Por Altamiro Borges
A 1ª Câmara Especial Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) decidiu nesta semana condenar o dono da rede de lojas Havan, o golpista Luciano Hang, a um ano e quatro meses de prisão em regime aberto, além de quatro meses de detenção, por difamação e injúria contra o arquiteto Humberto Tadeu Hickel. Após a condenação, o arrogante ricaço voltou a usar as redes digitais para atacar e desafiar a Justiça, dizendo-se vítima de perseguição, e anunciou que irá recorrer da decisão judicial.
Abusando do mimimi vitimista, o Véio da Havan rosnou: “O Brasil é um país extremamente perigoso para um empreendedor. Na busca de gerar empregos e desenvolvimento, pode ser processado criminalmente por pessoas que se utilizam de ideologias ultrapassadas para impedir a construção de empreendimentos. É o que está acontecendo neste caso. Um absurdo”. Essa não é a primeira derrota judicial do empresário, famoso por sua militância bolsonarista – e por suas vestimentas verde-amarelas demagógicas e ridículas.
Alvo de xingamentos e ameaças
O arquiteto abriu o processo contra Luciano Hang após ser vítima de uma onda de ódio nas redes digitais. Ele havia liderado um movimento em Canela (RS) contra a instalação de uma “Estátua da Liberdade” em uma filial da Havan no município. Humberto Hickel reagiu ao símbolo de péssimo gosto de servilismo aos EUA. Em função da sua crítica, ele foi alvo de ataques diretos, em vídeos, do dono da rede de lojas e passou a sofrer inúmeras ofensas e ameaças.
“Depois do vídeo recebi centenas de xingamentos de pessoas que inundaram minhas redes sociais para me ofender, e inclusive ameaças, o que me deixou muito nervoso. Tive que ficar de cama porque faço acompanhamento com cardiologista e afetou minha saúde. Além disso, tive que mudar meus hábitos e deixar de andar com meus netos pelas ruas de Canela, como costumava fazer, o que me entristeceu muito”, alegou ao justificar a abertura do processo.
O ricaço não visitará o xilindró
Em nota, os advogados do arquiteto festejaram a decisão do TJ-RS, afirmando que ela “enviou uma clara mensagem a toda a sociedade: ‘não é possível que nós convivamos nesse ambiente de ódio e com o estímulo a esse tipo de discurso de ódio, que têm sido cada vez mais frequente’”. Já o Veio da Havan, cada dia mais desmoralizado e isolado, esperneou. Ele voltou a chamar o arquiteto de “esquerdopata”. Não será ainda desta vez que o ricaço fascista dormirá no xilindró.
A pena de um ano e quatro meses de prisão em regime aberto, além de quatro meses de detenção, será convertida em duas penas restritivas de direitos. Elas incluem a prestação de serviços à comunidade, com um compromisso diário de uma hora, e o pagamento de uma multa pecuniária no valor de 35 salários mínimos, que será destinada ao apelante. Adicionalmente, o Véio da Havan recebeu uma penalidade financeira de 20 dias-multa, cada uma correspondendo a 10 salários mínimos.
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