terça-feira, 23 de junho de 2015

O espetacular fiasco da revista 'Época'

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Quando cheguei à Editora Globo como diretor editorial, em 2007, topei com uma coisa que jamais imaginara ver na carreira.

A Época era a campeã de reclamações no Procon por causa de uma promoção em que prometia – ia escrever dava, mas não era bem o caso – um dvd para quem a assinasse.

Emails de queixas transbordavam dos canais normais da editora – assinatura etc – e, sem resposta, acabavam chegando aos editores.

A música como arma política

Por Rosane Pavan, na revista CartaCapital:

Herivelto Martins não queria criticar Getúlio Vargas. Pelo menos, não ao compor Palhaço. A música mirava um desafeto pessoal.

Havia muitos anos se resolviam assim as coisas naquele Brasil sem polícia, Justiça ou governo confiáveis. A palavra era a bala e o gatilho, a canção. Sem revólver, portanto, apenas com samba, Herivelto se vingava de quem discordava dele sobre uma questão de direito autoral. Quem gargalha demais, sem pensar no que faz, quase nunca termina em paz, musicou. O sucesso foi sem igual naquele 1946, mas o povo entendeu a canção errado. O sorriso insidioso descrito nos versos mortais passou a pertencer ao presidente destituído pela redemocratização. Palhaço seria Vargas e ponto final.

O incrível blogueiro analfabeto da 'Veja'

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Você se surpreendeu com o “blogueiro” da Veja que pediu “menos escolas, mais prisões”? Pois a “blogosfera” da revista acaba de surpreender, de novo, com a mesma intensidade – porque mais, é impossível. A revista mantém, em seu portal, um blogueiro analfabeto funcional.

O nome da peça é Felipe Moura Brasil. E, acredite quem quiser, o sujeito não é capaz de interpretar um texto de 115 caracteres, ou 19 palavras. Por conta disso, atacou o signatário desta página devido a uma “leitura” ridiculamente equivocada de postagem que fiz em minha conta no Twitter.

Sem audiência, Gentili dança na Fox

Por Altamiro Borges

O imperdível blog Diário do Centro do Mundo publicou uma curiosa notinha nesta terça-feira (23):

A série 'Politicamente Incorreto', protagonizada por Danilo Gentili, não terá nova temporada. O comediante fazia o papel de Atílio Pereira, um deputado filiado ao fictício PDU. Os poucos episódios foram ao ar no fim do ano passado. Pereira dormia no plenário, xingava assessores, enfim, era um picareta. 


Um blogueiro brasileiro em Cuba

Quem juntará os cacos do Brasil?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Prossegue em marcha batida a depredação do Brasil para livrá-lo de Dilma, da volta de Lula e de governos do PT. O juiz Moro forçou a mão para justificar a prisão dos presidentes das duas maiores empreiteiras, mas quem se arrisca a dizer isso? Este foi apenas um estrépito agudo dentro do bombardeio contínuo das estruturas políticas e econômicas do país. O governo tragado pela vertigem dos problemas, alguns criados por ele mesmo, ministra antitérmicos para uma infecção que se generaliza. A oposição, ao invés de se apresentar como alternativa responsável para o próximo rodízio, lança coquetéis molotov. O Congresso, enquanto isso, disputa nacos de orçamento e segue em sua agenda regressiva. Não sobrou ninguém, nenhuma espécie de “bom senso futebol clube” para fazer um chamado à razão. E depois do crash, quem juntará os cacos do Brasil espatifado para recomeçarmos?

Lula: sem utopia não há transformação

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Li, agora há pouco, trechos da intervenção do ex-presidente Lula no debate que seu instituto promoveu com o ex-primeiro-ministro espanhol Felipe González.

“O PT precisa construir uma nova utopia”, de uma “revolução interna no partido”.

“Queremos salvar a nossa pele, nossos cargos, ou queremos salvar o nosso projeto?”

Os novos hábitos do leitor no Brasil

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os habitantes das grandes cidades brasileiras são os maiores usuários de redes sociais como meio de acesso a informações. Esse é um dos achados de um estudo encomendado pelo Instituto Reuters, da Inglaterra, à empresa de pesquisas YouGov, intitulado “Relatório de Notícias Digitais 2015”.

Os brasileiros urbanos de renda alta lideram a crescente tendência mundial de migração para os meios digitais que produzem conteúdo jornalístico, em detrimento da mídia tradicional.

A antessala do golpe no Brasil

Editorial do site Vermelho:

Desde o final das eleições de 2014 vivemos uma profunda instabilidade política. A polarização ocorrida em torno da disputa presidencial prolongou-se, com a direita forçando a existência de um “terceiro turno”, em que tenta artificialmente mudar o resultado das urnas.

A configuração nitidamente conservadora e fisiológica do Congresso eleito em 2014 torna mais difícil uma pactuação em torno de interesses nacionais e populares elevados, visto que boa parte do que seria a base do governo no Legislativo é composta por notórios simpatizantes da oposição, que apenas por conveniências regionais estão em legendas que integraram a coligação de apoio à presidenta Dilma.

Beto quem? De onde? De que partido?

Por João Feres Júnior, no site Brasil Debate:

Deu no Mossoró Hoje, edição digital, em 10 de junho: “Gaeco cumpre 50 mandados de prisão na Operação Publicano no PR”. Saiu no Jornal de Londrina, 11 de junho: “Quatro ex-inspetores de fiscalização são presos; Detidos ocuparam cargo na primeira gestão de Beto Richa”. Bonde News, portal de notícias do Paraná: “Mais de 20 pessoas são presas em Londrina na nova fase da Operação Publicano”. Está na página do Ministério Público do Paraná Notícia, de 10 de junho: “Gaeco cumpre 68 mandados de prisão e 65 de busca e apreensão”.

STF cederá ao golpe de Eduardo Cunha?

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Em 26 de maio, o Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou a doação empresarial para campanhas eleitorais de partidos e políticos.

No dia seguinte, numa manobra do presidente Casa, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o Plenário foi levado a votar novamente o financiamento empresarial a partidos, aprovando um absurdo: colocar na Constituição Federal de 1988 a doação empresarial a partidos, que já havia sido rejeitada.

O papa Francisco e o grito da terra

Por Leonardo Boff, no site da Adital:

É a primeira vez que um papa aborda o tema da ecologia no sentido de uma ecologia integral (portanto, que vai além da ambiental) de forma tão completa. Na encíclica Laudato si’, lançada nessa semana, o papa Francisco traz uma grande surpresa: ele elabora o tema dentro do novo paradigma ecológico, coisa que nenhum documento oficial da ONU até hoje fez. Fundamental é seu discurso com os dados mais seguros das ciências da vida e da Terra. Ele lê os dados afetivamente, com inteligência sensível ou cordial, pois discerne que por trás deles se escondem dramas humanos e muito sofrimento também por parte da mãe Terra.

Crime de sonegação não é notícia

Por Luís Humberto Rocha Carrijo, no site Outras Palavras:

O escândalo do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais — Carf –, que pode superar 19 bilhões de reais, recebe uma cobertura muito acanhada da imprensa brasileira, apesar de sua magnitude e implicações de toda ordem. Dentro do ponto de vista jornalístico, não há nada que justifique um tratamento tão desinteressado e desatento por parte das redações. Ao contrário, os vultosos desvios de recursos da Receita, com a participação de personagens graúdos do PIB nacional (bancos e empresas, boa parte, grandes anunciantes), fundamentam os princípios do que é notícia, pelo menos em veículos que praticam jornalismo em sua mais ampla definição - corajoso e isento, dedicado a informar a população.

'Veja' viola direitos de adolescentes

Do site do Coletivo Intervozes:

Nesta terça-feira, 16, o Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social entrou com representação junto à Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo contra a Revista Veja que, na edição lançada no início desta semana, enfoca a maioridade penal e atenta contra o Estatuto da Criança e do Adolescente ao permitir a identificação dos/as adolescentes expostos na matéria de capa. Além disso, o conteúdo ignora o princípio de presunção de inocência apresentando os “envolvidos” numa situação de conflito com a lei como culpados antes mesmo de serem julgados.

Os direitos negados na mídia brasileira

Por Sheila Jacob, no site do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC):

A jornalista Renata Mielli esteve no Rio para o lançamento do livro Direitos negados: um retrato da luta pela democratização da comunicação. A publicação tem como objetivo ampliar o debate sobre o monopólio da mídia e sensibilizar para a importância de se garantir uma pluralidade de vozes nos programas de rádio e televisão. “É necessário romper com a ideia de que discutir regulação da comunicação é praticar censura”, afirmou Renata Mielli, que é secretária-geral do FNDC, do Centro de Estudos Barão de Itararé e é organizadora da obra. 

segunda-feira, 22 de junho de 2015

A greve contra o calote da TV Cultura

Por Altamiro Borges

Na sexta-feira passada (19), os trabalhadores da área técnica da Rádio e TV Cultura deflagraram uma greve por tempo indeterminado contra o não pagamento de parte do salário e da totalidade do abono. A Fundação Padre Anchieta, mantenedora das emissoras e ligada ao governo tucano de São Paulo, simplesmente desrespeitou o acordo firmado com o Sindicato dos Radialistas em 2014. "Vinhamos tentando negociar desde março, mas até já firmamos novo acordo (para 2015-2016) e ainda não há perspectiva sobre o acerto desses valores”, explicou Sérgio Ipoldo, coordenador da entidade, ao jornalista Rodrigo Gomes, da Rede Brasil Atual.

Por que a direita cresceu no Brasil?

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Em primeiro lugar, é importante compreender que a direita sempre teve força no país. Chegou a perder força quando perdeu o governo central, mas manteve espaços de poder – inclusive no governo, mas principalmente na mídia e nas instâncias de controle econômico na sociedade. Em segundo porque, apesar do seu modelo econômico ter fracassado, levando à vitória de propostas políticas e de modelo económico-social contrárias às suas, a direita conta com a hegemonia das ideias conservadoras e egoístas na sociedade. O “modo de vida norte-americano” deitou raízes profundas na sociedade, em todas as camadas sociais e, com ele, o egoísmo, o individualismo, o consumismo, a discriminação, o racismo, a falta de solidariedade social.

A juventude quer voar!

Por Carina Vitral, no site da UNE:

No último dia 10 de junho, o movimento estudantil sofreu uma agressão sem precedentes na democracia brasileira. A diretoria da União Nacional dos Estudantes e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – grande parte formada por jovens mulheres – foi retirada com gás de pimenta do Congresso Nacional. A mesma UNE e a mesma UBES que representaram a resistência quando esse Congresso foi fechado pela ditadura militar, as mesmas entidades que foram para as ruas garantir as Diretas Já! e a volta das liberdades civis agora são reprimidas de forma vergonhosa na Casa que ajudaram a reconquistar para o país. Algo está muito errado.

Europa, EUA e o conto do livre comércio

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Se há um “conto do vigário” recorrente, no qual temos caído, sempre, historicamente, ele é o do “livre” comércio. A tradição de negociar com os de fora em condição de inferioridade, como se fosse tremenda vantagem, é uma marca cultural brasileira, que deve ter se inaugurado quando, na areia, contemplando as primeiras caravelas, os nativos destas terras entregaram aos portugueses confessáveis e inconfessáveis riquezas, em troca de espelhinhos e miçangas.

A molecagem dos senadores em Caracas

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A visita dos oito senadores à Venezuela vai deixando de se parecer com uma farsa para se configurar numa molecagem internacional. Folha e Estadão publicaram a versão do Itamaraty para o episódio. Os paladinos da liberdade não tiveram o cuidado para dar verniz de credibilidade ao factoide.

Aécio Neves, Ronaldo Caiado, Aloysio Nunes, Petecão (Petecão!!) et caterva já sabiam desde o início que o embaixador Ruy Pereira não os acompanharia em Caracas na missão para evitar problemas diplomáticos. Tratava-se, afinal, de um grupo abertamente oposicionista ao regime.