Charge: Aroeira |
A CNN-Brasil confirmou neste domingo (1) que “o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar mais cinco réus acusados de participar dos atos criminosos de 8 de janeiro”. Os ministros Edson Fachin, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Rosa Weber e Cristiano Zanin – este último com ressalvas quanto ao tempo de pena – seguiram o voto do relator do processo, Alexandre de Moraes, proferido na terça-feira passada (26).
Os cinco bagrinhos golpistas foram condenados a penas que vão de 12 a 17 anos de prisão e envolvem os seguintes crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima; deterioração de patrimônio tombado; e associação criminosa armada”.
A ficha corrida dos "patriotários"
Em seu voto, o ministro-relator justificou as duras penas: “A motivação para condutas criminosas visava o completo rompimento da ordem constitucional, mediante a prática de atos violentos, em absoluto desrespeito ao Estado Democrático de Direito, às Instituições e ao patrimônio público”. Ele ainda qualificou como “estarrecedora” a quantidade de vídeos e imagens postadas pelos criminosos “que se vangloriavam deste enfrentamento e reiteravam a necessidade de golpe de Estado com a intervenção militar e a derrubada do governo democraticamente eleito, tendo isto chegado diuturnamente ao conhecimento desta Corte em inúmeras representações da Polícia Federal”.
Os cinco bagrinhos golpistas condenados à prisão em regime fechado são:
1- Moacir José dos Santos, que se exibe nas redes digitais como autônomo e morador de Cascavel. Ele foi acusado de depredação contra o Palácio do Planalto. “Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o paranaense teve a presença nos atos golpistas atestada após ter seu material genético identificado no local. Além disso, ele teria gravado vídeos no interior dos prédios públicos e na Praça dos Três Poderes”, descreve o site Metrópoles.
2- João Lucas Vale Giffoni. Moradores de Brasília, ele foi preso logo após a invasão do Congresso. “Ele é acusado de participar da depredação do prédio. Segundo a PGR, teria quebrado janelas, móveis, computadores, obras de arte, câmeras de circuito fechado de TV. Também alega ter participado de manifestação pacífica e pediu absolvição”.
3- Jupira Silvana da Cruz Rodrigues. Servidora pública aposentada, ela foi presa no interior do Palácio do Planalto no dia dos ataques. “Moradora de Betim (MG), teve material genético dela encontrado pela Polícia Federal em uma garrafa esquecida no Planalto”.
4- Davis Baek. “Foi preso na Praça dos Três Poderes com dois rojões não disparados, munições de gás lacrimogêneo, balas de borracha, uma faca e dois canivetes. Ele é considerado como executor e incitador dos atos golpistas”.
5- Nilma Lacerda Alves. Moradora de Barreiras (BA), foi presa no Palácio do Planalto. “Segundo a PGR, a mulher de 47 anos fazia parte de um grupo que destruiu obras de arte e bens públicos no Planalto”.
Cadê os influenciadores, financiadores e organizadores?
Antes destes cinco bagrinhos, o STF já havia condenado na primeira leva do julgamento outros três bolsonaristas: Aécio Lúcio e Matheus Lima, a 17 anos de prisão cada um; e Thiago Mathar, a 14 anos de cadeia. Mas ainda falta o julgamento e condenação de outras camadas mais perigosas dos golpistas:
1- Os influenciadores que fizeram a cabeça desses “patriotários” – o que inclui deputados-pistoleiros, lobistas da fé e ativistas digitais;
2- Os que financiaram as várias ações golpistas (como os acampamentos nos quarteis do Exército e os bloqueios das estradas) – o que inclui muitos agrotrogloditas e ricos empresários que já sumiram da mídia;
3- E os mentores e organizadores das ações golpistas – incluindo vários generais e o chefe da quadrilha, o "capetão" Jair Messias Bolsonaro.
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