quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Bolsonaro impõe arrocho e trabalho infantil

Charge: Nando Motta
Por Altamiro Borges


O boletim "De olho nas negociações", publicado nesta semana pelo Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese), confirma que os trabalhadores vivem no inferno bolsonariano. Só 15,8% dos reajustes salariais negociados em 2021 tiveram ganhos reais. A maior parte das negociações coletivas do ano passado ficou abaixo da inflação (47,7%) ou apenas repôs as perdas inflacionárias (36,6%). Um brutal arrocho dos salários!

Linha 6, qualificação técnica e o Estado

Reprodução da internet
Do site do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo:


O lamentável acidente na obra da Linha 6 – Laranja do metrô, ocorrido na terça-feira (1º/2), na Marginal Tietê, causa enorme perplexidade especialmente por se tratar de um empreendimento de infraestrutura com enorme repercussão na vida da população e na atividade econômica da Cidade de São Paulo e do Estado.

Mesmo com as causas específicas do desastre ainda desconhecidas, já vem à tona uma série de questões que apontam para falhas de planejamento e execução. Conforme técnicos de larga experiência indicam, não houve o cuidado necessário para se realizar a escavação com o shield, o popular Tatuzão. Isso deveria ter sido feito, conforme as regras, a distância bem maior do interceptor de esgoto existente no local e de pleno conhecimento dos responsáveis pelo trabalho. Além dessa precaução básica, recomenda-se nesses casos, segundo especialistas, reforçar a galeria com injeção de cimento, tubo de aço ou estacas raiz. Na ausência desses cuidados, mesmo não havendo o choque, a trepidação causada pelo equipamento em proximidade perigosa à tubulação pode ter ocasionado seu rompimento com as consequências que já se conhece: transtornos, prejuízos e mais atrasos. Felizmente, não houve vítimas.

Não é hora de relaxar

Charge: Bira Dantas
Por João Guilherme Vargas Netto


A sociedade brasileira vive um momento estranho. O avanço das novas variantes do coronavírus, combinado com outras doenças, causou neste fim-começo de ano uma intensificação dos adoecimentos, felizmente não acompanhada (até agora) de mortalidade alta devido à vacinação em massa, até mesmo nas crianças.

Ao mesmo tempo, o próprio período de festas incentivou de maneira generalizada um exagero de encontros, confraternizações, visitas familiares que facilitaram o contágio, aumentaram os doentes e atulharam o sistema de saúde cujos profissionais estão sendo exigidos além de suas forças.

A vida dos trabalhadores também sofre esses fenômenos contraditórios em meio à “normalização” dos 629 mil mortos pela Covid.