Charge: Céllus |
Preso após desembarcar no Aeroporto Internacional de Brasília na manhã deste sábado (14), Anderson Torres – ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal – corre o sério risco de ser descartado como bagaço na sua tentativa de explicar os inexplicáveis atos de vandalismo no domingo passado (8). O clã Bolsonaro adora abandonar na estrada seus jagunços – que o diga o pistoleiro Roberto Jefferson, ex-dono do PTB.
Nas redes sociais, a trairagem já está em curso, segundo matéria do site UOL. “Até a tarde de quinta-feira (12), nem o ex-presidente da República nem sua mulher, Michelle, ou qualquer um dos seus filhos curtiram ou comentaram as postagens feitas por Anderson Torres em seus perfis no Instagram e no Twitter após os atos terroristas em Brasília”.
Antes da invasão bárbara do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, o jagunço era prestigiado pela famiglia Bolsonaro. A sua mensagem de despedida do Ministério da Justiça, por exemplo, foi curtida pela ex-primeira-dama “Micheque”. Já a notícia da sua nomeação como secretário de Segurança Púbica de Ibaneis Rocha – ou “Enganeis” – foi compartilhada pelo deputado Dudu Bananinha, o filhote 03 do “capetão”.
A "minuta do golpe" e várias mentiras
Além da traição do clã, Anderson Torres já foi rifado por várias referências dessa seita fascista. “Outros expoentes do bolsonarismo também se omitiram em dar o apoio público, por exemplo, à nota publicada por Torres na terça-feira (10) sobre o pedido de prisão feito pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes. As exceções foram o senador eleito Magno Malta (PL-ES) e o senador Eduardo Girão (Podemos-CE)”, registra o site UOL.
Com a descoberta da “minuta do golpe” no armário de sua residência, durante uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal, a situação de Anderson Torres se complicou ainda mais. A tendência é de que ele seja totalmente abandonado pelo clã Bolsonaro e por suas milícias e tenha o mesmo destino de Roberto Jefferson, hoje esquecido no presídio Bangu-8, no Rio de Janeiro. Talvez seja o caso do ex-serviçal pensar em uma delação premiada!
Em tempo: O site Metrópoles informa que o ex-secretário de Segurança Pública mentiu de que estava em férias no dia dos atos de vandalismo em Brasília. “Um despacho de Jair Bolsonaro (PL) do dia 27 de dezembro de 2022 confirma que Anderson Torres só tiraria férias a partir do dia 9 de janeiro de 2023”. Por coincidência, ele viajou com a família para Orlando, nos EUA – onde já se encontrava o comandante-mor dos terroristas, Jair Messias Bolsonaro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: