domingo, 14 de abril de 2024

Golpe em câmera lenta é a onda do século XXI

Charge: Iotti
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

1 - Como entender a conexão que aproxima o golpe contra Dilma e a impunidade que mantém Jair Bolsonaro fora da cadeia

Por razões que se pretende debater nos parágrafos seguintes, há uma velha novidade na cena política deste século XXI.

Todos já percebemos que os golpes de Estado em estilo clássico, com tanques nas ruas, cenas de violência explícita, prisões e mesmo execuções de lideranças perseguidas pela nova ordem deixaram de integrar o roteiro obrigatório das iniciativas anti-democráticas de nosso tempo.

Ainda que a memória política permaneça ilustrada pelo golpe de 31 de março 64 no Brasil, a violenta deposição de Salvador Allende no Chile, em 1973, os golpes de 1930, 1943, 1955, 1962 e 1976 na Argentina, nem sempre as coisas se passam dessa forma, como se vê pela disputa eleitoral que concentra olhares e nervos de 2024 - a eleição presidencial norte-americana.

Saúde e educação sob ataque!

Charge: Benett/Um Brasil
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


As propostas de arrocho fiscal carregam consigo consequências muito mais graves do que simplesmente o discurso mentiroso e demagógico de buscar o tal do saudável equilíbrio das contas públicas. Via de regra, as medidas se concentram sobre a limitação e/ou a redução das despesas orçamentárias para que as receitas possam se igualar aos gastos na apuração final do resultado das contas da tesouraria governamental.

Ocorre que a obsessão irracional com o corte em tais rubricas termina por prejudicar de forma aguda as contas das áreas sociais, dos investimentos públicos e dos salários dos servidores, dentre tantos outros setores estratégicos para a dinâmica econômica e social. Além de provocar redução de direitos legais e constitucionais, o viés pela austeridade também se revela como um tiro no pé da própria capacidade de se promover a recuperação da atividade econômica de forma mais geral.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

O bandidão amigo do covardão

Charge: Adam C. Moore/Laemeur
Por Moisés Mendes, em seu blog:


As respostas aos ataques do fascismo parecem estar sempre aquém do tom que o caso requer. Lula disse o seguinte sobre o gângster Elon Musk:

“Temos que escolher se queremos viver num regime democrático ou não queremos isso. Se vamos permitir que o mundo viva a xenofobia do extremismo de extrema direita, que se dá ao luxo de permitir que um empresário americano, que nunca produziu um pé de capim nesse país, ouse falar mal da Corte brasileira e do povo brasileiro”.

O que ficou disso tudo na imprensa, como resumo, foi que Lula acusou Musk de nunca ter produzido um pé de capim no Brasil. Quem acolhe essa declaração como a resposta que Musk merece?

A bola de cristal furada da Globo

Por Bepe Damasco, em seu blog:


Se você quiser saber a previsão de uma votação importante no Congresso Nacional, sugiro que aposte no resultado oposto ao projetado pelos repórteres e comentaristas da GloboNews.

A barriga da emissora no episódio da votação da manutenção ou não da prisão do deputado Brazão, um dos acusados de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson, foi constrangedora, coisa capaz de provocar vergonha alheia.

Depois de despachar praticamente todo seu time de jornalistas de política para Brasília, para cobrir a votação que decidiria o destino de Brazão, a GloboNews passou 48 horas a apregoar os seguintes consensos entre seus profissionais:

Muitas semelhanças, mas nenhuma coincidência

Do site Aporrea
Por Jair de Souza

Exatamente no próximo dia 13 de abril, vai-se completar 22 anos de um dos episódios mais fascinantes da história da América Latina. Foi na citada data em 2002 que o povo da Venezuela proporcionou a toda a humanidade uma das lições mais inesquecíveis e grandiosas de todos os tempos.

Movido pelas saudosas lembranças, decidi rever o documentário A Revolução não será televisionada, produzido naquele momento por uma equipe de jornalistas irlandeses que se encontrava na Venezuela para realizar uma reportagem sobre a situação político-social sob o então recente governo bolivariano liderado por Hugo Chávez. Foi esta feliz casualidade do destino o que possibilitou que as pessoas certas estivessem no lugar certo e na hora certa para efetuar um inestimável trabalho de jornalismo investigativo.

A perseguição implacável a Julian Assange

A liberdade de expressão absoluta de Musk

Valdemar ferra Moro e contraria Bolsonaro

Chiquinho Brazão na cadeia cala bolsonaristas

Musk, Bolsonaro e o PL das fake news

China-Rússia: base do mundo multipolar

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Chilique de Musk repercute na mídia mundial

Charge do site Civitai
Por Altamiro Borges


Levantamento feito pela rede britânica BBC mostra que o chilique do bilionário Elon Musk contra a soberania brasileira repercutiu com força na imprensa internacional. O dono do X, ex-Twitter, já não é bem visto em vários países da Europa, da Ásia e até nos EUA. O seu anúncio de que desrespeitará a Justiça do Brasil, que solicitou o bloqueio de perfis na plataforma que espalham fake news e estimulam o ódio fascista, não pegou bem em muitas nações, que atualmente discutem formas de regulação das poderosas e prepotentes big techs.

STF condena mais 14 patriotários pelo 08/01

Quaest: Lula cresce em estados bolsonaristas

O alinhamento de Lira, Musk e Bolsonaro

Charge: Adam/Gulf News
Por Jeferson Miola, em seu blog:

A guerra fascista aberta contra o STF e a democracia brasileira pode não ter sido combinada em todos seus detalhes, mas tem um alto nível de coordenação.

É notório o alinhamento estratégico das iniciativas de Bolsonaro, Elon Musk e Arthur Lira para a retomada da ofensiva política da extrema-direita brasileira em articulação com o fascismo internacional.

Em poucas semanas a conjuntura nacional deu várias cambalhotas.

A perspectiva de condenação e prisão do Bolsonaro e do núcleo central de lideranças fascistas – civis e militares – nunca esteve tão tangível como a partir do avanço do inquérito sobre as tentativas de golpe de Estado e de ruptura institucional.

Apesar disso, o bolsonarismo conseguiu sair da situação de defensividade política. A primeira e rápida reação para sair do canto do ringue político foi o ato de 25 de fevereiro na avenida Paulista, convocado “em defesa do nosso estado democrático de direito”, como Bolsonaro anunciou.