terça-feira, 19 de julho de 2022

Bolsonaro usa militar como 'leão de chácara'

Charge: Jika
Por Fernando Brito, em seu blog:

Em todos os jornais, diz-se que os embaixadores, diante do show de Jair Bolsonaro sobre um delirante complô de ministros do TSE e do STF para fraudarem as eleições, viram no espetáculo um ensaio trumpista do presidente brasileiro para insurgir-se contra o resultado das urnas.

Assim é, mas com uma e decisiva diferença: Donald Trump não tinha o apoio dos chefes militares dos EUA e, por isso, não surgiu uma quartelada para apoiar os selvagens do Capitólio, ainda que, como revelaram as investigações posteriores, tenha havido algum retardo no emprego da Guarda Nacional para deter a tentativa de golpe arruaceira que seus adeptos promoveram.

Aqui, ao contrário, o que se vê é uma inadmissível subversão da ordem democrática promovida por eles, ao servirem-se de uma suposta “preocupação tecnológica” para, na prática, prestarem-se a serem exibidos como “leões de chácara” da ordem bolsonarista, não a republicana.

Vexame diplomático foi obra dos militares

Charge: Arte Villar
Por Plinio Teodoro, na revista Fórum:

O vexame protagonizado por Jair Bolsonaro (PL) no encontro com embaixadores, que pode resultar até mesmo em crime eleitoral e deixá-lo inelegível, foi obra dos generais Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria-Geral da Presidência; Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; ex-comandante do Exército que está à frente da Defesa; e Walter Braga Netto, ex-ministro e pré-candidato a vice na chapa que concorre à reeleição.

Além deles, o tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, teria organizado o evento.

Reagir as falas golpistas de Bolsonaro


O Instituto Vladimir Herzog vem a público para repudiar veementemente, mais uma vez, os ataques de Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral e ao regime democrático brasileiro.

Ao reunir embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada para repetir teorias conspiratórias absolutamente delirantes sobre as urnas eletrônicas, atacar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e promover novas ameaças de golpe ao Estado democrático de direito, Bolsonaro comete incontestáveis crimes de responsabilidade, que precisam ser devidamente punidos com base nas regras estabelecidas pela Constituição.

Derrotar nas ruas e nas urnas o fascismo

Charge: Joaquim
Por Jeferson Miola, em seu blog:

O absurdo encontro de Bolsonaro com dezenas de representantes diplomáticos estrangeiros consolidou no mundo inteiro a certeza a respeito da conspiração em marcha e do plano de ruptura institucional preparado pelos militares.

No ambiente doméstico, o evento serviu para diminuir relativamente o estado de negação da realidade acerca do protagonismo central dos militares na conjuntura.

Bolsonaro perpetrou novos atentados à legalidade e à constitucionalidade, adicionando mais crimes à sua extensa ficha criminal que o levará, após o fim do mandato, aos bancos de réus de tribunais nacionais e internacionais.

Em democracias minimamente funcionais, ele teria sido afastado da presidência, processado, condenado e preso. Mas isso, contudo, nem em sonho acontecerá no Brasil sob um Estado de Exceção, com uma democracia cambaleante e instituições fascistizadas.

segunda-feira, 18 de julho de 2022

MBL armou contra o padre Julio Lancellotti

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Discurso de ódio e compra de votos

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Bolsonaro domina as polícias no Brasil?

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Bolsonaro detalha golpe em power point

domingo, 17 de julho de 2022

BNDES perdoa dívidas do grupo Collor

Por Altamiro Borges


O ex-presidente Fernando Collor de Mello, o fajuto “caçador de marajás” da Veja e Globo que sofreu impeachment por roubalheira, atualmente é um bolsonarista hidrófobo. Na disputa pelo governo de Alagoas, o candidato do PTB já ultrapassou Arthur Lira, presidente da Câmara Federal, no sabujismo diante do “capetão”. Esse servilismo se deve a razões político-ideológicas, de simpatia com as teses reacionárias do neofascista no poder. Mas também decorre de interesses mais mesquinhos, mercantis – para não dizer que envolve diretamente novos assaltos aos cofres públicos.

Militares investem pesado nas eleições

Charge: Brum
Por Altamiro Borges


Com a ascensão do fascista Jair Bolsonaro ao poder, a militarização do país se dá de forma acelerada. Há estimativas de que mais de 8 mil militares estejam atualmente em cargos no governo federal, alguns acumulando soldos e salários e ganhando fortunas. A ocupação dos espaços civis é tão acintosa, relembrando o período mais sangrento da ditadura fardada, que os milicos tomaram gosto pela política e decidiram investir com tudo nas eleições deste ano.

MBL armou contra o padre Julio Lancelotti

Reprodução do Facebook
Por Altamiro Borges


A revista Piauí desta semana traz mais uma demolidora denúncia contra o Movimento Brasil Livre (MBL) – o grupelho direitista que nasceu durante a cruzada golpista pelo impeachment de Dilma Rousseff, apoiou e depois foi defecado pelo fascista Jair Bolsonaro e hoje colhe desgaste em cenas execráveis, como a do deputado Arthur do Val, o Mamãe Falei – o asqueroso das “ucranianas são fáceis porque são pobres” –, que renunciou covardemente ao seu mandato.

Sinistro da Saúde banca filhote Queiroguinha

O Brasil virou uma cena do crime

Charge: Aroeira
Por Fernando Brito, em seu blog:


A deplorável conclusão do inquérito policial que pretendeu “despolitizar” o ato de violência política representado pelo assassinato de um militante do PT numa festa de aniversário em Foz do Iguaçu é uma vergonha que, é claro, não vai prevalecer, tamanha a repercussão negativa que está tendo.

Nem o complicadíssimo Ministério Público do Paraná vai subscrever uma conclusão que, por tudo o que já se argumentou, não tem pé nem cabeça. Ou melhor, só faz sentido se objetiva dar às pressas uma versão “isentona” de um claro atentado com motivação política.

Não é o bastante, porém.

Há no Brasil uma autorização para violência

Charge: Angeli
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

Quando falamos que estamos no limiar entre a barbárie e a civilização, não é força da retórica. Existe no Brasil uma autorização não escrita à violência, um incentivo que vem da mais alta autoridade da República ao comportamento agressivo, desrespeitoso e humilhante contra os mais frágeis, os adversários, os que não pensam igual. É a ideia da supremacia individual levada às últimas consequências.

Episódios violentos tem se intensificado nos últimos tempos; uma violência que aparece nos mais diversos campos e que nessa semana se materializou no assassinato de um partidário do presidente Lula na sua própria festa de aniversário e também no estupro de uma mulher sedada para dar à luz, dentro da sala de parto, com a equipe de saúde separada apenas por uma cortina de pano.