quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Porrada da PM e a censura em São Paulo

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Será que nós jornalistas preenchemos tão bem assim o papel de gado para abate que não conseguimos nos mobilizar em nenhuma circunstância?

Será que realmente nos consideramos melhores do que os outros trabalhadores? Ou, quiçá, nos sentimos travestidos de alguma estúpida missão, flanando acima do bem e do mal, fazendo de conta que não é com a gente?

Porque tão intolerável quanto um manifestante levar cacetada covardemente sem ter feito absolutamente nada para colocar em risco a vida de outras pessoas, é um jornalista ser agredido quanto está tentando registrar e transmitir uma história. Seja ele da mídia tradicional ou alternativa.

Macri sabota a liberdade de expressão

Por Max Altman, no site Opera Mundi:

A ex-presidenta argentina Cristina Kirchner publicou nesta segunda-feira, 11, no Facebook um trecho de seu último discurso como mandatária, pronunciado no passado 9 de dezembro, em que reivindicava “uma Argentina sem censuras” e “sem repressão”.

A mensagem de Cristina ressurge após o episódio da demissão de um dos jornalistas mais conhecidos e respeitados na Argentina, o uruguaio Víctor Hugo Morales.

PM de Alckmin ataca novamente

Do site da União da Juventude Socialista (UJS):

Mais uma vez a polícia tucana do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, demonstrou toda sua truculência e suas formas de ação repressoras e violentas.

A PM dispersou a manifestação de ontem (13) na Avenida Paulista antes mesmo dos manifestantes começarem a seguir o curso proposto. Umas das principais regiões de São Paulo, devido ao grande fluxo de pessoas que por ali transitam, ficou completamente cercada pelas forças repressoras de Alckmin, e não demorou para que uma chuva de bombas e gás de pimenta começassem a desabar sobre manifestantes, jornalistas e quem mais estivesse por ali, mais precisamente nos entornos da Praça dos Ciclistas.

A propina na campanha de Beto Richa

Por Henrique Beirangê, na revista CartaCapital:

O dia 29 de abril de 2015 ficará registrado na história do Paraná como um dos mais tristes e reveladores episódios de como a educação é tratada por governantes no País. Em frente à Assembleia Legislativa, em Curitiba, cerca de 200 professores foram agredidos por policiais militares quando protestavam contra uma proposta de mudança no sistema de previdência estadual.

As imagens de professores ensanguentados correram o mundo. O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), chegou a dizer que os policiais teriam apenas se “defendido” .

A sociologia da honestidade de FHC

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:

Na última segunda-feira, veio a público a outra parte de um depoimento prestado pelo ex-diretor Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, à Procuradoria-Geral da República, em outubro de 2015. Desta vez, o que vazou foi a afirmação de que a negociação da Perez Compancq, empresa argentina adquirida pela Petrobras em 2002, “envolveu uma propina ao Governo FHC de US$ 100 milhões” (R$ 1 bilhão em valor corrigido). Ele disse, também, que cada diretor da empresa argentina havia recebido “US$ 1 milhão como prêmio pela venda da empresa e Oscar Vicente, [que seria diretor da estatal na Argentina, muito próximo de Menem] US$ 6 milhões.

Aécio quer calar o jornal ‘Brasil de Fato’

Por Altamiro Borges

A Folha desta quarta-feira (13) informa – talvez excitada e saudosista dos anos da ditadura militar – que “o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, iniciou uma ação na Justiça de São Paulo contra o grupo que edita o site e o semanário ‘Brasil de Fato’, criado em 2003 com o apoio e organização do MST. Os advogados do tucano pedem a reparação por danos morais – a ser definida pelo juiz – com base na acusação de que o jornal ‘manipulou deliberadamente’ informações para associar o tucano a ‘atos criminosos’. A ação foi aberta em outubro do ano passado e questiona reportagem publicada na capa da edição mineira do semanário, em julho de 2015. A manchete do texto diz que ‘Aécio é investigado por desvio de R$ 14 bilhões’”.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

"Chute no traseiro" de Valcke e dos coxinhas

Por Altamiro Borges

O tal "padrão Fifa", venerado pelas elites com complexo de vira-latas, está em baixa, chafurdando na lama da corrupção. Nesta quarta-feira (13), o "comitê de emergência" dos cartolas do futebol mundial finalmente demitiu o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke. Considerado o "número 2" da Fifa, ele foi acusado de receber suborno em contratos bilionários. A decisão representa duro baque para os coxinhas nativos, que idolatravam o bandido que desqualificou os preparativos da Copa do Mundo no Brasil e bravateou que daria "um chute no traseiro" do governo Dilma. A bunda do cartola corrupto, dos moralistas sem moral e dos golpistas de plantão deve estar com hematomas!

Alckmin oficializa superlotação de escolas

Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

A superlotação das salas de aula, que hoje chega a ter mais de 50 alunos na maioria das mais de 5 mil escolas estaduais, está sendo regulamentada pelo governo de Geraldo Alckmin (PSDB). Resolução da Secretaria da Educação de São Paulo (2/2016), assinada na última sexta-feira (8) e publicada no Diário Oficial do Estado no sábado, estabelece diretrizes e critérios para a formação de turmas e permite acréscimo de 10% no número de estudantes "excepcionalmente, quando a demanda, devidamente justificada, assim o exigir".

Direitistas trocam acusações. Hilário!


Da revista Fórum:

O clima anda tenso entre alguns dos principais expoentes da direita brasileira. Parece enredo de novela, mas tudo começou quando Kim Kataguiri, do Movimento Brasil Livre (MBL), fez críticas à visão nacionalista e intervencionista do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). Depois que o jovem passou a ser atacado por seguidores do parlamentar, o colunista da Veja Reinaldo Azevedo saiu em sua defesa.

Polícia de Alckmin não pergunta, bate!

Por Patricia Faermann, no Jornal GGN:

Uma hora antes do início da concentração do ato contra o aumento da tarifa em São Paulo, na tarde desta terça-feira (12), os destacamentos da ROTA, ROCAM e da Força Tática já se preparavam para a repressão que se seguiria. Por volta das 16h40, os policiais fechavam a Avenida Rebouças. Faltando ainda 10 minutos para o início oficial da manifestação, os policias cercavam os dois sentidos da Avenida Paulista, não permitindo mais os ativistas transitarem. Das 17h até o final da noite, a repressão foi apenas alastrando-se. O governador Geraldo Alckmin achou "ótima a alteração da estratégia" da PM.

A mídia como alicerce do capitalismo

Por Carlos Lopes Pereira, no site da Fundação Maurício Grabois:

O imperialismo está a fortalecer o domínio econômico sobre os meios de comunicação da África subsaariana, acentuando assim a sua influência ideológica sobre milhões de africanos. Para esta estratégia contribui a consolidação de grupos midiáticos na África ligados a negócios em diferentes áreas e associados ao grande capital internacional.

Esta situação, que aumenta a concentração da propriedade e retira a independência dos media privados africanos, não tem impedido, antes facilitado, a crescente penetração e influência, a sul do Saara, dos potentados mundiais da informação, em especial norte-americanos.

FHC: o czar da roubalheira tucana

Por Osvaldo Bertolino, em seu blog:

O debate acerca da crise política em curso tem sido assim: quanto mais você lê a respeito, menos você entende. Há um debate econômico que se mistura com um bate-boca político. Mas o que há, no fundo, é uma manipulação grosseira dos acontecimentos que certamente merecerão registros indignados dos historiadores honestos que contarão essa história. O mais recente malabarismo da mídia para mitigar a denúncia do ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, um dos delatores da Operação Lava Jato, contra o governo tucano do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) é um clássico do gênero.

Relatos da violência da PM em SP

Manifestante encurralado na Rua Sergipe
(Foto no perfil de José Eduardo Bernardes/ Facebook)
Por Alceu Castilho, em seu blog:

“Neste momento, dezenas de bombas atiradas contra as pessoas, qualquer uma, manifestante, usuário de transporte, idoso, criança, ou quem quer que seja. o cenário é de guerra, pessoas feridas e presas, muita fumaça e desencontros. Estamos encurralados”. (Igor Carvalho, no Facebook)

“Estou na Paulista acabo de presenciar um massacre pela PM, muitas bombas e truculência. Estamos em meio a uma guerra! Com muitos me refugiei em uma loja asfixiados pelas bombas na porta. Só saímos pressionados e insultados pela PM, cercados de todos os lados! Liberdade de manifestação não existe em SP, foi suprimida pela Força e pelas bombas, fui alvo de várias, não há diálogo possível, tentamos tudo! Depois do Caldeirão de Hamburgo, a PM agora promove uma caçada dos manifestantes pelas ruas da cidade, os seguranças do metrô impedem a entrada, todas as ruas cercadas, manifestantes perseguidos e caçados com furor!” (Padre Julio Lancelotti, no Facebook)

Como o governo deveria tratar a imprensa?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Mino Carta escreveu, em seu editorial na última edição da CartaCapital, que o governo deveria tratar a mídia como um partido de oposição.

O mesmo ponto fora defendido, dias antes, pelo escritor Emir Sader.

Não sei exatamente o que isto significaria na vida prática. Um corte substancial no bilionário Mensalão da publicidade oficial posta nas grandes empresas jornalísticas, provavelmente.

A antipolítica, o diabo e a garrafa

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Em pleno processo de impeachment, e de julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), das ações envolvendo a chapa vitoriosa nas últimas eleições, a situação da República tem sido marcada pela espetacularização de um permanente “pega para capar” jurídico-policial, a ascensão da “antipolítica”, o aprofundamento da radicalização e a fascistização do país.

Políticos e empresários têm sido presos – muitos por ilações frágeis ou exagerado rigor cautelar –, enquanto outros homens públicos e bandidos e delatores premiados apanhados com milhões de dólares na Suíça circulam livremente ou estão em prisão domiciliar.

Lição da guerra contra o aedes egypt

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A leitura do primeiro volume do Diário da Presidência, de Fernando Henrique Cardoso, contém lembranças reveladoras sobre a tragédia atual de nossa saúde pública, que em 2015 pode se transformar na mais grave de nossa história - as doenças transmitidas pelo aedes egypt, muito mais preocupantes e ameaçadoras do que a mais conhecida delas, a dengue.

Pelo Diário, descobre-se que em 1996, há exatamente 20 anos, já se falava sobre a importância de dar combate ao aedes egypt. Recordando um jantar em companhia do ministro da Saúde Adib Jatene, Fernando Henrique conta que a pauta da conversa envolveu a necessidade de se organizar "um forte combate ao mosquito da dengue. Pareceu-me uma coisa de vulto e que tem um sentido social, porque é saneamento."

Temer "arrependido"; Dilma virou o jogo!

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A política é feita de sinais. Quando escreveu a insólita carta para Dilma, em dezembro, Michel Temer enviava um sinal para o PSDB de São Paulo (com quem se reunira alguns dias antes): embarquei na aventura do impeachment, contem comigo.

Ali, Temer tentou dar o bote. Mas errou o cálculo. Nos dias seguintes, as reações nas redes sociais e na sociedade transformaram o vice num personagem menor: “decorativo”, como ele mesmo escreveu na ridícula carta.

Lava-Jato chegou onde queria: acusar Lula

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O método revela os fins.

Está mais que claro que o “vazamento” dos termos da delação premiada é muito mais do que uma simples infração funcional de algum policial ou promotor da Lava Jato que, ansioso por “colocar na roda” os nomes mencionados e as acusações aparentemente sem qualquer prova do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró tivesse entregue a um ou mais repórteres.

Justiça social e democracia caminham juntas

Editorial do site Vermelho:

É inovador, e de extrema importância, o estudo publicado em dezembro pelos pesquisadores Pedro H. G. F. Souza e Marcelo Medeiros sobre a concentração de renda no Brasil. Ele abrange o período que vai de 1928 até 2012, e tem o título de Top Income Shares and Inequality: 1928­2012 (A fatia de renda do topo e a desigualdade, em tradução livre). O estudo foi publicado no Journal of the Brazilian Sociological Society / Revista da Sociedade Brasileira de Sociologia, edição de julho/dezembro de 2015.