Charge: Ramón Díaz Yanes |
Um dos assessores do gabinete do ódio de Bolsonaro faria o discurso que Javier Milei fez na Casa Rosada. A opção de falar para o povo, e não para o Congresso, não explica a pobreza retórica do sujeito no dia da posse.
Se tivesse discursado no Congresso, o tom seria o mesmo, de falcatrua populista antissistema, na mesma linha do adotado por Bolsonaro e similares.
Mesmo que a fala tenha sido escrita por uma equipe de redatores de discursos, como é comum nesses casos, o que está ali é a precariedade do pensamento do homem que hipnotizou a Argentina.
São frases rasas, com uma sequência de clichês, que fazem parte do truque da extrema direita de se comunicar por resumos grosseiros da realidade.
Milei anunciou que está decretando o fim da noite do populismo. Mas nada é mais populista do que a retórica dessa gente.
Numa das maiores mentiras do discurso, o fascistão disse que pega a Argentina com uma inflação de 15.000%. A inflação acumulada é de 140%.
Milei inflacionou a realidade argentina, para preparar a população para o pior, com arrocho fiscal pelo corte de gastos e privatizações, que resultarão de imediato em mais desemprego.
Abaixo, trechos da fala colegial, diante do Congresso e depois na sacada da Casa Rosada, do indivíduo que talvez não governe por muito tempo, se desafiar a ira dos sindicatos peronistas:
“Arruinaram nossa vida. Nossa máxima prioridade é evitar a catástrofe”.
“Estas eleições são um divisor de águas em nossa História, como foi o muro de Berlim”.
“Hoje nós, argentinos do bem, decretamos o fim da noite populista e o renascimento de uma Argentina próspera e liberal”.
“Este é o legado que nos deixam: uma inflação de 15.000% ao ano, contra a qual vamos lutar com unhas e dentes para erradicá-la”.
“Nenhum governo recebeu uma herança pior do que a que estamos recebendo”.
“Embora tenhamos que passar por um período difícil, vamos superá-lo. Não há noite que não tenha sido derrotada pelo dia”. .
“Existe um modelo que falhou em todo o mundo, mas especialmente no nosso país”. (veja vídeo que explica a frase no fim desse texto)
“Eles arruinaram nossas vidas; não há dinheiro”.
“Temos certeza de que vamos começar a reconstrução depois de mais de 100 anos de declínio. Faremos isso abraçando novamente as ideias de liberdade.”
“A situação na Argentina é crítica e emergencial. O país exige ação imediata”.
“Não desejamos tomar as decisões difíceis que terão de ser tomadas”.
“No curto prazo a situação vai piorar, mas depois veremos os frutos”.
“Hoje começamos a percorrer o caminho da prosperidade. Temos tudo para ser o país que sempre sonhamos”.
“Vamos abraçar essas ideias e nos tornaremos uma potência novamente. Que Deus nos abençoe e que as forças do céu nos guiem na criação do melhor governo da história. Viva a liberdade, caralho.”
(É interessante observar que a palavra carajo não tem mais na Argentina o sentido original. Não é considerada uma palavra obscena. Assim como o Brasil caralho significa quase que como apenas uma exclamação ao fim da frase).
Se tivesse discursado no Congresso, o tom seria o mesmo, de falcatrua populista antissistema, na mesma linha do adotado por Bolsonaro e similares.
Mesmo que a fala tenha sido escrita por uma equipe de redatores de discursos, como é comum nesses casos, o que está ali é a precariedade do pensamento do homem que hipnotizou a Argentina.
São frases rasas, com uma sequência de clichês, que fazem parte do truque da extrema direita de se comunicar por resumos grosseiros da realidade.
Milei anunciou que está decretando o fim da noite do populismo. Mas nada é mais populista do que a retórica dessa gente.
Numa das maiores mentiras do discurso, o fascistão disse que pega a Argentina com uma inflação de 15.000%. A inflação acumulada é de 140%.
Milei inflacionou a realidade argentina, para preparar a população para o pior, com arrocho fiscal pelo corte de gastos e privatizações, que resultarão de imediato em mais desemprego.
Abaixo, trechos da fala colegial, diante do Congresso e depois na sacada da Casa Rosada, do indivíduo que talvez não governe por muito tempo, se desafiar a ira dos sindicatos peronistas:
“Arruinaram nossa vida. Nossa máxima prioridade é evitar a catástrofe”.
“Estas eleições são um divisor de águas em nossa História, como foi o muro de Berlim”.
“Hoje nós, argentinos do bem, decretamos o fim da noite populista e o renascimento de uma Argentina próspera e liberal”.
“Este é o legado que nos deixam: uma inflação de 15.000% ao ano, contra a qual vamos lutar com unhas e dentes para erradicá-la”.
“Nenhum governo recebeu uma herança pior do que a que estamos recebendo”.
“Embora tenhamos que passar por um período difícil, vamos superá-lo. Não há noite que não tenha sido derrotada pelo dia”. .
“Existe um modelo que falhou em todo o mundo, mas especialmente no nosso país”. (veja vídeo que explica a frase no fim desse texto)
“Eles arruinaram nossas vidas; não há dinheiro”.
“Temos certeza de que vamos começar a reconstrução depois de mais de 100 anos de declínio. Faremos isso abraçando novamente as ideias de liberdade.”
“A situação na Argentina é crítica e emergencial. O país exige ação imediata”.
“Não desejamos tomar as decisões difíceis que terão de ser tomadas”.
“No curto prazo a situação vai piorar, mas depois veremos os frutos”.
“Hoje começamos a percorrer o caminho da prosperidade. Temos tudo para ser o país que sempre sonhamos”.
“Vamos abraçar essas ideias e nos tornaremos uma potência novamente. Que Deus nos abençoe e que as forças do céu nos guiem na criação do melhor governo da história. Viva a liberdade, caralho.”
(É interessante observar que a palavra carajo não tem mais na Argentina o sentido original. Não é considerada uma palavra obscena. Assim como o Brasil caralho significa quase que como apenas uma exclamação ao fim da frase).
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