Foto: Roberta Aline/MDS |
Estudo encomendado pelo Ministério do Desenvolvimento Social apresentou nesta semana um dado que mereceria grande estardalhaço e comemorações na sociedade: 13 milhões de brasileiros deixaram de passar fome no país no ano passado. De acordo com a pesquisa, houve uma queda de 30% na insegurança alimentar em 2023. Esta importante conquista civilizatória, porém, não foi manchete dos jornalões e nem destaque nas emissoras de rádio e TV. Muita gente nem sabe desse avanço obtido pelo governo Lula.
O levantamento foi feito pelo Instituto Fome Zero (IFZ), tendo como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), ambas do IBGE. Ele indica que o número de brasileiros passando fome caiu de 33 milhões, no primeiro trimestre de 2022, para 20 milhões no último trimestre do ano passado. De acordo com o estudo, a redução do desemprego e o crescimento da renda, impulsionado por programas de transferência e pela política de valorização do salário mínimo, foram os fatores que mais contribuíram para essa conquista.
13 milhões de brasileiros deixaram de passar fome
Conforme aponta reportagem da Rede Brasil Atual, “a redução de 30% considera duas modalidades de insegurança alimentar. Na moderada, a pessoa não faz as três refeições diárias ou não consegue se alimentar de forma adequada para ter uma vida saudável. Na grave, fica um dia ou mais sem comer".
“Saímos de 33 milhões de pessoas no Mapa da Fome em 2022 para 20 milhões em 2023. Embora ainda haja um longo caminho pela frente, o acerto das medidas de aumento do valor do salário mínimo e dos repasses do programa Bolsa Família, bem como a redução da inflação dos alimentos, demonstram que estamos no caminho certo para retirar novamente o Brasil do Mapa da Fome”, festeja o diretor-geral do IFZ, José Graziano.
Já o ministro Wellington Dias realça a importância da retomada do Bolsa Família. “O programa não é só de transferência de renda, é uma política de vida. Com o novo Bolsa Família, há o modelo de transferência de renda, mas levando em conta o tamanho da família e a sua composição. Onde há crianças, o valor per capita é maior. Consequentemente, as pessoas estão conseguindo voltar a ter acesso ao alimento de qualidade”.
Mídia rentista só falou da queda de dividendos na Petrobras
Durante a semana, ao invés de abordar essa conquista – com reportagens e análises mais detalhadas –, a mídia rentista preferiu dar destaque para os acionistas inconformados com a redução dos pornográficos dividendos da Petrobras. Entre eles, 45% têm ações nas bolsas de Nova York e na Bovespa. Somente no segundo trimestre de 2022, esta turma de Wall Street e da Faria Lima garfou, respectivamente, R$ 17,35 bilhões e R$ 21,55 bilhões em dividendos.
O alvo da fúria midiática foi, como sempre, o governo Lula e seu “intervencionismo”. O compromisso de campanha do atual presidente – de rever a política de preços e de distribuição dos lucros da Petrobras – simplesmente foi ignorado pelos “calunistas” dos jornalões e dos telejornais. A mídia também ofuscou que a estatal decidiu distribuir R$ 14,2 bilhões em dividendos ordinários e reteve apenas os chamados dividendos extraordinários. Ela ainda evitou explicar que, mesmo segurando os extraordinários, a empresa brasileira pagou mais do que suas cinco concorrentes dos Estados Unidos.
Danem-se os milhões de brasileiros que deixaram de passar fome. A mídia venal está preocupada apenas com a minoria que ganha fortuna com ações – e que é composta inclusive por alguns "calunistas"!
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