Paris, 4 de abril. Foto: Hans Lucas/AFP |
A mídia grande e as redes sociais têm dado cobertura a uma onda de greves que se espraiou pela Europa e por outros países mobilizando os trabalhadores e revalorizando os sindicatos.
Na sequência de um rigoroso inverno europeu, com a disparada do custo de vida e dificuldades acrescidas pela guerra na Ucrânia, os movimentos grevistas reivindicatórios dos trabalhadores em transportes, em serviços e do funcionalismo público foram maciços e vitoriosos em muitos países, em alguns deles superando uma letargia de vários anos.
Na França e em Israel o movimento sindical foi coadjuvante de poderosas manifestações populares contribuindo com suas greves políticas para a magnitude dos movimentos, que em Israel obrigaram ao recuo o primeiro ministro em seu ataque à Justiça e na França, embora derrotados pelas manobras parlamentares do presidente da República, persistem em resistir contra o aumento da idade da aposentadoria.
Nem todo o mundo do trabalho ainda se mobilizou e se manifestou, seja na Europa ou em outros países, principalmente os trabalhadores da produção fabril. Isto se deve à melhor posição relativa desses trabalhadores, garantidos por acordos coletivos vantajosos com duração mais longa.
Juntamente com os esforços da OIT as direções sindicais internacionais vêm trabalhando para dar maior organicidade à luta dos trabalhadores, enfrentada a crise na Confederação Sindical Internacional que levou à destituição de seu secretário geral por corrupção com propinas árabes.
As direções sindicais brasileiras procuram reforçar os laços no âmbito dos BRICS sindicais, nos países de língua portuguesa e, participantes da delegação do governo brasileiro à China, estreitam relações com os congêneres chineses, convidando-os a visitarem proximamente o Brasil.
O fortalecimento da ação sindical e o reforço da unidade são condições indispensáveis para que o movimento sindical internacional cumpra, ao lado dos trabalhadores, as tarefas de resistir à crise, reforçar a democracia e lutar pela paz.
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