quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Bolsonaro leva surra na reforma tributária

Senadores comemoram a votação da reforma tributária.
Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Por Altamiro Borges


O Senado aprovou nesta quarta-feira (8) o projeto de reforma tributária que funde alguns impostos e simplifica o sistema de cobrança. Ele não enfrenta as graves distorções existentes no Brasil – em que proporcionalmente os trabalhadores pagam mais impostos do que os ricaços –, mas representa um passo positivo após quase 40 anos de paralisia sobre o tema. A votação representou uma vitória do governo Lula e, principalmente, uma dura derrota do “capetão” Jair Bolsonaro e de suas milícias no parlamento.

O apagão como "obra divina"

Charge: Izanio
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Se um alienígena chegasse a estas plagas e deparasse com a cobertura da imprensa comercial sobre o apagão de São Paulo, ficaria com a impressão de que centenas de milhares de pessoas permanecem nas trevas, depois de cinco dias de uma tempestade, devido aos desígnios de Deus.

Como o neoliberalismo encara as privatizações como uma crença acima do bem e do mal, os veículos de comunicação, porta-vozes que são dos setores que têm ojeriza ao Estado, se negam a ir ao xis do problema.

Falam dos prejuízos que o breu traz aos comerciantes que veem suas mercadorias perecerem, da carne que estraga nas geladeiras das casas, do caos no trânsito causado pelo não funcionamento dos sinais, da sensação de insegurança que a escuridão provoca nos moradores e transeuntes. Cobrem até os protestos de rua da população.

Os bandidos, o WhatsApp e a polícia

Reprodução da internet
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Li que esta semana a PF fez operação contra uma quadrilha que clonava o WhatsApp de ministros para aplicar golpes. Mas, Brasil afora, milhares de usuários deste aplicativo de mensagens ficam no mato sem cachorro, à mercê dos bandidos clonadores, sem receber socorro da empresa Meta, dona do WhatsApp, e muito menos da polícia.

A regulação das plataformas digitais, para além de combater a disseminação desenfreada de fake news e discursos de ódio, devia olhar também para a proteção dos usuários. Mas nem uma coisa nem outra parecem avançar no Congresso.

Esta semana passei por isso e constatei o tamanho do descaso da Meta para com os usuários do WhatsApp.

Quando você tem o cartão de crédito/débito perdido ou roubado, você comunica seu banco e seu cartão é imediatamente bloqueado.

Jorge Pontual é o homem-bomba da Globo

Foto: Momen El Halabi/AFP
Por Moisés Mendes, em seu blog:

A Globo desqualifica todas as informações que venham de Gaza sobre a matança de crianças, sempre com a mesma frase de que os dados não podem ser “verificados de forma independente”.

É o padrão Globo: se a informação vem de Gaza, mesmo que com as imagens de gente morrendo, não há como saber quem e quantos Israel está matando.

E assim se repete o bombardeio diário da Globo, em várias frentes, em todos os seus telejornais, sempre com as versões de Netanyahu, Biden e seus aliados. Jorge Pontual, o comentarista que apoiou ataques a ambulâncias e depois disse estar arrependido, é apenas o complemento radical dessas posições.

A Globo criou as condições para que Pontual fosse o seu homem-bomba. Desde o começo dos ataques o jornalista defendeu os bombardeios e condenou as propostas de cessar fogo. E agora, na sexta-feira, implodiu-se com crachá e tudo ao dizer na GloboNews:

A vitória da greve dos metalúrgicos da GM

Foto: Cristiane Cunha/Sindimetal SJC
Por João Guilherme Vargas Netto


Para dar nomes aos bois é preciso dizer que a greve dos metalúrgicos da GM contra as demissões, que durou mais de duas semanas, teve uma vitória maiúscula.

Os três sindicatos – de São José dos Campos (839 demitidos), de São Caetano (300) e de Mogi das Cruzes – São Paulo (105) – cujos trabalhadores foram demitidos, souberam conduzir de forma unitária, firme e criativa a greve, garantindo em vários tribunais a justiça contra as demissões maciças e intempestivas da empresa, forçada afinal pela determinação dos trabalhadores, dos sindicatos e da Justiça a reintegrar os demitidos.