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A grande tarefa política atual para os movimentos sociais é lutar pelo êxito do governo Lula em sua enorme tarefa de reconstrução e transformação nacional. Essa tarefa está associada a uma outra de grande importância: isolar e derrotar a extrema-direita.
Para isso, a continuidade da frente ampla que elegeu o governo Lula é essencial. Gostando ou não gostando, o fato é que a conquista de uma base estável no Congresso, imprescindível para assegurar a governabilidade, exige alianças amplas.
Mas a maioria no parlamento é apenas parte da solução dos problemas. Uma outra questão fundamental é conquistar apoio forte na sociedade, sem o qual não se consegue impulsionar as mudanças progressistas e impedir retrocessos.
Neste capítulo, os movimentos sociais jogam importante papel, distinto dos papeis dos partidos e do governo. Os movimentos sociais devem procurar interpretar as aspirações populares e servirem de veículos para suas reivindicações.
Para tanto, o melhor caminho a seguir é assegurar a autonomia e a liberdade dos movimentos. E, quando necessário, ter assegurado o direito e o dever de fazer críticas construtivas e apontar rumos alternativos.
Não é simples achar este ponto de equilíbrio. Lula herdou um Brasil com instituições estatais em frangalhos, economia estagnada e o tecido social esgarçado pelo desemprego, miséria e fome. Reverter este quadro não é tarefa simples nem rápida.
Com todas essas dificuldades, todavia, o saldo dos primeiros seis meses de governo é positivo. O governo se esforça para alavancar a economia e tem tomado uma série de iniciativas que melhoram a vida do povo.
Ademais, é significativo registrar um dado relevante. O país voltou a respirar democracia, depois do flagelo autoritário do bolsonarismo. As diferentes frentes de atuação do movimento popular têm espaço para apresentar suas demandas.
Ocorre que a locomotiva chamada Brasil precisa avançar. O crescimento sustentado e duradouro da economia é condição indispensável para gerar mais e melhores empregos e enfrentar as grandes desigualdades sociais.
Um dos grandes obstáculos para o crescimento econômico são os Juros estratosféricos praticados pela atual gestão do Banco Central. As últimas quatros reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC mantiveram a taxa Selic em 13,75%.
Esses juros elevados freiam as possibilidades de crescimento do país, drenam recursos vultosos do orçamento para o sistema financeiro e degradam ainda mais a vida das famílias, que chegam a pagar mais de 200% de juros no cartão de crédito.
Por tudo isso, é meritória e merece apoio a campanha das centrais sindicais que colocam no topo da agenda a luta para rebaixar a taxa de juros de juros e defenestrar o presidente do Banco Central do posto que ocupa.
Pelas suas reiteradas práticas de indiferença com o crescimento econômico e com as dificuldades que o povo enfrenta, seu afastamento da presidência do Banco Central é uma providência necessária. Para o bem do país e do progresso social.
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