo.
Aliás, a estas excursões à caserna é a única atividade governamental a que Jair Bolsonaro se dedica há um mês, completamente desconectado dos problemas reais do pais. Abandonou o posto e entrega-se apenas a atrair os comandos e a oficialidade das Forças Armadas para o mesmo tipo de marginalidade que marcou a sua carreira no Exército.
Não importa se ele deu uma ordem direta para a baderna da noite e madrugada: ele não apenas insuflou-as politicamente como deu as condições logísticas para que os agitadores de porta de quartel de lá partissem para o quebra-quebra.
A ver se a Procuradoria Geral da República e a Polícia Federal vão fazer o que continuam sem fazer: responsabilizar quem está no comando da arruaça.
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