Por Rogério Tomas, no blog Conexão Brasília-Maranhão:
O CQC tem algumas pouquíssimas coisas interessantes. A maior parte é dispensável e desprezível.
A exemplo do programa, o seu apresentador, Marcelo Tas, não se define entre jornalista ou comediante, o que é uma opção legítima, porém comodamente cínica, já que apenas se “adequa” à necessidade de unir a credibilidade do jornalismo e o entretenimento do humor que o mercado da TV lhe demanda.
Ou seja, digam o que quiser, mas ele não passa de uma engrenagem para mover o sistema que lhe remunera muito bem e garante a exposição necessária para abarcar o seu ego gigantesco.
O careca da Band também já mostrou ser um sujeito invejoso que não tem pudor de mentir publicamente, como já escrevi antes:
A lógica do Marcelo Tas: “atire primeiro, pergunte depois” - 01/11/2010
Para atacar Lula, Marcelo Tas mente sem pudor - 14/09/2010
A última peça dele é ameaçar uma blogueira de processo judicial pelo fato de ela ter criticado o seu programa por outra bizarrice daquelas que geram indignação em muita gente.
A bizarrice da vez, a exemplo de quase todas as outras, se encaixa naquela categoria que os cínicos usam como escudo para dizerem e defenderem as maiores imbelicidades: a dos “politicamente incorretos”, que, segundo os cínicos, é uma reação à “patrulha” da turma do “politicamente correto”, porque, afinal de contas, para estes cínicos, humor é só para fazer rir e não tem problema nenhum contar piadas racistas, machistas e preconceituosas em geral.
O desprezo ao “politicamente correto” é a desculpa que os canalhas usam para poder destilar todo tipo de preconceito.
A blogueira em questão é a Lola Aronovich, que tive o prazer de conhecer no I Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, em agosto do ano passado, em São Paulo (SP).
O Tas escreveu à Lola, por e-mail, o seguinte:
“Você vai aprender através de um processo por calúnia e difamação a ser mais responsável com o que publica, esta troca de e-mails documenta a minha tentativa de dialogo com voce antes de tomar o caminho da Justiça”.
Como se vê, o jornalista cede fácil o lugar para o pop star que não atura mortais lhe criticando.
Fortíssimo candidato ao Troféu Corvo 2011!
Ou seja, ele, a celebridade, pode mentir ao dizer que o Lula queria “extirpar a oposição” (quando ele se referia, num discurso público, precisamente ao Democratas/PFL/PDS/Arena) e a Lola não pode criticá-lo porque isso é “calúnia”?
Ressalto que defendo convictamente a ideia de que qualquer pessoa tem todo o direito de buscar na Justiça a reparação do que considera violação dos seus direitos.
Entretanto, paciência para cinismo tem limite.
Portanto, Marcelo Tas, vá para o raio que o parta com a sua hipocrisia!
Toda a solidariedade à Lola diante dessa truculenta tentativa de intimidação travestida de indignação.
E desde já indico o Marcelo Tas ao Troféu Corvo 2011, a ser definido no II Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, que acontecerá em Brasília, de 17 a 19 de junho próximo.
O texto que gerou a ameaça do Tas é esse:
*****
01/06/2011
CQC Anti-amamentação, vai pra pqp
E o texto onde ela relata a ameaça é esse:
02/06/2011
Liberdade relativa: Marcelo Tas quer me processar
E muita gente na web já tem manifestado apoio à Lola.
Destaco a Maria Frô e o pessoal do Mobiliza BR:
Marcelo Tas ameaçou a blogueira Lola (@lolaescreva) de processo devido a um texto no qual ela analisa um programa do CQC comentando a amamentação em público. Após ser ameaçada, Lola não se intimidou e escreveu mais este post aqui. Hoje o Comunique-se deu voz a Tas e sequer fez uma pergunta a Lola, como ela relata aqui. Um jornalismo bastante ‘imparcial’ este como podemos notar.
Em minha opinião a ameaça de Tas em processar Lola faz parte da mesma estratégia que a Folha usou contra o blog da Falha e contra o Arles. Na prática tal estratégia impede, nega aos alvos de processos o poder de se expressar livremente.
(Maria Frô – Toda nossa solidariedade à blogueira Lola que está peitando Marcelo Tas)
*****
Custe o que custar é o nome do programa do Marcelo Tas. E é mais ou menos o modo como ele e sua trupe agem para tentar fazer humor e arrancar o riso, já que ali falta um pouco de talento e muito de bom senso. Custe o que custar, eles vão diminuindo pessoas, vomintando preconceitos e abusando dos lugares comum, na incasável busca pelo riso. Tem gente que gosta. Eu estou no grupo dos que não gostam e, logo, não assistem.
Mas toda terça-feira, acordo com um friozinho na barriga imaginando qual foi a pataquada da última noite. Fiquei sabendo pela blogosfera, mais especificamente pelo blog Escreva, Lola, Escreva, da oposição de Rafinha Bastos – aquele que abraça estuprador – em relação ao mamaço, movimento realizado por mães que querem ter o direito de amamentar os filhos quando eles sentirem fome, sem serem obrigadas a se constranger por serem mães.
(Mobiliza BR – Marcelo Tas quer calar, custe o que custar.
domingo, 5 de junho de 2011
Boca de urna: Humala vence no Peru
Do sítio Carta Maior:
O Peru que foi às urnas neste domingo rejeitar a continuidade da política neoliberal personificada em Keiko Fujimori, registrou a maior taxa de crescimento da América Latina no ano passado: 9%. A média de expansão do seu PIB tem sido elevada, da ordem de 7%; em 2010, o Peru atraiu mais investimentos estrangeiros do que a Argentina. O presidente Alan García, no entanto, deixou o cargo com uma das taxas de popularidade mais baixas das Américas: cerca de 26% - inferior à de George Bush, por exemplo, que encerrou o mandato em meio a uma hecatombe financeira e desacreditado pela guerra do Iraque.
A explicação para o paradoxo julgado pelas urnas com a vitoria de Ollanta Humala, segundo a boca de urma, é o modelo de crescimento adotado pelo país nos últimos anos: o Peru cresceu sem políticas públicas para redistribuir a riqueza em benefício da sociedade, sobretudo de sua vasta maioria pobre constituída de indígenas, que formam 45% da população (brancos são 15%), de onde vieram os votos decisivos à prevista vitória da candidatura de centro-esquerda.
Basicamente exportadora de minérios, a economia peruana beneficiou-se fartamente da valorização dos preços das commodities nos últimos anos. Optou, porém, por um modelo de crescimento de recorte neoliberal extremado feito de desregulação máxima e direitos sociais mínimos. A riqueza gerada nessa engrenagem não circulou na sociedade, concentrando-se numa órbita restrita de beneficiados que gostariam de ver Keiko na sucessão de García. A ausência de carga fiscal sancionou e acentuou as polarizações daí decorrentes.
A receita do Estado peruano é de 15% do PIB, inferior até mesmo à média latinoamericana e caribenha que já é desprezível e oscila em torno de 18% do PIB, contra 39,8% da União Europeia, onde a rede de contrapesos sociais já está consolidada. O governo Alan García poupou as mineradoras peruanas de uma taxação correspondente aos lucros fabulosos acumulados no atual ciclo de alta das matérias-primas. O mercado naturalmente cuidou de seus próprios interesses e o Estado não reuniu fundos para investir em educação, saúde, habitação e segurança alimentar. A renda per capita depois do fastígio neoliberal é de US$ 5.196, bem inferior a de outros países da região, como é o caso do Uruguai (US$ 12.130), do Chile (US$ 11.587), Brasil (US$ 10.470) e México (US$ 9.243).
Mas a verdade é pior que isso. Não há estrutura de direitos trabalhistas: 2/3 da mão de obra peruana trabalha na informalidade; a população rural vegeta; uma professora ganha cerca de R$ 200,00 por mês. É esse modelo de crescimento que ao gerar riqueza amplifica a desigualdade - e racha a sociedade em termos econômicos e políticos - que foi rejeitado hoje nas urnas. O simbolismo do veredito popular extrapola as fronteiras peruanas e fortalece a integração soberanba de governos progressistas da América LAtina sob a âncora do Brasil.
O Peru que foi às urnas neste domingo rejeitar a continuidade da política neoliberal personificada em Keiko Fujimori, registrou a maior taxa de crescimento da América Latina no ano passado: 9%. A média de expansão do seu PIB tem sido elevada, da ordem de 7%; em 2010, o Peru atraiu mais investimentos estrangeiros do que a Argentina. O presidente Alan García, no entanto, deixou o cargo com uma das taxas de popularidade mais baixas das Américas: cerca de 26% - inferior à de George Bush, por exemplo, que encerrou o mandato em meio a uma hecatombe financeira e desacreditado pela guerra do Iraque.
A explicação para o paradoxo julgado pelas urnas com a vitoria de Ollanta Humala, segundo a boca de urma, é o modelo de crescimento adotado pelo país nos últimos anos: o Peru cresceu sem políticas públicas para redistribuir a riqueza em benefício da sociedade, sobretudo de sua vasta maioria pobre constituída de indígenas, que formam 45% da população (brancos são 15%), de onde vieram os votos decisivos à prevista vitória da candidatura de centro-esquerda.
Basicamente exportadora de minérios, a economia peruana beneficiou-se fartamente da valorização dos preços das commodities nos últimos anos. Optou, porém, por um modelo de crescimento de recorte neoliberal extremado feito de desregulação máxima e direitos sociais mínimos. A riqueza gerada nessa engrenagem não circulou na sociedade, concentrando-se numa órbita restrita de beneficiados que gostariam de ver Keiko na sucessão de García. A ausência de carga fiscal sancionou e acentuou as polarizações daí decorrentes.
A receita do Estado peruano é de 15% do PIB, inferior até mesmo à média latinoamericana e caribenha que já é desprezível e oscila em torno de 18% do PIB, contra 39,8% da União Europeia, onde a rede de contrapesos sociais já está consolidada. O governo Alan García poupou as mineradoras peruanas de uma taxação correspondente aos lucros fabulosos acumulados no atual ciclo de alta das matérias-primas. O mercado naturalmente cuidou de seus próprios interesses e o Estado não reuniu fundos para investir em educação, saúde, habitação e segurança alimentar. A renda per capita depois do fastígio neoliberal é de US$ 5.196, bem inferior a de outros países da região, como é o caso do Uruguai (US$ 12.130), do Chile (US$ 11.587), Brasil (US$ 10.470) e México (US$ 9.243).
Mas a verdade é pior que isso. Não há estrutura de direitos trabalhistas: 2/3 da mão de obra peruana trabalha na informalidade; a população rural vegeta; uma professora ganha cerca de R$ 200,00 por mês. É esse modelo de crescimento que ao gerar riqueza amplifica a desigualdade - e racha a sociedade em termos econômicos e políticos - que foi rejeitado hoje nas urnas. O simbolismo do veredito popular extrapola as fronteiras peruanas e fortalece a integração soberanba de governos progressistas da América LAtina sob a âncora do Brasil.
Greve no Chile pela reforma universitária
Por Enrique Gutiérrez, no sítio Outras Palavras:
Federações universitárias chilenas realizaram quarta-feira (1º/6) uma paralisação nacional. Milhares de estudantes manifestaram-se pelas ruas de Santiago e de outras cidades do país, apoiados por autoridades acadêmicas e professores, contra o modelo privatizador na educação, por uma mudança estrutural no setor e maior acesso ao ensino superior.
Estima-se que ao menos 30 mil universitários participaram das marchas de protesto pelo centro da capital e em cidades como Talca, Valparaíso, Concepción, Temuco, La Serena, Coquimbo, Valdivia e Puerto Montt, em mobilizações onde só se registraram alguns incidentes isolados. As autoridades policiais informaram que algumas pessoas foram detidas, sem precisar o número.
Em Santiago, a marcha foi realizada pacificamente. Somente no final houve distúrbios em frente ao ministério da Educação, a uma quadra do palácio presidencial de La Moneda, quando um grupo de jovens encapuzados tentou bloquear o tráfego de veículos em ruas próximas ao local. A polícia militarizada dos carabineros interveio com jatos de água e bombas de gás lacrimogêneo.
O Colégio de Professores e a Associação Nacional de Funcionários Fiscais somaram-se à manifestação de protesto, encabeçada pelos dirigentes da Confederação de Estudantes do Chile e pelos reitores da Universidade de Santiago, Manuel Zolezzi, e da Universidade Tecnológica Metropolitana, Luis Pinto. O reitor Zolezzi declarou que as reivindicações que os estudantes levantam agora são coerentes com o que ele vem defendendo há cinco, seis anos. Por isso, disse, “me parece legítimo acompanhá-los, já que tomaram as mesmas bandeiras que sustentei por muito tempo, por uma educação pública de qualidade, justa e equitativa”.
Os dirigentes da Universidade do Chile, Camila Vallejos, e da Universidade Católica, Giorgio Jackson, expressaram sua satisfação com a convocatória que atraiu a milhares de manifestantes para exigir o regresso à educação superior ampliando o acesso a jovens de baixa renda e que se estabeleçam limitações às universidades privadas para impedir que sejam apenas um negócio.
Vallejo assinalou que “nossas demandas seguem sendo transversais, como foi o 12 de maio – dia de outra grande mobilização nacional. A população nos apoia, acreditando que é necessário avançar no que estamos pleiteando, porque a educação é um direito e tem que ser garantida como tal, razão pela qual não vamos negociar com essa questão”.
Jackson, dirigente da Federação de Estudantes da Universidade Católica, comemorou a recepção ao chamado pela reforma completa do sistema. “Viemos dizer ao ministro que nós não somos os privilegiados de sempre, mas sim que estamos fazendo um movimento amplo”.
Nos últimos anos, os estudantes chilenos têm denunciado a falta de financiamento para as universidades públicas, assim como a escassa regulação nas universidades privadas. Nestas últimas, sustentam, os currículos são deficientes, existe uma alta evasão escolar e a prioridade é somente a rentabilidade econômica.
Os dirigentes universitários têm insistido com as autoridades que o problema tem origem no período da ditadura do general Augusto Pinochet (1973-1990), quando o regime militar impôs uma drástica redução dos recursos às universidades e promoveu uma ampla privatização do setor.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Ciência, a Educação e a Cultura (Unesco), o Chile é a única nação do mundo com uma educação superior considerada quase inteiramente privatizada, pois é toda paga e as altas taxas afastam os setores mais pobres da população.
“As universidades tradicionais, que têm a melhor docência e pesquisa no Chile, estão há muitos anos esperando um tratamento justo e equitativo das autoridades. Não queremos seguir esperando enquanto se frustram os sonhos e ideais de gerações inteiras de chilenos”, declarou o reitor da Universidade do Chile (estatal), Víctor Pérez Vela. “É por isso que estamos exigindo que haja seriedade, transparência e que termine o lobby obscuro que utiliza recursos de todos os chilenos, sem fiscalização alguma, para melhorar o negócio de algumas novas universidades privadas”.
Por outro lado, permanece hospitalizado em coma induzido Luciano Pitronello Schufenneger, de 22 anos, um jovem supostamente vinculado a um grupo anarquista que perdeu as mãos na explosão de uma bomba que tentava colocar em uma agência bancária, em Vicuña Mackenna, em Santiago.
* Publicado no jornal mexicano La Jornada. Tradução de Katarina Peixoto.
Federações universitárias chilenas realizaram quarta-feira (1º/6) uma paralisação nacional. Milhares de estudantes manifestaram-se pelas ruas de Santiago e de outras cidades do país, apoiados por autoridades acadêmicas e professores, contra o modelo privatizador na educação, por uma mudança estrutural no setor e maior acesso ao ensino superior.
Estima-se que ao menos 30 mil universitários participaram das marchas de protesto pelo centro da capital e em cidades como Talca, Valparaíso, Concepción, Temuco, La Serena, Coquimbo, Valdivia e Puerto Montt, em mobilizações onde só se registraram alguns incidentes isolados. As autoridades policiais informaram que algumas pessoas foram detidas, sem precisar o número.
Em Santiago, a marcha foi realizada pacificamente. Somente no final houve distúrbios em frente ao ministério da Educação, a uma quadra do palácio presidencial de La Moneda, quando um grupo de jovens encapuzados tentou bloquear o tráfego de veículos em ruas próximas ao local. A polícia militarizada dos carabineros interveio com jatos de água e bombas de gás lacrimogêneo.
O Colégio de Professores e a Associação Nacional de Funcionários Fiscais somaram-se à manifestação de protesto, encabeçada pelos dirigentes da Confederação de Estudantes do Chile e pelos reitores da Universidade de Santiago, Manuel Zolezzi, e da Universidade Tecnológica Metropolitana, Luis Pinto. O reitor Zolezzi declarou que as reivindicações que os estudantes levantam agora são coerentes com o que ele vem defendendo há cinco, seis anos. Por isso, disse, “me parece legítimo acompanhá-los, já que tomaram as mesmas bandeiras que sustentei por muito tempo, por uma educação pública de qualidade, justa e equitativa”.
Os dirigentes da Universidade do Chile, Camila Vallejos, e da Universidade Católica, Giorgio Jackson, expressaram sua satisfação com a convocatória que atraiu a milhares de manifestantes para exigir o regresso à educação superior ampliando o acesso a jovens de baixa renda e que se estabeleçam limitações às universidades privadas para impedir que sejam apenas um negócio.
Vallejo assinalou que “nossas demandas seguem sendo transversais, como foi o 12 de maio – dia de outra grande mobilização nacional. A população nos apoia, acreditando que é necessário avançar no que estamos pleiteando, porque a educação é um direito e tem que ser garantida como tal, razão pela qual não vamos negociar com essa questão”.
Jackson, dirigente da Federação de Estudantes da Universidade Católica, comemorou a recepção ao chamado pela reforma completa do sistema. “Viemos dizer ao ministro que nós não somos os privilegiados de sempre, mas sim que estamos fazendo um movimento amplo”.
Nos últimos anos, os estudantes chilenos têm denunciado a falta de financiamento para as universidades públicas, assim como a escassa regulação nas universidades privadas. Nestas últimas, sustentam, os currículos são deficientes, existe uma alta evasão escolar e a prioridade é somente a rentabilidade econômica.
Os dirigentes universitários têm insistido com as autoridades que o problema tem origem no período da ditadura do general Augusto Pinochet (1973-1990), quando o regime militar impôs uma drástica redução dos recursos às universidades e promoveu uma ampla privatização do setor.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Ciência, a Educação e a Cultura (Unesco), o Chile é a única nação do mundo com uma educação superior considerada quase inteiramente privatizada, pois é toda paga e as altas taxas afastam os setores mais pobres da população.
“As universidades tradicionais, que têm a melhor docência e pesquisa no Chile, estão há muitos anos esperando um tratamento justo e equitativo das autoridades. Não queremos seguir esperando enquanto se frustram os sonhos e ideais de gerações inteiras de chilenos”, declarou o reitor da Universidade do Chile (estatal), Víctor Pérez Vela. “É por isso que estamos exigindo que haja seriedade, transparência e que termine o lobby obscuro que utiliza recursos de todos os chilenos, sem fiscalização alguma, para melhorar o negócio de algumas novas universidades privadas”.
Por outro lado, permanece hospitalizado em coma induzido Luciano Pitronello Schufenneger, de 22 anos, um jovem supostamente vinculado a um grupo anarquista que perdeu as mãos na explosão de uma bomba que tentava colocar em uma agência bancária, em Vicuña Mackenna, em Santiago.
* Publicado no jornal mexicano La Jornada. Tradução de Katarina Peixoto.
A fase mais virulenta da agenda neoliberal
Por Rui Namorado Rosa, no sítio português O Diário:
O memorando de “entendimento” que é imposto a Portugal pela troika PS-PSD-CDS coligada com a troika FMI-BCE-CE é gerador de um cenário de desastre, tanto pela evidente penalização social com que atinge a vida da população portuguesa em geral (poupando a grande burguesia que detém as grandes fortunas, os principais meios de produção, e os principais cargos de direcção), como pela regressão económica em que o país se encontra e que a “estruturação” aprofunda ainda mais, como também, por conduzir inevitavelmente (como se fosse o seu propósito) ao incumprimento perante os credores da dívida externa (por força das condições leoninas do empréstimo). A aceitação deste “entendimento” representaria um duro golpe à soberania do país e às suas capacidades e condições socioeconómicas por largos anos.
Não parece crível que os principais actores desta encenação não retirem a mesma conclusão quanto à insolvência do país a prazo, caso este “entendimento” avance. Mas pelos vistos o capital nacional-internacional está mesmo apostado ou é isso mesmo que tem em mente - levar por diante esta agressão ao nosso povo (com as conhecidas conivências políticas nacionais), que significaria um verdadeiro saque de dinheiro (fruto do trabalho e do roubo de direitos constitucionais dos portugueses) e de património (empresas, terras, o que quiserem comprar ou levar por conta, com a cumplicidade do trio PS-PSD-CDS). Deixando o país aprisionado numa dívida ainda maior.
Entretanto, o governo acelerou já a aplicação de cortes e congelamentos do financiamento ao sistema científico e tecnológico nacional, designadamente para Laboratórios de estado, Unidades de investigação universitárias, projectos de investigação científica e desenvolvimento experimental, e bolsas de investigação. O que significa o prosseguimento do caminho que vinha sendo seguido há já alguns anos, mas precipitando o seu agravamento futuro, ilustrando aquilo que o “entendimento” prevê no que toca à redução de “despesas” e do “peso” da administração pública (central e autónoma). Não obstante os slogans do “choque tecnológico”, do “compromisso com a ciência” e outras mais campanhas de relações públicas (depois de já esgotadas também as da “sociedade do conhecimento”, da “paixão pela educação”, etc.).
A desarticulação da capacidade científica e técnica do estado serve bem os interesses do grande capital; reduz a capacidade de intervenção do estado em matéria de planeamento, regulamentação, licenciamento, administração; liberta a decisão política da crítica técnica; facilita o negócio do outsourcing; liberta quadros qualificados para oportunidades de negócio a custos flexibilizados; etc. Os milhares de doutorados, arvorados pelo governo em bandeira da modernidade e da prosperidade do país – mas sacrificados neste pretendido saque de saldo - sabem bem quanto pesa o trabalho precário, as condições de trabalho adversas, a incompetência de gestores por conta de um governo retrógrado e corrompido, a falta de financiamento para produzirem, a falta de oportunidades e a emigração forçada.
A vertente científica e técnica do “estado mínimo” não é nada inocente, é duplamente negativa – para a economia e para a administração pública. A economia nacional (sobretudo as PME) perde apoios especializados da parte do estado. E a população fica exposta à ignorância e a abusos que a fragilizam; desde os riscos naturais, a segurança e protecção quotidianas (obras públicas e edificação, produtos alimentares e farmacêuticos, redes de águas e sanitárias, riscos tecnológicos, etc.). Tudo a favor do grande capital sem escrúpulos.
O “entendimento” poderia fingir fazer sentido se fosse no quadro de um sistema financeiro internacional previsível ou estacionário. Porém, o “entendimento” conduz em linha recta à atrofia do sistema económico nacional, já caracterizado por enormes dependências alimentar e energética, sufocando a sua capacidade de resposta. Então, no quadro externo instável e resvaladiço de crise sistémica, sujeito a rupturas e preços descontrolados de bens alimentares e de combustíveis, um provável agravamento do contexto externo de aprovisionamento terá repercussão catastrófica na economia e nas condições de vida dos portugueses, também inflacionando ainda mais a divida externa. Esta vulnerabilidade não pode ser ignorada, ela é um risco adicional iminente, o do efeito multiplicador da crise internacional para o plano interno.
O capitalismo procede em Portugal (como na Grécia, Irlanda e possivelmente noutros países mais da UE) à sua consabida missão de extracção de mais-valia e de acumulação de capital, mas agora e aqui por outra via, designadamente o negócio do saque financeiro (chantagem e agiotismo). Tal como na Líbia procede entretanto ao saque (dos valiosos recursos do subsolo – hidrocarbonetos e água potável, e dos fundos e reservas das empresas do estado e do banco central) pela via violenta da guerra (ilegal e não declarada).
O capitalismo é uma máquina de exploração de configuração variável e tentacular. O presente saque e a ameaça do seu aprofundamento, aqui em Portugal, servirá sinistramente como uma fonte de financiamento da actual guerra contra a soberania e o património do povo Líbio? Esta é a agenda neoliberal na sua fase mais virulenta.
O memorando de “entendimento” que é imposto a Portugal pela troika PS-PSD-CDS coligada com a troika FMI-BCE-CE é gerador de um cenário de desastre, tanto pela evidente penalização social com que atinge a vida da população portuguesa em geral (poupando a grande burguesia que detém as grandes fortunas, os principais meios de produção, e os principais cargos de direcção), como pela regressão económica em que o país se encontra e que a “estruturação” aprofunda ainda mais, como também, por conduzir inevitavelmente (como se fosse o seu propósito) ao incumprimento perante os credores da dívida externa (por força das condições leoninas do empréstimo). A aceitação deste “entendimento” representaria um duro golpe à soberania do país e às suas capacidades e condições socioeconómicas por largos anos.
Não parece crível que os principais actores desta encenação não retirem a mesma conclusão quanto à insolvência do país a prazo, caso este “entendimento” avance. Mas pelos vistos o capital nacional-internacional está mesmo apostado ou é isso mesmo que tem em mente - levar por diante esta agressão ao nosso povo (com as conhecidas conivências políticas nacionais), que significaria um verdadeiro saque de dinheiro (fruto do trabalho e do roubo de direitos constitucionais dos portugueses) e de património (empresas, terras, o que quiserem comprar ou levar por conta, com a cumplicidade do trio PS-PSD-CDS). Deixando o país aprisionado numa dívida ainda maior.
Entretanto, o governo acelerou já a aplicação de cortes e congelamentos do financiamento ao sistema científico e tecnológico nacional, designadamente para Laboratórios de estado, Unidades de investigação universitárias, projectos de investigação científica e desenvolvimento experimental, e bolsas de investigação. O que significa o prosseguimento do caminho que vinha sendo seguido há já alguns anos, mas precipitando o seu agravamento futuro, ilustrando aquilo que o “entendimento” prevê no que toca à redução de “despesas” e do “peso” da administração pública (central e autónoma). Não obstante os slogans do “choque tecnológico”, do “compromisso com a ciência” e outras mais campanhas de relações públicas (depois de já esgotadas também as da “sociedade do conhecimento”, da “paixão pela educação”, etc.).
A desarticulação da capacidade científica e técnica do estado serve bem os interesses do grande capital; reduz a capacidade de intervenção do estado em matéria de planeamento, regulamentação, licenciamento, administração; liberta a decisão política da crítica técnica; facilita o negócio do outsourcing; liberta quadros qualificados para oportunidades de negócio a custos flexibilizados; etc. Os milhares de doutorados, arvorados pelo governo em bandeira da modernidade e da prosperidade do país – mas sacrificados neste pretendido saque de saldo - sabem bem quanto pesa o trabalho precário, as condições de trabalho adversas, a incompetência de gestores por conta de um governo retrógrado e corrompido, a falta de financiamento para produzirem, a falta de oportunidades e a emigração forçada.
A vertente científica e técnica do “estado mínimo” não é nada inocente, é duplamente negativa – para a economia e para a administração pública. A economia nacional (sobretudo as PME) perde apoios especializados da parte do estado. E a população fica exposta à ignorância e a abusos que a fragilizam; desde os riscos naturais, a segurança e protecção quotidianas (obras públicas e edificação, produtos alimentares e farmacêuticos, redes de águas e sanitárias, riscos tecnológicos, etc.). Tudo a favor do grande capital sem escrúpulos.
O “entendimento” poderia fingir fazer sentido se fosse no quadro de um sistema financeiro internacional previsível ou estacionário. Porém, o “entendimento” conduz em linha recta à atrofia do sistema económico nacional, já caracterizado por enormes dependências alimentar e energética, sufocando a sua capacidade de resposta. Então, no quadro externo instável e resvaladiço de crise sistémica, sujeito a rupturas e preços descontrolados de bens alimentares e de combustíveis, um provável agravamento do contexto externo de aprovisionamento terá repercussão catastrófica na economia e nas condições de vida dos portugueses, também inflacionando ainda mais a divida externa. Esta vulnerabilidade não pode ser ignorada, ela é um risco adicional iminente, o do efeito multiplicador da crise internacional para o plano interno.
O capitalismo procede em Portugal (como na Grécia, Irlanda e possivelmente noutros países mais da UE) à sua consabida missão de extracção de mais-valia e de acumulação de capital, mas agora e aqui por outra via, designadamente o negócio do saque financeiro (chantagem e agiotismo). Tal como na Líbia procede entretanto ao saque (dos valiosos recursos do subsolo – hidrocarbonetos e água potável, e dos fundos e reservas das empresas do estado e do banco central) pela via violenta da guerra (ilegal e não declarada).
O capitalismo é uma máquina de exploração de configuração variável e tentacular. O presente saque e a ameaça do seu aprofundamento, aqui em Portugal, servirá sinistramente como uma fonte de financiamento da actual guerra contra a soberania e o património do povo Líbio? Esta é a agenda neoliberal na sua fase mais virulenta.
sábado, 4 de junho de 2011
Eleição no Peru: no olho mecânico
Por Antonio Luiz M. C. Costa, na revista CartaCapital:
Na semana anterior ao segundo turno da eleição presidencial peruana de 5 de junho, era impossível arriscar um palpite sobre o vencedor. Ollanta Humala venceu o primeiro turno e saiu à frente nas primeiras pesquisas para o segundo turno até a primeira semana de maio. Keiko Fujimori ultrapassou-o na maioria das pesquisas divulgadas a partir de 8 de maio, mas sua vantagem se estreitou para um empate técnico (com vantagem de Humala em uma das cinco) nas últimas publicadas antes da proibição legal, em 29 de maio.
Nos últimos dias, Humala teve uma marcha a seu favor, organizada por ONGs, para lembrar as violações de direitos humanos na era Fujimori, com 15 mil participantes em Lima. A maioria dos indecisos está entre os pobres e o eleitorado é volátil: dos cinco principais candidatos, quatro tiveram vez de liderar as pesquisas antes do primeiro turno e todos chegaram a ser pelo menos vice-líderes. Segundo informações extra-oficiais, várias pesquisas não publicadas indicam que Humala de fato passou à frente durante a última semana.
Na semana anterior ao segundo turno da eleição presidencial peruana de 5 de junho, era impossível arriscar um palpite sobre o vencedor. Ollanta Humala venceu o primeiro turno e saiu à frente nas primeiras pesquisas para o segundo turno até a primeira semana de maio. Keiko Fujimori ultrapassou-o na maioria das pesquisas divulgadas a partir de 8 de maio, mas sua vantagem se estreitou para um empate técnico (com vantagem de Humala em uma das cinco) nas últimas publicadas antes da proibição legal, em 29 de maio.
Nos últimos dias, Humala teve uma marcha a seu favor, organizada por ONGs, para lembrar as violações de direitos humanos na era Fujimori, com 15 mil participantes em Lima. A maioria dos indecisos está entre os pobres e o eleitorado é volátil: dos cinco principais candidatos, quatro tiveram vez de liderar as pesquisas antes do primeiro turno e todos chegaram a ser pelo menos vice-líderes. Segundo informações extra-oficiais, várias pesquisas não publicadas indicam que Humala de fato passou à frente durante a última semana.
Palocci e a pergunta que não foi feita
Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:
É óbvio que Antonio Palocci jamais vai revelar os clientes para os quais trabalhou, que é o cerne do debate que se trava em torno de sua permanência na Casa Civil.
É óbvio que Antonio Palocci jamais vai revelar os clientes para os quais trabalhou, que é o cerne do debate que se trava em torno de sua permanência na Casa Civil.
Palocci: anatomia de uma queda anunciada
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
A presidente Dilma Rousseff perdeu a paciência com o ministro Antonio Palocci na quinta-feira e deu um prazo para ele falar e se explicar sobre a espantosa evolução do seu patrimônio. Esse prazo termina hoje, sexta-feira, dia 3 de junho, à meia-noite.
A presidente Dilma Rousseff perdeu a paciência com o ministro Antonio Palocci na quinta-feira e deu um prazo para ele falar e se explicar sobre a espantosa evolução do seu patrimônio. Esse prazo termina hoje, sexta-feira, dia 3 de junho, à meia-noite.
Vem aí o II Encontro dos Blogueiros
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Éramos seis… Parece até nome de novela, mas trata-se do “quórum” auferido pela Comissão Organizadora do Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, agora em sua segunda edição. Um alto quórum, diga-se, pois as agendas dos organizadores costumam estar cheias.
Éramos seis… Parece até nome de novela, mas trata-se do “quórum” auferido pela Comissão Organizadora do Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, agora em sua segunda edição. Um alto quórum, diga-se, pois as agendas dos organizadores costumam estar cheias.
Futuro de Palocci continua indefinido
Por André Barrocal, no sítio da Carta Maior:
Quase três semanas depois da publicação de uma reportagem noticiando que havia ficado rico como deputado a ponto de conseguir comprar um apartamento de mais de R$ 6 mihões, o ministro Antonio Palocci deu a primeira entrevista para se defender. Escolheu o produto jornalístico de maior penetração no país, o Jornal Nacional, da TV Globo, para negar a suspeita de que a consultoria empresarial que ele diz ter sido a fonte do seu enriquecimento seria, na verdade, uma fachada para defender interesses privados perante órgãos públicos. “Não fiz tráfico de influência, não fiz atuação junto a empresas públicas representando empresas privadas”, disse.
Quase três semanas depois da publicação de uma reportagem noticiando que havia ficado rico como deputado a ponto de conseguir comprar um apartamento de mais de R$ 6 mihões, o ministro Antonio Palocci deu a primeira entrevista para se defender. Escolheu o produto jornalístico de maior penetração no país, o Jornal Nacional, da TV Globo, para negar a suspeita de que a consultoria empresarial que ele diz ter sido a fonte do seu enriquecimento seria, na verdade, uma fachada para defender interesses privados perante órgãos públicos. “Não fiz tráfico de influência, não fiz atuação junto a empresas públicas representando empresas privadas”, disse.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Pelo fim do coronelismo midiático
Nota do Coletivo Intervozes:
A publicação da lista de concessionários pelo Ministério das Comunicações trouxe de volta à pauta a discussão sobre as outorgas de rádio e TV dadas a parlamentares ou a empresas controladas por parlamentares. No início deste ano, o ministro Paulo Bernardo já havia se declarado a favor de regulamentação para consolidar legalmente a proibição – já prevista no artigo 54 da Constituição Federal.
A publicação da lista de concessionários pelo Ministério das Comunicações trouxe de volta à pauta a discussão sobre as outorgas de rádio e TV dadas a parlamentares ou a empresas controladas por parlamentares. No início deste ano, o ministro Paulo Bernardo já havia se declarado a favor de regulamentação para consolidar legalmente a proibição – já prevista no artigo 54 da Constituição Federal.
Palocci na TV Globo: fritura continua
Da redação da CartaCapital:
A primeira entrevista de Antônio Palocci após a denúncia de que multiplicou exponencialmente seu patrimônio através de uma empresa de consultoria não melhora sua condição delicada como interlocutor do governo. Ao Jornal Nacional, o ministro-chefe da Casa Civil não revelou o nome das empresas com quem trabalhava nem quanto recebeu no período. Afirmou apenas que prestava consultoria para empresas de “mercados de capitais, fundos de investimentos em outras empresas privadas e de serviço em geral”.
A primeira entrevista de Antônio Palocci após a denúncia de que multiplicou exponencialmente seu patrimônio através de uma empresa de consultoria não melhora sua condição delicada como interlocutor do governo. Ao Jornal Nacional, o ministro-chefe da Casa Civil não revelou o nome das empresas com quem trabalhava nem quanto recebeu no período. Afirmou apenas que prestava consultoria para empresas de “mercados de capitais, fundos de investimentos em outras empresas privadas e de serviço em geral”.
Por que Ollanta Humala vai vencer
AFP PHOTO / CRIS Bouroncle |
Hoje de manhã fiquei ansioso, esperando a Sandra (Recalde) e o Juan (Pessoa), da MPI, amigos e parceiros de algumas campanhas políticas, acordarem e acessarem o skype. Eles estão no Peru (duas horas mais cedo...) dando consultoria em Redes Sociais à campanha de Humala, e eu estava louco pelas novidades da campanha presidencial de lá.
Cai a ficha da grande mídia
Por Venício A. de Lima, no Observatório da Imprensa:
Raras vezes a realidade fala mais alto e revela ter mais poder do que alguns atores tradicionais da grande mídia brasileira.
Raras vezes a realidade fala mais alto e revela ter mais poder do que alguns atores tradicionais da grande mídia brasileira.
O desastre eleitoral de Berlusconi
Por Achille Lollo, no jornal Brasil de Fato:
Nas 20 cidades onde os eleitores foram votar no segundo turno, os candidatos da esquerda e do centro-esquerda ganharam em 13, entre as quais Milão - a capital da indústria italiana – e Nápoles, a principal cidade do centro-sul. Uma derrota que foi definida por dois elementos: a grande participação de eleitores e a opção para candidatos que representavam os anseios do movimento popular. Enfim uma vitória que para muitos é considerada o início de uma nova libertação política, o fim do controle-social de Berlusconi e a rejeição da direita.
Nas 20 cidades onde os eleitores foram votar no segundo turno, os candidatos da esquerda e do centro-esquerda ganharam em 13, entre as quais Milão - a capital da indústria italiana – e Nápoles, a principal cidade do centro-sul. Uma derrota que foi definida por dois elementos: a grande participação de eleitores e a opção para candidatos que representavam os anseios do movimento popular. Enfim uma vitória que para muitos é considerada o início de uma nova libertação política, o fim do controle-social de Berlusconi e a rejeição da direita.
Criada a agência latino-americana
Caracas - Foi criada oficialmente em Caracas, hoje (2), a União Latino-Americana de Agências de Noticias (Ulan), organismo multilateral concebido no ano passado, durante o Congresso Mundial de Agências de Notícias, na Argentina. Integram a Ulan nove agências regionais, como a Agência Brasil, a argentina Telam, a mexicana Notimex e a Agência Venezuelana de Notícias.
MG realiza o "bloguemus Quæ Sera Tamen"
Da página dos blogueiros de Minas Gerais:
Levados pela grande onda que integra ativistas da Internet no Brasil inteiro, os mineiros também vão se encontrar. Será realizado o 1º Bloguemus Quae Sera Tamem, nos dias 10 e 11 de junho, em Belo Horizonte. O evento servirá como etapa preparatória do Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, que será realizado em Brasília.
Levados pela grande onda que integra ativistas da Internet no Brasil inteiro, os mineiros também vão se encontrar. Será realizado o 1º Bloguemus Quae Sera Tamem, nos dias 10 e 11 de junho, em Belo Horizonte. O evento servirá como etapa preparatória do Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, que será realizado em Brasília.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Telebrás é vital para viabilizar o PNBL
Por Rosane Bertotti, no sítio da CUT:
Nosso compromisso militante com a universalização da banda larga nos impele a tecer considerações sobre os desafios colocados pela conjuntura no embate entre a afirmação de um projeto estratégico nacional de digitalização, no qual o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) se insere, e a manutenção da lógica das teles que controlam o setor.
Nosso compromisso militante com a universalização da banda larga nos impele a tecer considerações sobre os desafios colocados pela conjuntura no embate entre a afirmação de um projeto estratégico nacional de digitalização, no qual o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) se insere, e a manutenção da lógica das teles que controlam o setor.
Eleição desmascara a mídia do Peru
Por Julia Nassif de Souza, na revista Caros Amigos:
A eleição à presidência no Peru se aproxima e temas fundamentais como a liberdade de imprensa ocupam espaço em um debate marcado pela desconfiança sobre a capacidade democrática de ambos os candidatos, tecnicamente empatados segundo as últimas pesquisas eleitorais.
A eleição à presidência no Peru se aproxima e temas fundamentais como a liberdade de imprensa ocupam espaço em um debate marcado pela desconfiança sobre a capacidade democrática de ambos os candidatos, tecnicamente empatados segundo as últimas pesquisas eleitorais.
Guerra no campo e a urgência na Amazônia
Por Mauro Santayana, em seu blog:
Se os estados amazônicos são incapazes de impor a lei nos territórios de sua jurisdição, cabe ao governo federal neles intervir, como prevê a Constituição e aconselha a necessidade de que se salve a República.
Se os estados amazônicos são incapazes de impor a lei nos territórios de sua jurisdição, cabe ao governo federal neles intervir, como prevê a Constituição e aconselha a necessidade de que se salve a República.
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