O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé expressa luto e se despede do inesquecível Enio Barroso, aguerrido amigo e militante por um Brasil mais justo e desenvolvido.
Figura icônica do movimento de blogueiros progressistas e mídias alternativas, Ênio dizia que a história dele nesse campo “começou quando a vida me tirou os pés do chão e me sentou na cadeira de rodas”.
Cadeirante, Enio levou uma vida normal até os 28 anos, quando passou a sentir fraqueza nas pernas e nos braços. O diagnóstico de distrofia muscular progressiva veio em 1985. A partir daí, precisou caminhar com o uso de bengala e abandonou a profissão de químico. Passou um longo período como cadeirante e, com o passar da idade, percebeu a doença avançar em uma velocidade ainda maior.
Otimista inveterado, Enio contrariou todas as expectativas e batalhou até este 7 de maio de 2024, quando nos deixa no plano físico, mas vive em nossas memórias e na história de um movimento que chacoalhou o cenário midiático brasileiro: os “blogueiros sujos”, termo cunhado por José Serra para tentar descredibilizar o então incipiente campo de comunicadores e ativistas digitais que aflorava às margens e pelas brechas da mídia dominante.
A experiência como blogueiro sujo teve início com as limitações trazidas pela distrofia. Em livro organizado por Altamiro Borges e Felipe Bianchi, do Barão de Itararé, intitulado “Blogueiros, uni-vos! Mas nem tanto..), lançado pelo selo da entidade em 2014, Enio contou a sua história no “BlogProg” e de seu saudoso blog PTrem das Treze.
Otimista inveterado, Enio contrariou todas as expectativas e batalhou até este 7 de maio de 2024, quando nos deixa no plano físico, mas vive em nossas memórias e na história de um movimento que chacoalhou o cenário midiático brasileiro: os “blogueiros sujos”, termo cunhado por José Serra para tentar descredibilizar o então incipiente campo de comunicadores e ativistas digitais que aflorava às margens e pelas brechas da mídia dominante.
A experiência como blogueiro sujo teve início com as limitações trazidas pela distrofia. Em livro organizado por Altamiro Borges e Felipe Bianchi, do Barão de Itararé, intitulado “Blogueiros, uni-vos! Mas nem tanto..), lançado pelo selo da entidade em 2014, Enio contou a sua história no “BlogProg” e de seu saudoso blog PTrem das Treze.
“Foi a distrofia muscular que me ensinou, na marra, a entender melhor as estrelas. Na cadeira de rodas, passei a ficar mais tempo olhando pro céu. Aprendi que o campo magnético de uma estrela é responsável pelo equilíbrio da outra, e é assim que compreendo a blogosfera progressista: somos todos estrelas. Alguns brilham mais, por seus méritos, e outros, talvez, menos, mas sem o campo magnético da reciprocidade e da solidariedade, não existiríamos como movimento”, sublinhou. “Um dia, aquela estrelinha menor crescerá e brilhará, enquanto a maior fatalmente perderá seu brilho, mas se formos solidários, o céu da nossa luta sempre estará firme e forte”.
A biografia de Enio Barroso
Enio Barroso foi filiado ao PT desde o primeiro dia de fundação do partido. Trabalhava no Polo Petroquímico de Capuava, em Santo André (SP), quando surgiram, no final dos anos 1970, as históricas greves do ABC. Ali, conheceu o então sindicalista Lula e lutou por melhores salários para sua categoria, além de consolidar a resistência ao regime militar.
Atuou no movimento estudantil e foi preso por quatro vezes. Morou e militou um tempo em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ao descobrir a doença, precisou voltar a São Paulo, onde ocupou posteriormente cargos nas gestões municipais de Luiza Erundina e Marta Suplicy. Atuou ainda como assessor parlamentar e participou de inúmeras campanhas políticas.
Em 2015, o Barão de Itararé promoveu a campanha “Vá pra Cuba, companheiro!”, levantando mais de R$ 50 mil para possibilitar a viagem de Ênio e um acompanhante à ilha. Lá, teve acesso a um tratamento avançado oferecido pelo Centro Internacional de Restauração Neurológica (Ciren), que logrou retardar consideravelmente o avanço da doença e combater seus sintomas.
Expressamos nossos sentimentos à família de Enio e desejamos uma passagem tranquila ao amigo que deixa saudades em todos e todas nós do Barão e das mídias alternativas.
A biografia de Enio Barroso
Enio Barroso foi filiado ao PT desde o primeiro dia de fundação do partido. Trabalhava no Polo Petroquímico de Capuava, em Santo André (SP), quando surgiram, no final dos anos 1970, as históricas greves do ABC. Ali, conheceu o então sindicalista Lula e lutou por melhores salários para sua categoria, além de consolidar a resistência ao regime militar.
Atuou no movimento estudantil e foi preso por quatro vezes. Morou e militou um tempo em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ao descobrir a doença, precisou voltar a São Paulo, onde ocupou posteriormente cargos nas gestões municipais de Luiza Erundina e Marta Suplicy. Atuou ainda como assessor parlamentar e participou de inúmeras campanhas políticas.
Em 2015, o Barão de Itararé promoveu a campanha “Vá pra Cuba, companheiro!”, levantando mais de R$ 50 mil para possibilitar a viagem de Ênio e um acompanhante à ilha. Lá, teve acesso a um tratamento avançado oferecido pelo Centro Internacional de Restauração Neurológica (Ciren), que logrou retardar consideravelmente o avanço da doença e combater seus sintomas.
Expressamos nossos sentimentos à família de Enio e desejamos uma passagem tranquila ao amigo que deixa saudades em todos e todas nós do Barão e das mídias alternativas.
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