Charge: Bacellar |
Na ação terrorista mais explícita dos fanáticos apoiadores do “fujão” Jair Bolsonaro, em 12 de dezembro no centro de Brasília, pelo menos 15 ônibus foram depredados – cinco queimados e dez apedrejados. O balanço parcial foi apresentado pelas empresas Piracicabana, Pioneira, Marechal, São José e Urbi, que prestam serviço ao governo do Distrito Federal no transporte público. Após os ataques criminosos aos veículos, as milícias bolsonaristas ainda tentaram invadir a sede central da Polícia Federal.
Segundo matéria postada no site Metrópoles nesta quarta-feira (4), “a empresa Piracicabana foi a que relatou mais prejuízo, com dois ônibus queimados e quatro com vidros quebrados. A Pioneira registrou dois veículos apedrejados e um incendiado, enquanto a São José teve um ônibus queimado e um apedrejado. A reposição dos cinco ônibus queimados por bolsonaristas vai demorar até seis meses, em um prejuízo direto à população. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação”.
Criminosos seguem livres e impunes
Apesar dos estragos causados – e amplamente filmados e viralizados nas redes sociais –, as primeiras prisões dos terroristas só ocorreram 17 dias após a baderna. A maioria dos criminosos, porém, ainda permanece livre e impune. Segundo reportagem da Folha, “a Polícia Federal ainda não conseguiu cumprir 7 dos 11 mandados de prisão expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, contra bolsonaristas suspeitos de participação na tentativa de invasão ao prédio da corporação e nos atos de vandalismo que resultaram em incêndios a carros e ônibus em Brasília”.
Apenas quatro suspeitos foram presos pela Operação Nero, deflagrada em 28 de dezembro. “Nesta quarta-feira (4), a PF pediu a conversão dos pedidos de prisão contra os foragidos de temporária para preventiva. Um dos procurados é Alan Diego Rodrigues, suspeito de ter instalado uma bomba em um caminhão de combustíveis próximo ao aeroporto de Brasília na véspera do Natal... Os investigadores veem ligação direta entre o grupo responsável pelos atos de vandalismo em Brasília com o acampamento mantido pelos bolsonaristas no QG do Exército desde a derrota de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições”, descreve o jornal.
Sem anistia para as milícias bolsonaristas
Ainda de acordo com a matéria, “os envolvidos, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, vão de empresários do agronegócio a pastores e cabeleireiro. Entre os crimes investigados está o de associação criminosa para abolição do Estado democrático de Direito. O delegado Leonardo Cardoso, da PCDF, confirmou que os suspeitos frequentavam o QG, mas disse não ter indícios, até o momento, de planejamento prévio do ataque... Um dos foragidos, Alan Diego, também é procurado por causa de sua participação na tentativa de atentado terrorista com o uso de bomba. Ele foi apontado por George Washington de Oliveira Sousa, que confessou a participação no caso, como responsável por instalar o explosivo no caminhão próximo ao aeroporto de Brasília”.
O novo ministro da Justiça do governo Lula, Flávio Dino, já garantiu que não dará trégua a esses terroristas. “Não haverá anistia”, garantiu em várias entrevistas. A apuração e punição rigorosa desses milicianos bolsonaristas não têm nada a ver com vingança ou perseguição política – como já alardeiam alguns colunistas da mídia monopolista. Mas tem tudo a ver com a defesa da democracia e com o combate ao fascismo!
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