domingo, 17 de abril de 2022

Aras é cumplice do genocídio na pandemia

Charge: Nani
Por Altamiro Borges


Completado um ano da instalação da CPI da Covid no Senado, Augusto Aras, o bajulador-geral da República (PGR), nada fez para apurar as graves denúncias dos crimes que resultaram em mais de 660 mil mortes no Brasil. O negacionista Jair Bolsonaro e outros denunciados seguem impunes. O sinistro procurador é cúmplice desse genocídio!

Conforme aponta reportagem da Folha deste sábado (16), Augusto Aras conseguiu evitar a “responsabilização judicial das pessoas indiciadas no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito, ao mesmo tempo em que uma parte delas se articula para disputar as eleições. O destino preferencial foi o PL, o partido do presidente Jair Bolsonaro”.

Jovens ainda não tiraram o título de eleitor

Por Altamiro Borges

O interesse da juventude por uma eleição decisiva para o futuro do Brasil ainda está bem aquém do desejado. Até o final de março, apenas 17,32% dos adolescentes de 16 e 17 anos tiraram o título de eleitor, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). É o menor engajamento desta vasta e importante camada da população desde 2004.

Como alerta Maria Carolina Trevisan em artigo no site UOL, os jovens ainda "se sentem invisíveis e apartados do processo eleitoral em 2022", o que é um fato preocupante: "Em uma disputa tão polarizada, esse contingente de voto pode definir a eleição”. Mais de cinco milhões de adolescentes ainda não tiraram o título de eleitor e o prazo termina em 4 de maio.

Augusto Aras blinda corrupção de Bolsonaro

Charge: Duke
Por Tânia Maria Saraiva de Oliveira, no jornal Brasil de Fato:

Em abril de 2020, escrevi um artigo aqui na coluna onde já apontava a atuação do Procurador-geral da República, Augusto Aras, como semelhante à de Geraldo Brindeiro, ocupante do mesmo cargo durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, marcada pela blindagem de qualquer investigação de ações do Poder Executivo, mesmo diante de evidências de desvios.

O tempo é senhor da História e o caso presente só confirma aquele diagnóstico. Passados dois anos, os dados não deixam dúvidas que o Procurador-geral da República abandonou qualquer decoro e compromisso de representar e defender os interesses da sociedade e age, de fato, como advogado do governo Bolsonaro.

Doria, suicídio do PSDB e perigo para o PT

Charge: Milton César
Por Fernando Brito, em seu blog:


O afastamento do presidente do PSDB, Bruno Araújo, do comando da campanha de João Dória – lugar em que, todos viram, só desempenhava o papel de sabotador – é só mais uma das pás de cal que vai sendo depositada sobre aquele que foi, goste-se ou não, o partido da direita no Brasil desde o início dos anos 90.

O que resta a Dória são os cacos do que fez como governador do Estado – aliás, num desempenho que esteve longe de ser desastroso – mas que mostra que não tem significado político nacional, e que torna o tucanato menos do que sempre foi. Se não passava das fronteiras de São Paulo, apenas atraía com o poder deste estado, agora nem mesmo para dentro das terras paulistas já funciona.

Tiozão do Whats vai desafiar a democracia

Charge do site Nieman
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Um tiozão do WhatsApp pode disparar mensagens hoje para no máximo 255 outros tiozões de um mesmo grupo. Com o novo sistema que o aplicativo promete implantar somente depois da eleição – e talvez apenas depois da posse do presidente eleito –, o tiozão poderá atingir milhares de pessoas.

O tiozão vai trocar um revólver da Taurus por uma pistola Glock, que dispara 20 tiros por segundo. O poder de fogo dos disseminadores de fake news será tão devastador que é impossível imaginar seus estragos se comparados ao que aconteceu em 2018.

O TSE foi vencido naquela eleição pelos operadores e pelos patrocinadores de disparos de mensagens em massa, e não conseguiu nem mesmo puni-los mais tarde.

É urgente sepultar o bolsonarismo

Charge: André Barroso
Por Roberto Amaral, em seu blog:


A política é o encontro do desejável com o possível e o necessário (ou contingente). Nem sempre esses três elementos se dão as mãos. A boa ciência está em optar pelo melhor possível quando as condições são desfavoráveis. Ou seja, fazer do limão uma limonada, sem, todavia, renunciar ao estratégico (o desejo), mas lutando sempre pela alteração da contingência.

É o exemplo que nos oferecem a luta e vida de Nelson Mandela, contrapostas à entrega voluntarista de Che Guevara. Nesta quadra brasileira, nenhum socialista pode, fora do delírio, antever a possibilidade da revolução social, nosso leitmotiv. Diante de nós, a realidade expõe os limites de uma peleja limitada à defesa da ordem democrático-burguesa que herdamos dos constituintes de 1988. Nem por isso podemos renunciar à politica, muito menos à luta estratégica, sonho ou utopia.