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Por 52 a 26 votos, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou na terça-feira (17) o projeto do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) que livra o genocida Jair Bolsonaro do pagamento das multas aplicadas na pandemia da Covid-19. O capacho do fascista até levou um susto. O criminoso artigo que anistia as dívidas foi votado separadamente e conseguiu apenas quatro votos acima dos 48 necessários para dar quórum à sessão.
As bancadas dos partidos de esquerda, que somam 25 deputados do PT, PSOL, PCdoB e Rede, votaram contra o projeto. Houve votos contrários também no PSB, PSDB e União Brasil. “Entre os 11 tucanos, cinco declararam obstrução, assim como o PDT e o Novo, o que na prática é um posicionamento contra o artigo, pois atrapalha o quórum. Um dos vice-líderes do governo, Tomé Abduch (Republicanos), declarou abstenção”, relata a Folha.
Desrespeito às vítimas da Covid
A anistia é um desrespeito às vítimas da Covid em São Paulo e um atentado aos cofres públicos. Por não usar máscaras em suas motociatas e comícios, o ex-presidente foi multado seis vezes pelo governo João Doria. A dívida alcançou R$ 1,1 milhão e a gestão atual cobrou o negacionista em ações judiciais. O processo na Justiça chegou a gerar desgaste entre as milícias bolsonaristas e o governador-forasteiro, que recuou covardemente.
Segundo especula a Folha – que aposta no governador paulista como uma terceira via na política nacional –, houve intrigas na base governista. “Os bolsonaristas reclamam que Tarcísio não se empenhou em conseguir os votos – ou seja, apesar de ter acenado ao padrinho Bolsonaro ao enviar a proposta, ele depois não se dedicou a mobilizar sua base. A crítica de que Tarcísio deixa em segundo plano as pautas ideológicas e as demandas dos bolsonaristas tem sido constante entre interlocutores do ex-presidente”.
A aparente briga, porém, durou pouco. Era só jogo de cena. Tarcísio de Freitas é um capacho do “capetão”, foi gestado por ele e é seu fiel serviçal. Na reta final da votação na Alesp, o governador inclusive anunciou “que vai liberar o restante dos R$ 11 milhões que prometeu em emendas extras até o fim do ano”, adenta o jornal, que ainda lembra: “Além de Bolsonaro, há outros deputados federais bolsonaristas com a dívida em aberto, como Eduardo Bolsonaro (PL-SP, R$ 136 mil) e Mario Frias (PL-SP, R$ 716)”.
A mãe da neta do fascista ganha carguinho nos EUA
Esse não é o primeiro – e nem deve ser o último – presentinho que o governador-forasteiro dá ao seu padrinho político. Em agosto passado, a imprensa revelou que Tarcísio de Freitas havia convidado a mãe da neta de Jair Bolsonaro para uma representação do governo paulista nos EUA. Teria havido pressão direta do ex-presidente para que Martha Seillier fosse indicada para chefiar o escritório da agência de fomento de negócios InvestSP. No começo deste ano, o site Metrópoles revelou que ela estava grávida do vereador Carlos Bolsonaro, o filhote 02 do fascista. A criança nasceu em fevereiro e em agosto a mãe foi presenteada com o carguinho nos EUA.
Quando vazou o caso escabroso, o jornalista Igor Gielow informou na Folha que houve obstáculos a indicação. “Há dois óbices colocados no caso atual, segundo quem está inteirado do assunto: Seillier gostaria de mudar o escritório da InvestSP de Nova York justamente para o paraíso bolsonarista de Miami e está insatisfeita com o salário atual, que com gratificações chega a cerca de US$ 9.000 (R$ 43 mil hoje)... Seillier era uma das estrelas do bolsonarismo no governo, tendo postado o bordão ‘Supremo é o povo’, usado por golpistas contrários ao Supremo Tribunal Federal (STF), em 2021... Ela também esteve envolvida na polêmica de um voo exclusivo da FAB à Índia, no qual ela era uma das três pessoas a bordo – considerado ‘inadmissível’ pelo então presidente”.
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