segunda-feira, 7 de abril de 2025

Ato na Paulista reforça anistia para golpistas

Charge: Nando Motta
Por Altamiro Borges


O ato bolsonarista deste domingo (6) na Avenida Paulista ficou muito aquém das bravatas de seus idealizadores, que previram reunir mais de 600 mil seguidores em São Paulo. Segundo balanço do Monitor da USP, ele juntou 44,9 mil pessoas. Mais generosa, a Folha estimou em 55 mil presentes. Para efeito de comparação, o ato fascista de 25 de fevereiro de 2024, na mesma avenida, reuniu 185 mil pessoas. Mesmo assim, a manifestação aparentemente cumpriu seu intento de pressionar a Câmara Federal a aprovar o projeto de anistia aos golpistas do 8 de janeiro de 2023 em Brasília.

Extrema direita definha nas ruas?

O vira-latismo diante da ‘traição’ de Trump

Charge: Adam Zyglis
Por Moisés Mendes, em seu blog:


Uma reação clássica dos analistas de direita, que estão meio perdidos nos jornalões com as loucuras de Trump. Uma comentarista de economia, que se apresenta no Estadão como Duquesa de Tax, especialista em assuntos tributários, é a dona dessa chamada de capa do jornal:

“O Brasil está no meio de uma guerra comercial e é melhor ficar quietinho”

Uma ‘duquesa’ (que é na verdade a influencer Maria Carolina Gontijo) acha que o Brasil deve encolher o rabo e não latir.

Antigamente, mais muito antigamente, chamavam esse tipo de raciocínio de complexo de vira-lata, a partir da definição genial de Nelson Rodrigues tatuada testa de quem acha que devemos ficar quietinhos porque somos inferiores.

Tarifaço de Trump eleva tensões geopolíticas

Charge: Marian Kamensky/Cartoon Movement
Editorial do site Vermelho:

As manifestações de protesto e apreensão em escala mundial mostram a dimensão dos efeitos do chamado “tarifaço” anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o comércio internacional e agravam tensões e conflitos geopolíticos. O “Dia da Libertação”, conforme garganteou, “tornará a América rica novamente”.

Todavia, a ampla maioria das análises e avaliações de governos, organismos internacionais e economistas pelo mundo afora aponta, para o horizonte próximo, recessão e inflação nos Estados Unidos, desaceleração do crescimento da economia mundial, que já vinha raquítico. Em termos geopolíticos, embora o alvo central seja a China, a imagem que domina é a dos Estados Unidos se chocando e apunhalando a quase totalidade do mundo, inclusive antigos e leais aliados