O potro argentino: Milei vai cair do cavalo?

Colagem do site Taringa
Por Haroldo Ceravolo Sereza, no site Opera Mundi:


A vitória de Javier Milei nas eleições presidenciais argentinas não foi uma surpresa.

Mais que um raio em céu azul, o ultradireitista representa um método já em vias de desgaste, mas que ainda mostra sua força em países que não experimentaram o arriscado caos de governos liderados pela extrema direita.

Donald Trump nos Estados Unidos, Jair Bolsonaro no Brasil, Iván Duque na Colômbia, Boris Johnson no Reino Unido: uma série de extremistas chegou ao poder em diferentes países graças à condições políticas muito especiais: a direita tradicional, frente à força eleitoral da centro-esquerda, perdeu o pudor e passou a apoiar aventureiros radicais, numa tentativa irresponsável de evitar novas derrotas.

Clube de bilionários se consolida na política

Por Luís Nassif, no Jornal GGN:


Os pontos centrais a serem analisados, na atual conjuntura política são os seguintes:

O poder do capital

O ponto central, em torno do qual giram todos os demais, é o poder político do grande capital. Ele impôs um modelo econômico que vigorou em todo século 20, venceu o poder dos sindicatos, venceu a disputa com a União Soviética, procedeu ao maior processo de concentração de renda da história.

O modelo político econômico

O modelo se baseava em um simulacro de democracia, onde cada pessoa um voto foi substituída por um dólar um voto. Interessava ao grande capital uma democracia relativa, sem concentração de poder nas mãos de uma pessoa, e com a influência sobre política econômica (através do controle pelos economistas), partidos políticos (pelo financiamento de campanha), Judiciário (com a contratação de grandes escritórios) e mídia (através da publicidade ou da injeção direta de capital).

O uso de crianças para justificar o genocídio

Ilustração: Omar Bdoor
Por Jair de Souza

No vídeo deste enlace (https://vimeo.com/manage/videos/886878629), temos uma belíssima canção. Muito linda de verdade e, ainda por cima, interpretada por um coro de crianças igualmente lindas.

De fato, tudo encantador e maravilhoso, a não ser por um pequenino detalhe: em sua canção, as crianças tecem loas às ações do exército israelense em seu massacre do povo palestino na Faixa de Gaza. E não apenas expressam sua admiração pelo morticínio que está sendo realizado, mas conclamam aos soldados que sigam até o final com sua valiosa tarefa, ou seja, que exterminem a todos os palestinos que ainda permaneçam por ali. Assim, logo, logo, no próximo ano, elas e os seus poderão ocupar todo aquele espaço que está infestado por seres desprezíveis e, a partir daí, reconstruir tudo do jeito que deve ser.