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Cassado por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), abandonado por seus pares na Câmara Federal e rejeitado pelas ruas – com manifestações pífias de solidariedade –, o ex-deputado Deltan Dallagnol agora é aconselhado a fugir bem rapidinho do Brasil. Quem sugeriu a fuga foi o seu amigo “pastor” e parlamentar Marco Feliciano (PL-SP), que ficou comovido após assistir um vídeo deprimente do procurador do powerpoint na Lava-Jato.
“Pela manhã, assisti um vídeo do meu irmão em Cristo Deltan Dallagnol. Confesso, fiquei sensibilizado. Busque asilo político num país onde a democracia seja plena. Você tem documentos de sobra para justificar o pedido. Já tomaram seu mandato, irão dilapidar seu patrimônio. Há um processo de vingança em andamento. E logo depois de você, serão outros”, choramingou o deputado-pastor bolsonarista de São Paulo.
No vídeo citado, Deltan Dallagnol critica a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que, na quarta-feira (7), rejeitou seu recurso contra decisão do Tribunal de Contas da União. O TCU o havia condenado pelo pagamento de diárias, passagens e gratificações à força-tarefa da Lava-Jato no Paraná. O prejuízo foi calculado em R$ 2,8 milhões. O ex-herói da mídia udenista terá agora que devolver essa grana aos cofres públicos.
"Questão central é financeira"
Apesar do conselho do amiguinho-pastor, o deputado cassado ainda não decidiu se vai fugir do país. Segundo postagem de Juliana Dal Piva no site UOL, “Deltan Dallagnol (Podemos-PR) avalia convites de empresários e ainda duas propostas de partidos políticos. O Podemos ofereceu uma função remunerada no partido... Outro partido também fez uma proposta para troca de legenda que incluiu uma oferta de salário igual ao que ele recebia como deputado e ainda a manutenção de sua equipe... A questão central para a Deltan é financeira e deve ser determinante na escolha pelos próximos passos”.
O ex-chefão da Lava-Jato “gosta muito de dinheiro”, como afirmou recentemente o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre os integrantes daquela midiática operação. A ambição resultou em várias ações sinistras e custosas para os cofres públicos. Daí a decisão do STJ, por seis votos a cinco, de manter a condenação de Deltan Dallagnol no TCU e obrigá-lo a ressarcir os valores gastos indevidamente com diárias e passagens aéreas quando atuava na força-tarefa da Lava-Jato.
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