domingo, 7 de agosto de 2022
As provocações de Nancy Pelosi em Taiwan
No passado 5 de agosto, comemoramos (comemorar não é celebrar) 77 anos da perpetração do mais vil, cruel e satânico crime já praticado por seres humanos contra outros seres humanos.
Evidentemente, estou fazendo referência ao lançamento por parte dos Estados Unidos de uma bomba atômica sobre a população civil da cidade japonesa de Hiroshima, a qual foi seguida, alguns dias depois, com outra sobre Nagasaki.
Foram cerca de 140.000 mortos imediatos só no primeiro caso e mais quase uma centena de milhares no segundo. Isto num momento em que o Japão já estava inteiramente incapacitado para dar continuidade à guerra. A pergunta que nunca foi satisfatoriamente respondida é: Por que se decidiu por tais atos tão anti-humanos e desnecessários do ponto de vista bélico?
Do que dependerá o governo de Lula?
Charge: Pawel Kuczynski |
A história brasileira presente está marcada pela emergência de uma formação político-ideológica de extrema-direita arrimada (eis o fato novo) em fortes bases populares, fenômeno impercebido pelos sismógrafos da esquerda organizada, mesmo após os eventos de 2013. Encontravam-se ali, porém, elementos anunciadores das dificuldades eleitorais de 2014 e do golpe de Estado parlamentar de 2016, a abertura da porteira para a crise que ainda nos acompanha, e nos acompanhará por mais quanto tempo não sabemos.
Preferimos não ver. Para nossos partidos resultava mais cômodo, naquela altura, tomar o lulismo como o indicador de suposta politização da sociedade brasileira. Desatentos ao caráter de nossa formação histórica (latifúndio, escravismo, genocídio de negros e populações nativas, racismo, autoritarismo larvar, sotoposição dos interesses populares), nos deixamos surpreender pela ascensão do bolsonarismo, e reduzimos o fenômeno político-social-ideológico a mero episódio eleitoral. As consequências vinham a galope. A disjuntiva civilização ou barbárie é a encruzilhada que a história nos coloca.
O pacto de Bolsonaro com os militares
Foto: Divulgação |
O apoio da alta patente militar ao governo de Jair Bolsonaro passou por um pacto decisivo, entre 2018 e 2019, durante a intervenção das Forças Armadas no Rio de Janeiro e as apurações sobre o assassinato de Marielle Franco.
Para compreender o escudo militar ao governo da ultradireita, no caso do Brasil, faz-se necessário, antes, destrinchar as peças daquele fatídico episódio.
Essas peças foram abordadas pela primeira vez no “Xadrez do caso Marielle e da luta pelo poder com Bolsonaro“.
Nesta segunda análise, o “Xadrez da hipótese mais provável da morte de Marielle” publicado em abril deste ano traz acréscimos com o cenário internacional, o contexto do Brasil e um maior detalhamento.
Janones com Lula. Não é "só" mais 1%
Foto: Divulgação |
É comum todos falarem que política não é uma soma aritmética, do tipo 1+1 = 2. Poucos se dedicam, porém, a raciocinar segundo esta verdade condutora.
O apoio fechado hoje por André Janones ao ex-presidente Lula pode nem ser a soma dos um ou dois por cento tão necessários a que, pelas pesquisas de hoje, chegue-se à maioria absoluta necessária para exorcizar de vez os perigos golpistas que representa um segundo turno contra Jair Bolsonaro.
Transferências de voto muito raramente se operam assim, de forma total e automática.
São muitos os outros significados: é o único candidato a receber apoio de outro, a aliança foi colocada em termos que impactam os mais pobres (continuidade do auxílio e sua ampliação para mães solteiras), a inserção de Janones nas redes sociais (e sua anunciada integração a esta área da campanha de Lula) e, sobretudo, porque pela natureza, trajetória e postura do agora ex-candidato - que se poderiam traduzir na palavra simplicidade – isso não passa a ideia de um mero arranjo político.
O apoio fechado hoje por André Janones ao ex-presidente Lula pode nem ser a soma dos um ou dois por cento tão necessários a que, pelas pesquisas de hoje, chegue-se à maioria absoluta necessária para exorcizar de vez os perigos golpistas que representa um segundo turno contra Jair Bolsonaro.
Transferências de voto muito raramente se operam assim, de forma total e automática.
São muitos os outros significados: é o único candidato a receber apoio de outro, a aliança foi colocada em termos que impactam os mais pobres (continuidade do auxílio e sua ampliação para mães solteiras), a inserção de Janones nas redes sociais (e sua anunciada integração a esta área da campanha de Lula) e, sobretudo, porque pela natureza, trajetória e postura do agora ex-candidato - que se poderiam traduzir na palavra simplicidade – isso não passa a ideia de um mero arranjo político.