quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023
Carta de Quaresma 2023 e os Yanomami
Charge: Duke |
Queridos amigos e amigas,
Antecipo a Campanha de Quaresma deste ano de 2023. Como fiz ano passado, volto a dedicá-la aos povos originários que habitam a Terra Indígena Yanomami (TIY), com cujos líderes mantenho contato.
Todos nós acompanhamos as terríveis imagens dos Yanomami vítimas da fome e do desamparo genocida do governo Bolsonaro. A visita de Lula aos territórios Yanomami, habitados por 30,4 mil indígenas, deu evidência à calamidade que atinge aquele heróico povo ameaçado por desnutrição, garimpo e narcotráfico. Nos últimos 4 anos, morreram 570 crianças, com menos de 5 anos, por causas evitáveis.
O Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional para combater a desassistência sanitária. Instalou um Centro de Operações de Emergência (COE – Yanomami), coordenado pela Secretaria de Saúde Indígena (SESAI).
Lula acerta na economia?
Por Paulo Nogueira Batista Júnior
Nas primeiras semanas de governo, o Presidente da República agiu com rapidez na área econômica. Autorizou diversas medidas e emitiu opiniões sobre a política econômica, dando sequência ao que fez na campanha eleitoral. Se ele vem acertando ou não, é objeto de intensa controvérsia.
A ortodoxia econômica, inclusive e destacadamente a turma da bufunfa e seus numerosos porta-vozes na mídia, parece cada vez mais inquieta. Esperavam um Lula mais dócil, mais parecido com o Lula 1 do tempo da dupla Antônio Palocci/Henrique Meirelles – período em que os economistas desenvolvimentistas, por sua vez, estavam furiosos, criticando publicamente o governo. Eu mesmo mandava ver, até com certo exagero, diria em retrospecto.
Nas primeiras semanas de governo, o Presidente da República agiu com rapidez na área econômica. Autorizou diversas medidas e emitiu opiniões sobre a política econômica, dando sequência ao que fez na campanha eleitoral. Se ele vem acertando ou não, é objeto de intensa controvérsia.
A ortodoxia econômica, inclusive e destacadamente a turma da bufunfa e seus numerosos porta-vozes na mídia, parece cada vez mais inquieta. Esperavam um Lula mais dócil, mais parecido com o Lula 1 do tempo da dupla Antônio Palocci/Henrique Meirelles – período em que os economistas desenvolvimentistas, por sua vez, estavam furiosos, criticando publicamente o governo. Eu mesmo mandava ver, até com certo exagero, diria em retrospecto.
O jogo político agora vai começar
Foto: Ricardo Stuckert |
Janeiro foi um mês de glória, de susto e muito trabalho para Lula.
A posse foi uma consagração, a tentativa de golpe pegou o governo desprevenido e neste mês que pareceu tão longo ele trabalhou muito: enfrentou o mau humor do mercado, a questão militar e a tragédia Yanomami, e colheu frutos com a diplomacia presidencial.
Mas é com a posse do novo Congresso, hoje, e a eleição dos presidentes das duas Casas, que o jogo político vai começar para valer, desafiando sua reconhecida habilidade política.
Matérias complexas, como a reforma tributária, em breve estarão em pauta.
Ter aliados na presidência da Câmara e do Senado é uma salvaguarda importante para um governo que não tem maioria. O PT conquistou a segunda maior bancada mas a coligação que elegeu Lula tem apenas 135 deputados.