domingo, 12 de fevereiro de 2023

Economistas defendem queda dos juros do BC

Charge: Cicero
Por Altamiro Borges


Diante do terrorismo do “deus-mercado” e da mídia rentista, um grupo de economistas lançou nesta sexta-feira (10) um manifesto em defesa da queda dos juros e contra a política monetária ortodoxa do Banco Central. Com o título “taxa de juros para a estabilidade duradoura: economistas em favor do desenvolvimento”, o documento é encabeçado por Luiz Carlos Bresser-Pereira, Leda Paulani, Monica De Bolle, Luiz Gonzaga Belluzzo, Luciano Coutinho, Nelson Marconi, Antonio Correa de Lacerda, Paulo Nogueira Batista Jr., entre outros intelectuais de renome.

Desmatamento na Amazônia cai 61% em janeiro

Charge: Sinfrônio
Por Altamiro Borges


O fim das trevas de Jair Bolsonaro e do seu ministro da devastação ambiental, Ricardo Salles, já traz alívio para a maior floresta tropical do planeta. A área desmatada na Amazônia caiu 61% em janeiro de 2023 em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No total, o desmatamento foi de 167 quilômetros quadrados. Em janeiro de 2022, a área atingida foi de 430 km².

Sem foro especial, Bolsonaro vai à 1ª instância

Charge: Fraga
Por Altamiro Borges


Em mais uma decisão que aproxima o genocida Jair Bolsonaro da cadeia, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu enviar oito pedidos de investigação contra o ex-presidente para a 1ª instância da Justiça já que ele perdeu o foro especial ao não ser reeleito e deixar o cargo. Agora é que o “fujão” e “cagão” não retorna tão cedo dos EUA – isso se o governo ianque lhe conceder o visto de turismo por mais seis meses.

BC independente é crime contra o povo

Charge: Geuvar
Por Jair de Souza


Em fevereiro de 2021, pouco antes de a Câmara dos Deputados aprovar a proposta do governo bolsonarista para efetivar legalmente a autonomia do Banco Central, eu publiquei aqui mesmo neste espaço um artigo que buscava alertar a todos acerca da gravidade do crime contra os interesses populares que estava prestes a ser consumado.

Agora, passado pouco mais de um mês da posse do governo democrático-popular que pôs fim ao regime do nazismo bolsonarista, estamos constatando a triste comprovação da correção das preocupantes observações levantadas naquele momento.

Um Banco Central independente, sob o comando de um representante do capital financeiro indicado pelo anterior governo nazista bolsonarista, parece estar determinado a infernizar a vida das novas autoridades eleitas, que tiveram a ousadia de pôr fim ao plano de perpetuação da aliança militar-financeira agrupada em torno do bolsonarismo.

A conversa fiada da 'independência' do BC

Charge: Jota Camelo
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Que sentido faz, do ponto de vista republicano, que governos eleitos pelo voto popular abdiquem de interferir na política monetária em favor de bancos, fundos de investimento e corretoras de valores?

Este debate, por razões óbvias, é interditado pelos comentaristas econômicos e políticos da mídia corporativa. Aliás, o neoliberalismo é pródigo em impingir à sociedade verdades cristalizadas e absolutas com se fossem dogmas divinos.

Uma coisa é reconhecer que a composição conservadora atual do Congresso Nacional não permite sequer que se especule sobre o fim da autonomia do BC. Outra bem diferente é não denunciar essa anomalia institucional aprovada por deputados e senadores durante o governo Bolsonaro.

Até porque, se não há condição para essa situação seja revertida em curto e médio prazos, que, pelo menos, plante-se a semente para que, no futuro, seja respeitada na plenitude a premissa da soberania popular, pilar básico do estado democrático de direito.

Banco Central autônomo é dogma neoliberal

Charge: Aziz
Por Jeferson Miola, em seu blog:


A autonomia do Banco Central é um dogma do pensamento único neoliberal; um totem sagrado do capital financeiro.

O debate mundial sobre a autonomia do Banco Central foi encorpado nos anos 1990, no auge da expansão da hegemonia neoliberal e do fim da União Soviética e regimes satélites do leste europeu.

Foi quando o economista estadunidense Francis Fukuyama “decretou” o fim da história e a chegada da humanidade ao nirvana neoliberal: privatizações, desregulamentação dos mercados, flexibilização do mercado de trabalho e abertura indiscriminada das economias nacionais para a livre penetração dos capitais.

A era da ultra-financeirização do capitalismo triunfara de “forma definitiva” sobre a utopia socialista e anticapitalista.

É preciso superar o imobilismo 'progressista'

Foto: Ricardo Stuckert/ PR
Por Roberto Amaral, em seu blog:


"Se a aparência e a essência das coisas coincidissem, a ciência seria desnecessária" - Karl Marx, O capital

Em recente debate sobre defesa nacional e segurança pública (youtu.be/cWpnLzsdiJ8), ouvi de Luiz Eduardo Soares a expressão “funcionalismo mesclado de marxismo vulgar”, cacoete analítico segundo o qual a análise da realidade se reduz à contemplação de sua aparência: a realidade é o que é porque não poderia ser de outro jeito, e é deste jeito porque atende a um interesse – e, evidentemente, se se trata de um interesse dominante, só pode ser um interesse de classe poderoso.