quinta-feira, 9 de novembro de 2023

A vitória da greve dos metalúrgicos da GM

Foto: Cristiane Cunha/Sindimetal SJC
Por João Guilherme Vargas Netto


Para dar nomes aos bois é preciso dizer que a greve dos metalúrgicos da GM contra as demissões, que durou mais de duas semanas, teve uma vitória maiúscula.

Os três sindicatos – de São José dos Campos (839 demitidos), de São Caetano (300) e de Mogi das Cruzes – São Paulo (105) – cujos trabalhadores foram demitidos, souberam conduzir de forma unitária, firme e criativa a greve, garantindo em vários tribunais a justiça contra as demissões maciças e intempestivas da empresa, forçada afinal pela determinação dos trabalhadores, dos sindicatos e da Justiça a reintegrar os demitidos.

A vitória da greve na GM, que enfrentava também nos Estados Unidos os trabalhadores em greve (e que a derrotaram) ecoa na conjuntura atual do Brasil a grande greve vitoriosa dos metalúrgicos da Renault, dirigida pelo sindicato da Grande Curitiba em 2020, também contra as demissões.

Os dois fatos, distantes três anos um do outro e vitoriosos em conjunturas política, econômica e social diferentes, demonstram a relevância da ação sindical e seu caráter permanente, desde que garantidas a unidade, o empenho dos trabalhadores e a condução correta da luta pelos sindicatos.

A vitória na GM reforça as campanhas salariais em curso dos metalúrgicos do Estado de São Paulo e é o resultado de ação efetiva que serve de exemplo para todos os trabalhadores e sindicatos.

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