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A Agência Pública postou nesta semana uma longa reportagem mostrando que grupelhos de extrema direita têm espalhado o discurso de ódio nas redes digitais sem qualquer moderação das plataformas. Assinada pelo repórter Danilo Queiroz, ela denuncia que mais de 20 grupos fascistas estão ativos e organizados no Brasil e difundem seus discursos preconceituosos com a cumplicidade das poderosas big techs.
A matéria teve como base mapeamento realizado pelo Global Project Against Hate and Extremism (GPAHE – Projeto Global Contra o Ódio e o Extremismo), uma organização mundial de defesa de direitos humanos. A reportagem teve acesso ao estudo e localizou vários grupos de extrema direita em atuação no país, que “usam as redes sociais para disseminar mensagens de ódio, violência e discriminação”.
Instituto Conservador-Liberal de Dudu Bananinha
Entre outros grupos extremistas, a pesquisa cita o Instituto Conservador-Liberal, fundado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL), o filhote 03 do ex-presidente fascista. Ele “promove conteúdos LGBTfóbicos, misóginos e de fundamentalismo religioso” e tem mais de 100 mil seguidores nas redes. “O relatório da GPAHE relaciona o instituto à organização americana pró-Trump de extrema direita Conservative Political Action Conference (CPAC). Em 2022, a Agência Pública mostrou que o instituto promoveu eventos da CPAC com patrocínio da rede social Gettr, comandada por um ex-assessor de Trump”.
A pesquisa também cita o PL, a legenda de aluguel de Jair Bolsonaro, como difusor do discurso de ódio e violência. “Esse partido entrou na nossa lista como grupo extremista por ser parte significativa do crescimento da extrema direita no Brasil. Essa escolha se deu porque no PL há demonização de uma comunidade-alvo, com frente de atuação antimulher e anti-LGBTQIAPN+”, explicam os pesquisadores.
Bolsonaro impulsionou grupos de extrema direita
Boa parte dos grupos mapeados têm perfis em redes digitais, como Facebook, X, YouTube e Telegram. De acordo com a coordenadora do estudo, Heidi Beirich, o Brasil é um terreno fértil para o crescimento de organizações extremistas por ser “a segunda nação que mais gasta tempo na internet no mundo e pela falta de regulação das plataformas”.
A pesquisadora do GPAHE afirma ainda que houve uma “escalada de grupos extremistas no Brasil à medida que as mídias sociais passaram a ser usadas mais por grupos e indivíduos para espalhar medo, desinformação e conteúdo desumanizante... Bolsonaro e sua família foram um fator definitivo no crescimento do extremismo de extrema direita no Brasil”.
De acordo com o mapeamento, São Paulo é o estado com mais grupos extremistas em atividade – oito entre as 22 organizações localizadas. Rio de Janeiro e Santa Catarina ficam em segundo e terceiro lugar. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste reúnem 68% dos grupos. O Norte é a única região onde a pesquisa não apontou organizações em atividade. A população LGBTQIA+ é o alvo mais frequente dos ataques.
Alguns grupos nazifascistas na internet
“Entre as organizações que estão presentes nas redes sociais, a Força Nacionalista Brasileira (FNB) faz postagens misóginas em sua página do X... O grupo nacionalista branco, que defende a separação do Sul do restante do país, Falange de Aço, faz postagens racistas e xenofóbicas contra nordestinos. Ele espalhou cartazes com mensagens de ódio pelas ruas de Porto Alegre e, em novembro de 2022, participou de manifestações antidemocráticas que reuniram bolsonaristas na capital do Rio Grande do Sul”.
A pesquisa cita ainda o grupelho Resistência Sulista (RS), que atua com a Milícia Independente do Sul e a Falange de Aço, e afirma possuir 500 seguidores; a Força Nova do Brasil, que tem 200 seguidores e diz ser “braço brasileiro do partido político italiano neofacista Forza Nuova, que defende o nacionalismo branco, critica imigrantes e pessoas LGBTQIA+”; e a Frente Integralista Brasileira, que seria “a maior organização do movimento integralista moderno do Brasil. O grupo possui ao todo quase 4 mil seguidores”.
Também são listados “grupos que se sustentam vendendo produtos nazifascistas na internet. O Movimento Linearista Integralista Brasileiro (MIL-B) mantém uma página com notícias, podcast, vídeos, e-books e produtos com símbolos integralistas. O grupo representa o movimento fascista nascido na década de 1930, com a Ação Integralista Brasileira (AIB), cujo lema era ‘Deus, pátria e família’. Décadas depois, Bolsonaro usou o mesmo lema em sua campanha para a Presidência”.
A pesquisa também cita o PL, a legenda de aluguel de Jair Bolsonaro, como difusor do discurso de ódio e violência. “Esse partido entrou na nossa lista como grupo extremista por ser parte significativa do crescimento da extrema direita no Brasil. Essa escolha se deu porque no PL há demonização de uma comunidade-alvo, com frente de atuação antimulher e anti-LGBTQIAPN+”, explicam os pesquisadores.
Bolsonaro impulsionou grupos de extrema direita
Boa parte dos grupos mapeados têm perfis em redes digitais, como Facebook, X, YouTube e Telegram. De acordo com a coordenadora do estudo, Heidi Beirich, o Brasil é um terreno fértil para o crescimento de organizações extremistas por ser “a segunda nação que mais gasta tempo na internet no mundo e pela falta de regulação das plataformas”.
A pesquisadora do GPAHE afirma ainda que houve uma “escalada de grupos extremistas no Brasil à medida que as mídias sociais passaram a ser usadas mais por grupos e indivíduos para espalhar medo, desinformação e conteúdo desumanizante... Bolsonaro e sua família foram um fator definitivo no crescimento do extremismo de extrema direita no Brasil”.
De acordo com o mapeamento, São Paulo é o estado com mais grupos extremistas em atividade – oito entre as 22 organizações localizadas. Rio de Janeiro e Santa Catarina ficam em segundo e terceiro lugar. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste reúnem 68% dos grupos. O Norte é a única região onde a pesquisa não apontou organizações em atividade. A população LGBTQIA+ é o alvo mais frequente dos ataques.
Alguns grupos nazifascistas na internet
“Entre as organizações que estão presentes nas redes sociais, a Força Nacionalista Brasileira (FNB) faz postagens misóginas em sua página do X... O grupo nacionalista branco, que defende a separação do Sul do restante do país, Falange de Aço, faz postagens racistas e xenofóbicas contra nordestinos. Ele espalhou cartazes com mensagens de ódio pelas ruas de Porto Alegre e, em novembro de 2022, participou de manifestações antidemocráticas que reuniram bolsonaristas na capital do Rio Grande do Sul”.
A pesquisa cita ainda o grupelho Resistência Sulista (RS), que atua com a Milícia Independente do Sul e a Falange de Aço, e afirma possuir 500 seguidores; a Força Nova do Brasil, que tem 200 seguidores e diz ser “braço brasileiro do partido político italiano neofacista Forza Nuova, que defende o nacionalismo branco, critica imigrantes e pessoas LGBTQIA+”; e a Frente Integralista Brasileira, que seria “a maior organização do movimento integralista moderno do Brasil. O grupo possui ao todo quase 4 mil seguidores”.
Também são listados “grupos que se sustentam vendendo produtos nazifascistas na internet. O Movimento Linearista Integralista Brasileiro (MIL-B) mantém uma página com notícias, podcast, vídeos, e-books e produtos com símbolos integralistas. O grupo representa o movimento fascista nascido na década de 1930, com a Ação Integralista Brasileira (AIB), cujo lema era ‘Deus, pátria e família’. Décadas depois, Bolsonaro usou o mesmo lema em sua campanha para a Presidência”.
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