terça-feira, 22 de agosto de 2023

A reforma militar necessária

Grafite de Banksy
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Muito pouco ou quase nada se debate sobre a reforma militar, embora sua concretização seja um requerimento fundamental para a democracia brasileira e a defesa nacional.

“O Brasil tem um arremedo de Defesa”, pontifica o professor Manuel Domingos Neto já nos parágrafos iniciais do recém lançado livro O que fazer com o militar – anotações para uma nova defesa nacional.

As Forças Armadas, cuja supremacia orçamentária, de tropas e estruturas é do Exército, são vocacionadas e treinadas essencialmente para combater o “inimigo interno”. E, por outro lado, no entanto, são absolutamente incapazes de protegerem o país e dissuadirem eventuais agressores estrangeiros.

Seminário debate comunicação antifascista


O avanço do fascismo e do nazismo no mundo e, especialmente no Brasil, não é algo que possa ser tratado com desinteresse e desdém. Em estados da federação brasileira como Santa Catarina, tal qual nos ensinou a falecida pesquisadora Adriana Dias, a presença do fascismo e do nazismo é muito expressiva. Como também nos descreve o livro dos 100 anos do Partido Comunista essa história tem pilares que vêm de longe. Esses pilares, diferentemente do que acontece em outros estados, se mantiveram estáveis e consistentes durante um século e estão ativos e enraizados contaminando diversos setores da sociedade.

Brics desenha uma nova ordem mundial

Foto: Ricardo Stuckert
Por Umberto Martins, no site da CTB:


Reunidos em Joanesburgo, na África do Sul, os líderes do Brics – bloco geopolítico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – estão apreciando dois assuntos centrais nesses dias: a ampliação do grupo e a criação de uma moeda comum em substituição ao dólar nas relações econômicas entre seus membros.

São temas que respondem à necessidade histórica de estabelecer os alicerces de uma nova ordem mundial, dado o esgotamento daquela proveniente dos acordos celebrados em Bretton Woods há 78 anos, que formalizaram a hegemonia global do dólar e dos Estados Unidos.

Super-ricos ficam fora da reforma tributária?

Imagem da internet
Por Frei Betto, em seu site:


No Brasil, quem é pobre paga, proporcionalmente, mais impostos do que quem é rico. Este é o dado mais contundente de injustiça estrutural em um país que adota, em matéria de tributação, o imposto regressivo, concentrado sobre o consumo de bens e serviços. Agora, o presidente da Câmara, Arthur Lira, bolsonarista de carteirinha, insiste em deixar fora da reforma tributária os superbilionários, brasileiros que possuem fortuna superior a US$ 1 bilhão (= R$ 5 bilhões).

Escrevi um livro: O que fazer com o militar

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Por Manuel Domingos Neto

Escrevi um livro sobre o que fazer com o militar.

Apresento aqui um resumo de meus apontamentos.

1. O militar fracassou em sua missão precípua. Em que pese o Brasil deter capacidade científica e industrial e dispor de um dos maiores orçamentos de Defesa do mundo, o militar não consegue negar os espaços territorial, marítimo, aéreo e cibernético ao desafiante medianamente preparado.
 
2. As mudanças no jeito de guerrear, a dinâmica social e o cuidado com a democracia impõem uma reforma militar. Cabe revisar o papel, a organização e a cultura das Forças Armadas porque o Brasil precisa inserir-se dignamente na ordem internacional e as novas gerações devem ser poupadas das exorbitâncias do quartel.