sexta-feira, 22 de março de 2024

Bobagens sobre a eleição de Putin

Vladimir Putin, Praça Vermelha em Moscou, 18/3/24.
Foto: Yuri Gripas
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


O chamado Ocidente não gostou nada dos resultados das eleições russas.

A grande vitória de Putin, com cerca de 87% dos votos, provocou profundo desagrado e uma inundação de “denúncias” sobre “fraudes” no pleito, “impedimento ilegal de concorrentes”, ambiente “ditatorial”, “intimidação de eleitores” etc.

Enfim, para a maioria dos governos europeus e os EUA, tudo não passou de uma “grande farsa”.

Bom, não foram apresentadas reais evidências empíricas para acusações tão graves, além das alegações de que o governo Putin teria “mandado matar Navalny”, o principal opositor russo, e impedido outras lideranças de participar no pleito.

Entretanto, o que as lideranças ocidentais e a grande mídia do Ocidente não revelam é que Putin, independentemente de quaisquer outras considerações, sempre foi um líder muito popular na Rússia.

A teologia do domínio

Judeus da Torá estão ao lado do povo palestino
Por Leonardo Boff, no site Brasil-247:


Está sendo discutido entre analistas políticos a passagem, no seio de grupos neopentecostais, em grande parte bolsonaristas, da teologia da prosperidade para a teologia do domínio.

Estimo que o atual conflito entre o Estado sionista de Israel e a Faixa de Gaza com características de carnificina e até de genocídio de palestinos tenha reforçado no Brasil esta passagem.

Sabe-se já há muito tempo que Benjamin Netanyahu é um sionista radical de extrema direita que expressou seu projeto de restaurar Israel nas dimensões que possuía, no seu auge, no tempo de Davi e de Salomão. Daí seu apoio irrestrito de expulsão e colonização de territórios da Cisjordânia, de população árabe muçulmana.

A teologia do domínio ou o dominionismo nasceu nos EUA por volta dos anos 1970 num contexto do reconstrucionismo cristão calvinista. Como é sabido Calvino no século XVI instaurara em Genebra um governo religioso extremamente rigoroso e violento até com pena de morte. Seria um modelo para o mundo todo.

Divórcio antes do casamento

Charge: Fraga
Por João Guilherme Vargas Netto


Para enfrentar e vencer o mosquito transmissor da dengue e superar o grave surto da doença os brasileiros, mais uma vez, se apoiam no SUS que lhes garante vacinação, testes, atendimento e ajuda na erradicação dos focos e controle do ambiente.

A criação do SUS, consagrado nos artigos 198, 199 e 200 da Constituição foi resultado de uma luta feroz do Partido da Saúde, primeiro contra a catastrófica situação sanitária e os escândalos a ela associados nas décadas de 70 e 80 do século passado e depois na própria Constituinte.

Com exceção dos sindicatos diretamente ligados às ações de saúde e dos sindicatos de servidores, em vários níveis, o movimento sindical dos trabalhadores como um todo, representado pelas confederações e centrais sindicais da época, pouco participou desta luta, melhor dizendo, foi ausente, confirmando o divórcio sem ter havido o casamento.