domingo, 11 de fevereiro de 2024

Moro é o político mais rejeitado do Brasil

Charge: Laerte
Por Altamiro Borges


A pesquisa Atlas-Intel divulgada na semana passada deve ter desnorteado Sergio Moro. O ex-juizeco que no passado foi tratado como herói nacional pela TV Globo, foi idolatrado como super-homem pelos golpistas e ganhou de presentinho um ministério do “capetão” Jair Bolsonaro, hoje é uma total nulidade política. Ele já é ironizado como “ex-senador em exercício” por seus pares pelos corredores do Congresso Nacional, que dão como certa a cassação do seu mandato. Para piorar, a sua popularidade está desmilinguindo aceleradamente.

Imagem negativa disparou 20 pontos

De acordo com a sondagem, a imagem negativa de Sergio Moro disparou 20 pontos percentuais com relação à última pesquisa do Atlas, realizada em novembro de 2023. Pulou de 45 para 65% o número dos brasileiros que rejeitam o “Marreco de Maringá”. Apenas 22% enxergam o senador de forma positiva – no levantamento de novembro, eram 41%. Como aponta matéria da revista Fórum, a situação do medíocre parlamentar é trágica:

“Para se ter uma ideia, o nome de Sergio Moro é o mais rejeitado da política entre outros 16 apresentados aos entrevistados. O segundo mais rejeitado é o presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP-AL), com imagem negativa para 62%. Lula, por exemplo, tem imagem positiva para 51% da população, enquanto a percepção negativa com relação ao presidente é de 45%”.

Senador ainda tenta salvar seu mandato

Sergio Moro só não está no pior dos mundos porque ainda está conseguindo adiar seu julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Ele aposta todas as suas fichas nessa protelação. Como explica Carolina Brígido no site UOL, “Enquanto seus adversários políticos têm pressa, a defesa do senador está tranquila com a indefinição da data do julgamento que pode resultar na perda do seu mandado. Quanto mais o TRE do Paraná adia a conclusão do processo, maior a chance de Moro ser beneficiado, na avaliação de aliados do ex-juiz”.

“Seja qual for o resultado do julgamento no TRE, quem for derrotado vai apelar para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente, Alexandre de Moraes, deixa a corte em junho... Com a sua saída, a presidência será ocupada por Cármen Lúcia. Como ministra do STF, ela costumava validar as decisões tomadas por Moro na Lava-Jato. Foi um dos votos que resultou na decisão do plenário de negar um habeas corpus a Lula. A defesa espera que, à frente do TSE, Cármen seja menos dura para avaliar a conduta de Moro na campanha”.

Será que a manobra do ex-juizeco e ex-ministro do fascista, detestado pela sociedade, vai dar certo?

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