sábado, 5 de dezembro de 2015

Na Argentina, começa a parte difícil

Por Antonio Luiz M. C. Costa, na revista CartaCapital:

As pesquisas falharam no primeiro turno ao prever uma vantagem ampla ou mesmo a vitória no primeiro turno de Daniel Scioli sobre Mauricio Macri, pois o primeiro teve uma margem bem estreita. E a maioria delas errou de novo no segundo ao prever uma dianteira de 7% a 13% de Macri sobre Scioli, pois o resultado final foi 51,4% a 48,6%, mais apertado que a tão contestada vitória de Dilma Rousseff sobre Aécio Neves (51,6% a 48,4%).

“Guerra nas ruas” desmascara Alckmin

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Com pressa para chegar à TV Record, no final da tarde de quarta-feira, depois de Eduardo Cunha detonar a bomba do impeachment, o transito parou de uma vez: perto da avenida Rebouças, carros de polícia com sirenes ligadas e policiais a pé com armas nas mãos corriam atrás de estudantes em fuga carregando cadeiras em direção à avenida Paulista. Fazia tempo que não me assustava com uma cena como essa, muito comum nos tempos do regime militar.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Crise venezuelana e golpe paraguaio

Por Francisco Fonseca, no site Carta Maior:

A admissão do processo de impeachment da presidente Dilma, formalmente deflagrado em 03 de dezembro é o desfecho esperado de uma conjunção de fatores:

1) A derrota eleitoral do PSDB – a quarta consecutiva, nunca é demais relembrar – e do rentismo deletério que representa, o que vem implicando toda sorte de revanchismo antidemocrático

2) ascensão do carbonário deputado Eduardo Cunha, representante do que há de mais escuso na vida “pública”, com seu séquito do “baixo clero” que tem no Congresso um balcão de negócios;

Não derrubarão a democracia

Por Jandira Feghali

A crise política e aética que mancha a biografia do presidente da Câmara dos Deputados tenta ser jogada contra Dilma Rousseff. Como uma tentativa de Eduardo Cunha de se salvar das manchetes que expõem denúncias de corrupção contra ele, o mesmo usa o artifício do impeachment para vingar-se do Governo Federal num jogo rasteiro e nada republicano. Uma manobra. Uma chantagem.

Até então, a possibilidade de impeachment foi sendo usada como forma de pressão no Conselho de Ética da Casa que analisava o processo de perda do mandato de Cunha. O presidente da Câmara ameaçava a todo momento deferir o pedido caso não tivesse votos suficientes contra a aprovação da admissibilidade do processo. Por esses e muitos outros fatos que ele perde as condições de presidir a Câmara.

Alckmin recua. "Picolé de chuchu" derreteu!

Por Altamiro Borges

Em tom fúnebre, a mídia chapa-branca registrou no início da tarde desta sexta-feira (4): os jovens que ocuparam mais de 200 escolas públicas em São Paulo derrotaram o truculento governador tucano. A brutalidade da tropa de choque da PM, com suas bombas de gás e cassetetes, não conseguiu intimidar os aguerridos alunos. A cumplicidade da imprensa venal, que fez de tudo para ocultar e criminalizar a heróica mobilização, não inibiu o apoio da sociedade. O "picolé de chuchu", tão blindado pela mídia, derreteu. A sua popularidade despencou. Os jovens demonstraram que o melhor caminho é a luta!

Repressão nas ruas e blindagem na mídia

Por Cíntia Alves, no Jornal GGN:

Na noite de terça-feira (1), enquanto a oposição ao governo Dilma Rousseff (PT), liderada pelo PSDB do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, obstruia a pauta de votação, a senadora petista Gleise Hoffmann pediu a palavra para informar que pela primeira vez desde a ditadura militar, uma dirigente estudantil havia sido presa pela Polícia Militar durante um protesto.

Um desqualificado ataca uma mulher íntegra

Por Leonardo Boff, em seu blog:

O Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é acusado de graves atos delituosos: de beneficiário do Lava-Jato, de contas não declaradas na Suiça, de mentiras deslavadas como a última numa entrevista coletiva ao declarar que o Deputado André Moura fora levado pelo Chefe da Casa Civil Jacques Wagner a falar com a Presidenta Dilma Rousseff para barganhar a aprovação da CPMF em troca da rejeição da admissibilidade de um processo contra ele no Conselho de Ética.

'Corra, primo do Serra. A polícia vem aí'


Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

"Corra, Gregório, corra! Antes que a PF bata na porta!" A frase é uma ironia inspirada em uma realidade gritante, por sua vez extraída da leitura de três documentos públicos – mas ignorados pela mídia tradicional – da Operação Lava Jato.

O primeiro documento, de agosto, é a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quando faz referência a propinas pagas por Júlio Camargo para o fornecimento de sondas para a Petrobras.


O impeachment é um golpe do PSDB

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A decisão de Eduardo Cunha, de dar seguimento a um pedido de impeachment formulado pela oposição, gera imensas dificuldades para o país: cria incerteza na economia, atrasa decisões de investimento, aumenta a probabilidade de que a recessão se aprofunde.

Mas, do ponto de vista estritamente político, a decisão não chega a ser um desastre para Dilma. Por alguns motivos, que passo a listar.

Rede e PSOL rejeitam impeachment

Da revista Fórum:

A líder nacional da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, se reuniu na manhã de ontem (3) com parlamentares da Câmara e do Senado para discutir o posicionamento de seu grupo político em relação a um possível impeachment de Dilma Rousseff. A opinião final do partido foi contra o procedimento.

Segundo o deputado federal Alessandro Molon (Rede-RJ), a legenda concluiu que “pelos fatos apresentados até o momento, não se encontram presentes os elementos necessários” para o afastamento da presidenta. “A Rede acredita que a Justiça é o melhor caminho e defende o aprofundamento das investigações e o avanço de todas as ações no Judiciário, livre de chantagens e ameaças”, declarou.

A democracia vencerá os golpistas

Por Adalberto Monteiro, no site Vermelho:

Que legalidade tem um processo de impeachment que nasce pelas mãos imundas de um chantagista, prestes a ter o mandato cassado pelos seus pares ou mesmo preso por decisão do STF?

Não há “guerra” entre Dilma e Cunha, como quer enganar o povo a grande mídia. Uma pessoa honrada não se envolve em luta corporal com canalhas. A admissibilidade do processo de impeachment por Cunha disparou o tiro contra a democracia. Desencadeou, abertamente, uma guerra, essa sim verdadeira, entre democratas e golpistas. Não há meio termo. Ou se está do lado do Estado Democrático de Direito, ou se está do lado do retrocesso, da desmoralização do país enquanto nação, que ao custo de muita luta e muitas vidas, integra o elenco das democracias contemporâneas.

MST repudia tentativa de golpe

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Do site do MST:

No último período, o país tem vivenciado uma crescente onda conservadora no Congresso Nacional que na figura do deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), então presidente da Câmara dos Deputados, tem orquestrado uma série de ações que promovem a retirada de direitos da classe trabalhadora, cuja ofensiva se desembocou na autorização da abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira (02).

Democracia ou chantagem golpista

Por Renato Rabelo, em seu blog:

É eloquente a singularidade da crise pela qual atravessa o Brasil. Qualquer tentativa de comparações com nossa história política, ou com acontecimentos alhures, por mais perfeita que seja a tentativa analítica em relação à situação atual, pode incorrer em possíveis conclusões simplistas ou viciadas por deduções artificiais.

O atual curso político nacional, consumando em si um contexto peculiar, atingiu neste momento o paroxismo de uma situação inusitada: a nação se encontra diante de um chantagista, ainda presidente da Câmara dos Deputados, desesperado para salvar sua pele, que põe sob sequestro as instituições políticas do país. Eduardo Cunha deixa os bastidores e vem a lume esgrimir seus verdadeiros intentos de extorsão para sobreviver acima de tudo. Isso acontece imediatamente após a justa decisão do PT no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, ao defender a admissibilidade do processo contra o presidente da Câmara nesse Conselho.

'Não há sequer pretexto para impeachment'

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Para o professor Luiz Moreira, um dos pioneiros do debate sobre judicialização no país, que ocupou o Conselho Nacional do Ministério Público por dois mandatos, o pedido de impeachment de Dilma Rousseff carece não apenas de um motivo legal – não tem amparo sequer nos pretextos jurídicos que a oposição tentou construir desde a derrota na campanha eleitoral.

Cunha ressuscita o velho PT

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Bepe Damasco, em seu blog:                                      

Ao apelar para a vingança mais primitiva e antirrepublicana, bem ao estilo Cunha de ser, o ainda deputado e presidente da Câmara dos Deputados não tinha ideia do vulcão que estava liberando ao destampar a garrafa. Basta uma olhada nas redes sociais e na movimentação da militância do PT contra o golpe para se perceber que um dos mais desclassificados políticos da história do Brasil operou um milagre : a unidade do partido e o ânimo de seus militantes para enfrentar e derrotar o golpismo paraguaio.

Folha nega "pressão" de Alckmin. Tá bom!

Por Altamiro Borges

Nesta terça-feira (2), a revista Fórum publicou uma grave denúncia contra o jornal Folha de S.Paulo. Segundo a matéria, o site do diário deletou um vídeo que mostrava a violência da PM tucana contra os estudantes nas escolas ocupadas. O mais curioso é que a operação-abafa foi feita logo após a visita do governador do PSDB à redação do jornal. De imediato, o sempre servil Portal Imprensa trouxe a versão da famiglia Frias para o sinistro caso: "Folha nega ter tirado reportagem do ar após visita de Geraldo Alckmin", afirma o site nesta quarta-feira. Vale conferir a resposta do jornal tucano:

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Torcida do Palmeiras expulsa a Globo

Por Altamiro Borges

A sempre atenta Keila Jimenez, do site R-7, registrou a curiosa cena: "A conquista do título da Copa do Brasil pelo Palmeiras, na noite de quarta-feira (2), foi marcada por bons índices de audiência e por uma guerra declarada da torcida palmeirense contra o narrador da Globo Cléber Machado... A partida registrou 32 pontos de Ibope na emissora... Mas se a audiência foi boa, o clima entre a torcida, a Globo e e o narrador Cléber Machado nunca foi pior. Muito criticado e xingado nas redes sociais, Cléber foi obrigado a narrar o título do Palmeiras no estúdio da Globo na zona sul de São Paulo".

Alckmin trocou a lousa pela bomba de gás?


Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Ao perceber que lançar bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e spray de pimenta em adultos já não faz o mesmo efeito em manifestações de rua, o governo de São Paulo resolveu – baseado nas mais recentes metodologias educacionais – antecipar o processo de “educação para a cidadania''.

Por isso, a polícia militar está usando o mesmo armamento em atos com crianças e adolescentes que – em protesto contra o projeto que prevê o fechamento de escolas e a realocação forçada de alunos – estão ocupando ruas e unidades de ensino. Ou seja, ao contrário do que muita gente pensa, não é uma ação truculenta do governo. Pelo contrário: o uso de bombas é mais uma etapa do planejamento da Secretaria de Educação para economizar dinheiro público.

Fórum-21 repudia tentativa de golpe

Do site do Fórum-21:

A revanche dos interesses derrotados em outubro de 2014 atingiu seu ápice nesta terça-feira.

O notório deputado Eduardo Cunha, em fuga para frente, com a lei no calcanhar, resolveu acatar um pedido de processo de impeachment contra a Presidenta eleita por 54 milhões de brasileiros.

Os detalhes da retaliação são públicos, como ostensivamente esclarecedores são os fatos pregressos na trajetória do personagem.

O pior delito de Eduardo Cunha

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Desde o início do caso Cunha, uma coisa me intrigou particularmente: como ele, ferido de morte por evidências acachapantes de corrupção, poderia ter o poder de decidir sobre algo de tamanho impacto para o país como um processo de impeachment?

Somos uma sociedade tão vulnerável assim a achacadores como Cunha? Não temos defesas, não temos freios que nos protejam em situações de flagrante perigo?