terça-feira, 11 de maio de 2021

'Bolsolão': como esconder um escândalo?

Por Bepe Damasco, em seu blog:

O mundo desabaria se viesse à tona a informação de que os governos Lula e Dilma tinham um orçamento paralelo, no valor de R$ 3 bilhões, com o objetivo de comprar parlamentares, na forma de distribuição clandestina de emendas para seus redutos.

E se, para tornar ainda grave a história, o esquema fosse operado pelos presidentes da Câmara e do Senado? Faço ideia do latifúndio de tempo que o Jornal Nacional dedicaria à denúncia e das capas histriônicas da Veja a condenar sem julgamento os acusados.

O jornal O Estado de São Paulo, bastião do conservadorismo e do reacionarismo mais empedernidos, publicou no último fim de semana reportagem consistente e com riqueza de dados e detalhes sobre o orçamento secreto do governo Bolsonaro, fora do alcance do controle público.

'Misógino': Augusto Nunes perde na Justiça

Por Ivan Longo, na revista Fórum:

A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) venceu uma ação na Justiça contra Augusto Nunes e o jornalista foi condenado a indenizá-la em R$30 mil por danos morais. O motivo é o fato de Nunes ter, por inúmeras vezes, se referido à parlamentar como “amante” em textos veiculados na Veja e no portal R7.

A decisão, proferida por unanimidade pelos desembargadores da 3ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), também obriga os veículos que publicaram os textos de Nunes com ofensas à Gleisi a divulgarem a íntegra do acórdão condenatório pelo período mínimo de 30 dias.

A corrupção bolsonarista no orçamento

Editorial do site Vermelho:

As denúncias de “orçamento paralelo”, que teria movimentado R$ 3 bilhões desde o final do ano passado com a responsabilidade direta do governo Bolsonaro, têm enorme gravidade. Começa pela definição precisa de que se trata de corrupção e chega à manipulação dos recursos públicos a serviço de um projeto autoritário de poder. As evidências de negociatas se agravam quando se constata que o país passa por um “ajuste fiscal” violento, em meio ao avanço da pandemia e da crise econômica.

segunda-feira, 10 de maio de 2021

TV paga perde 530 mil assinantes!

Terra plana e cloroquina no governo Bolsonaro

Orçamento secreto ou corrupção?

A volta da fome no Brasil

O mundo que sairá da pandemia da Covid

A crise e a violência na Colômbia

Pazuello foge da CPI do Genocídio

Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional

Bolsolão: O novo escândalo de Bolsonaro

domingo, 9 de maio de 2021

Moro também desistiu da disputa em 2022?

Por Altamiro Borges

Depois de Luciano Huck, que renovou seu contrato com a TV Globo até 2025 e turvou as especulações sobre sua candidatura em 2022, agora é a vez do ex-juizeco e ex-ministro Sergio Moro frustrar a galera do chamado centro político – que agrega muita gente da direita nativa. A revista Veja garante que o paparicado herói da mídia “está fora da disputa pela Presidência da República”.

Segundo notinha de quinta-feira passada (6), “há duas semanas, o Radar mostrou que Sergio Moro, em conversas com aliados políticos, havia estipulado o mês de outubro como prazo para definir sua possível entrada na disputa presidencial. Na mesma nota, o Radar mostrou que ele havia optado por se filiar ao Podemos, caso decidisse pelo caminho político”.

Pazuello será alvo de condução coercitiva?

Por Altamiro Borges

Rotulado de general-fujão nas redes sociais, Eduardo Pazuello, o ex-sinistro de Jair Bolsonaro que carrega mais de 300 mil mortos nas costas, pelo jeito não terá como escapar da CPI do Genocídio. O jornal Estadão informa que os senadores já falam em pedir a "condução coercitiva" do milico para garantir seu tão aguardado depoimento.

"Os senadores citaram a medida após o Estadão revelar que Pazuello recebeu, na manhã desta quinta-feira (6), uma visita do ministro Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral da Presidência) no Hotel de Trânsito de Oficiais [em Brasília], onde supostamente estaria em isolamento depois de ter contato com dois servidores que contraíram a Covid-19".

Bancos têm lucros obscenos em plena pandemia

Ilustração: Craig Stephens
Por Altamiro Borges

A pandemia da Covid-19 agravou ainda mais a crise brasileira – com milhares de empresas falidas e milhões de desempregados, de famintos e de desesperados. Mas, apesar do caos econômico, os bancos privados seguem com seus superlucros indecentes e revoltantes. O Brasil é, de fato, o paraíso dos banqueiros.

Nos últimos dias, as três principais instituições financeiras divulgaram os seus resultados do primeiro trimestre deste ano. Bradesco, Itaú e Santander lucraram, juntos, R$ 16,9 bilhões – 46,9% mais do que no mesmo período de 2020 e R$ 300 milhões acima da soma dos lucros registrados no primeiro trimestre de 2019.

Neoliberais não cairão suavemente

Foto: Manu Fernandez/AP
Por Boaventura de Sousa Santos, no site Outras Palavras:


A Colômbia está em chamas. É atualmente um dos países com maior número de mortos pela covid-19, ocupando o quarto lugar na região, depois de Estados Unidos, Brasil e México, tendo até agora apenas 3,5% da população totalmente vacinada e sendo parte dos países que se negam a apoiar a proposta de liberação das patentes de vacinas. É também um país que em 2020 tinha 42,5% de sua população em condição de pobreza monetária e com 15,1% em pobreza monetária extrema. A estes dados, poucos mas expressivos, podemos acrescentar que, após a assinatura do acordo de paz de 2016, foram assassinados entre 700 e 1.100 defensores e defensoras dos direitos humanos (as cifras variam, entra as ONGs e as instituições governamentais). As zonas que antes foram domínio das FARC-EP estão agora em disputa por parte de distintos grupos armados ilegais que, além de almejarem interesses econômicos (narcotráfico e mineração ilegal) também trazem consigo um horrível e sangrento interesse de controle sobre a população civil, que afeta gravemente o tecido social, e é apenas a ponta do iceberg do novo panorama que se desenha no país.

Alexandre Garcia e Nagle com medo da CPI

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

O jornalista Alexandre Garcia ficou contrariado quando seu colega da CNN Rafael Colombo fez uma pergunta simples, mas que lhe soou como uma provocação. O assunto era a ameaça de decreto feita pelo presidente na última quinta contra as medidas de lockdown adotadas por governadores e prefeitos. Alinhado ao bolsonarismo até o osso, Garcia disse que o presidente estava apenas garantindo o cumprimento do artigo 5º da Constituição, que garante o direito de ir e vir dos brasileiros. Colombo observou então que esse mesmo artigo da Constituição garante também o direito à vida e devolveu a palavra para Garcia. O jornalista se calou, ficou em silêncio por 13 segundos, aparentemente em forma de protesto. Ao final da pausa dramática, emendou “eu não estou sendo entrevistado” e “não sei se volto amanhã”.

Pazuello prepara seu silêncio

Por Fernando Brito, em seu blog:

Noticia O Globo que o general Eduardo Pazuello estaria cogitando pedir ao Supremo Tribunal Federal um habeas corpus para que a condição de seu depoimento seja a de investigado – que permite calar-se para não se incriminar – e não a de testemunha, sujeita à prisão por ocultar a verdade.

É seu direito e é provável que o consiga no STF.

Diz ainda o jornal que o general teria pedido para que não se publicasse sua nomeação para um cargo na Secretaria de Governo, já assinada general da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.

Ódio e medo no planeta mídia

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A imprensa familiar tem um histórico de desserviços à democracia brasileira. Sempre foi defensora do projeto das elites econômicas, esteve seguidamente ao lado de pretensões golpistas e de desestabilização das iniciativas populares e até mesmo timidamente socialdemocratas. Foi conivente com a ditadura militar (quando não colaboradora ativa), ajudou a sedimentar preconceitos, espalhar ideologias e fechou os olhos aos movimentos de resistência da sociedade.

Nem vidas, nem a economia

Charge: Becs/Argentina
Editorial do site Vermelho:


Desde os primeiros casos de Covid-19 no Brasil, já se sabia que a negligência do presidente Jair Bolsonaro no combate à crise não seria capaz de conter danos e salvar vidas. Ao contrário – a forma irresponsável como o governo lidou com o novo coronavírus foi o que mais contribuiu para converter o Brasil no epicentro mundial da pandemia, com uma média superior a 2 mil mortes diárias a partir de março passado.