Charge: Paulo Capilé/Pirralha |
O governador-forasteiro Tarcísio de Freitas, uma criação do fascista Jair Bolsonaro, adora sabotar os paulistas – principalmente os mais carentes. A jornalista Mônica Bergamo revela na Folha que “o governo de São Paulo não inscreveu municípios no Novo PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento que destinará R$ 500 milhões para a construção de espaços culturais em todas as regiões do Brasil, os chamados CEUs da cultura”.
A atitude do governador é criminosa. Segundo a matéria, São Paulo tinha a previsão da construção de 54 CEUs. No total, 94 cidades enviaram seus projetos, apresentando, como exigido, um terreno de 500 m² onde o novo equipamento cultural seria construído. Mas Tarcísio de Freitas simplesmente não encaminhou os projetos para o governo federal. “O governo de São Paulo alega que a verba que o Ministério da Cultura enviaria ao estado seria insuficiente para construir os prédios dentro das exigências do Novo PAC”, relata a colunista.
Gestores condenam atitude monocrática
A decisão do gestor bolsonarista causou revolta. “Recebemos com surpresa e indignação a notícia de que o governo de São Paulo decidiu, de forma unilateral e monocrática, não inscrever no Novo PAC da Cultura nenhum dos 94 projetos de CEU da Cultura cadastrados pelos municípios paulistas”, afirma nota assinada pelos secretários de Cultura de Diadema, Mauá, Rio Grande da Serra, Nova Odessa, Sumaré, Hortolândia e Suzano.
“CEUs da Cultura são centros culturais que reúnem bibliotecas, salas multiuso e outros espaços, conforme as necessidades da comunidade, instalados em áreas de maior vulnerabilidade social e carentes de equipamentos culturais. Ao optar pela não inscrição desses projetos, o governo paulista age de modo a desperdiçar recursos federais já reservados à construção desses equipamentos e, com isso, priva as populações de nossas cidades do incremento em bem-estar e qualidade de vida que esses centros culturais poderão representar em suas comunidades, numa área já tão carente de recursos e investimentos”, prossegue a nota.
Anistia para os agrotrogloditas e privatização do ensino
Apresentado por setores da mídia venal como um “gestor técnico e civilizado”, Tarcísio de Freitas é tão fascista quanto seu criador. Ele não tem qualquer compromisso com a população mais carente do estado. Seu único compromisso é com a cloaca burguesa. Na mesma semana em que sabotou os centros de cultura, o forasteiro propôs ampliar em mais de dois anos o prazo de adesão ao Programa Estadual de Regularização de Terras, que permite a venda de terras públicas com descontos de até 90% a ricaços fazendeiros que as ocupam irregularmente. A medida é elogiada pelos agrotrogloditas, que financiaram sua campanha ao governo.
A constitucionalidade desse programa é contestada pelo PT no Supremo Tribunal Federal. “Inicialmente, o tema seria julgado pelo plenário virtual ainda neste mês, mas no dia 9, após uma sequência de reuniões de Tarcísio de Freitas com ministros do STF, o julgamento foi retirado da pauta. A lei que autoriza a venda das terras foi aprovada na gestão do ex-governador Rodrigo Garcia (PSDB), no ano passado, mas os processos de regularização tiveram início apenas em 2023, no governo Tarcísio”, descreve o site Metrópoles.
Também na semana passada, o governador-forasteiro abriu consulta pública sobre a criação de uma Parceria Público-Privada para a construção e gestão de 33 novas escolas da rede estadual de ensino. A PPP prevê que as unidades sejam construídas e administradas pela iniciativa privada ao longo de 25 anos. A empresa contratada será responsável por serviços como operação, limpeza, manutenção, segurança e infraestrutura das escolas. Depois dos apagões da “privada” Enel e do projeto de entrega do setor de água e esgoto, Tarcísio de Freitas insiste na sua visão privatista e neoliberal também na educação.
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