quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
Sonegação da Globo e o escândalo HSBC
Desde que estourou o escândalo da lista do HSBC em Genebra, Suíça, a pergunta que não quer calar é: a Globo está lá? O jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, que recebeu uma cópia da relação através do ICIJ, siga em inglês para Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, da qual ele faz parte, pode vir a responder. Mas, como anunciou, não quer se precipitar, para não correr o risco de expor algum correntista que tenha conta legítima, ou seja, que não seja abastecida com dinheiro ilícito.
A tentativa de desmontar a Petrobras
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
O editorial do jornal O Globo de ontem é claro. O interesse maior não é o de punir malfeitos, prender corruptos e corruptores: é mudar o sistema de partilha do pré-sal. Trata-se de uma bandeira profundamente rentável, a se julgar pelo afinco com que o veículo se dedica a ela.
O editorial do jornal O Globo de ontem é claro. O interesse maior não é o de punir malfeitos, prender corruptos e corruptores: é mudar o sistema de partilha do pré-sal. Trata-se de uma bandeira profundamente rentável, a se julgar pelo afinco com que o veículo se dedica a ela.
Os objetivos ocultos da Lava-Jato
Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:
A luta política se dá em múltiplas dimensões. Um governo oriundo do campo popular e democrático, que trilhe um caminho de desenvolvimento com distribuição de renda, tem na economia um dos fortes pilares de sua sustentação ou do seu enfraquecimento.
Não é à toa que outras experiências históricas, como a deposição de Salvador Allende no Chile, tenham seguido o roteiro do lockout (greve dos patrões) e da sabotagem econômica, visando produzir o caos que nutre até o clímax uma crise política que permita à direita criar condições para o golpe.
A luta política se dá em múltiplas dimensões. Um governo oriundo do campo popular e democrático, que trilhe um caminho de desenvolvimento com distribuição de renda, tem na economia um dos fortes pilares de sua sustentação ou do seu enfraquecimento.
Não é à toa que outras experiências históricas, como a deposição de Salvador Allende no Chile, tenham seguido o roteiro do lockout (greve dos patrões) e da sabotagem econômica, visando produzir o caos que nutre até o clímax uma crise política que permita à direita criar condições para o golpe.
Mídia, instituições e "meuzovo"!
Por João Feres Júnior, no site Brasil Debate:
1. Recebo pelo whatsapp, no grupo do futebol de fim de semana, uma mensagem conclamando para manifestação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.
2. No Facebook, uma prima, paulista, professora universitária já aposentada, posta mensagem lamentando o estado de decadência moral do país e de suas instituições. Os comentários de seus amigos ao post são ainda mais soturnos e catastrofistas.
3. O deputado Jean Wyllys (PSOL) reproduziu em sua página do Facebook, na noite desta segunda-feira (9) notícia de que a diretora da Central Globo de Jornalismo teria dado ordem por e-mail para que a cobertura da Operação Lava Jato não faça menção a FHC: “revisem os vts com atenção! Não vamos deixar ir ao ar nenhum com citação ao Fernando Henrique”.
2. No Facebook, uma prima, paulista, professora universitária já aposentada, posta mensagem lamentando o estado de decadência moral do país e de suas instituições. Os comentários de seus amigos ao post são ainda mais soturnos e catastrofistas.
3. O deputado Jean Wyllys (PSOL) reproduziu em sua página do Facebook, na noite desta segunda-feira (9) notícia de que a diretora da Central Globo de Jornalismo teria dado ordem por e-mail para que a cobertura da Operação Lava Jato não faça menção a FHC: “revisem os vts com atenção! Não vamos deixar ir ao ar nenhum com citação ao Fernando Henrique”.
Greve dos caminhoneiros: sinal vermelho
Por Renato Rovai, em seu blog:
O movimento dos caminhoneiros começa a ganhar contornos perigosos. Ele que começou com uma pauta mais de categoria, discutindo a redução do valor dos fretes e o aumento do preço do combustível, se politizou bastante nas últimas horas.
Hoje fotos de caminhões já circulavam na rede pedindo o impeachment da presidenta Dilma. E responsabilizando a corrupção pelos problemas do transporte no país.
Hoje fotos de caminhões já circulavam na rede pedindo o impeachment da presidenta Dilma. E responsabilizando a corrupção pelos problemas do transporte no país.
Cinco perguntas para a Sabesp responder
Da revista CartaCapital:
Enquanto milhares de pessoas enfrentam racionamento e outras mudam seus hábitos para economizar água, diante da crise hídrica em São Paulo e dos alertas divulgados em cadeia de rádio e televisão, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) se nega a divulgar informações de interesse público sobre os maiores consumidores do produto no Estado.
Responsável por 40% do gasto com água em São Paulo, indústrias e empresas têm desconto especial e pagam um valor menor por litro do que os consumidores comuns. Mas, mesmo diante de uma situação de calamidade pública, o governo Geraldo Alckmin se recusa a divulgar detalhes e a lista completa dos 500 beneficiados pelos contratos "premium".
Responsável por 40% do gasto com água em São Paulo, indústrias e empresas têm desconto especial e pagam um valor menor por litro do que os consumidores comuns. Mas, mesmo diante de uma situação de calamidade pública, o governo Geraldo Alckmin se recusa a divulgar detalhes e a lista completa dos 500 beneficiados pelos contratos "premium".
Lula na ABI: "Sabemos brigar também”
Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula |
Diante da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio, militantes do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) enfrentaram aproximadamente 15 pessoas que, munidas de panelas, foram lá gritar palavras de ordem como “fora PT” e pedir impeachment de Dilma Rousseff. Os dois grupos entraram em choque várias vezes, trocando socos e pontapés.
O que será o jornalismo?
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:
A prática do jornalismo está sendo impactada por uma sucessão de mudanças desde a criação da internet. Essas transformações se aceleraram após advento da chamada Web 2.0, que rompeu o sistema de domínio de “territórios” e estabeleceu um modelo de relacionamento no qual os conteúdos são fragmentados, arquivados em “nuvens computacionais” e servidos a partir de diversas fontes, ampliando a autonomia dos usuários.
Lula vai à guerra pela Petrobras
Por Anna Beatriz Anjos, na revista Fórum:
O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva esteve presente no ato em defesa da Petrobras, realizado na noite desta terça-feira (24) no Rio de Janeiro. Em discurso, ele criticou o papel da mídia tradicional na cobertura da crise na estatal e pediu a união da sociedade para preservá-la. “Essa empresa virou motivo de orgulho”, disse.
O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva esteve presente no ato em defesa da Petrobras, realizado na noite desta terça-feira (24) no Rio de Janeiro. Em discurso, ele criticou o papel da mídia tradicional na cobertura da crise na estatal e pediu a união da sociedade para preservá-la. “Essa empresa virou motivo de orgulho”, disse.
Governo Dilma: sangrar ou derrubar?
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Sei que muitos de nós – eu, particularmente – preferiríamos um enfrentamento direto.
Mas está claro que o mundo da política real – dada a mediocridade de seus atores e, sobretudo, de seus narradores da mídia – divide-se hoje em dois segmentos.
Um mudo, outro estridente.
Ou nem tanto, talvez um meio do caminho entre isso e aquela folclórica divisão da multidão nos linchamentos, entre os “mata” e o “esfola”.
Sei que muitos de nós – eu, particularmente – preferiríamos um enfrentamento direto.
Mas está claro que o mundo da política real – dada a mediocridade de seus atores e, sobretudo, de seus narradores da mídia – divide-se hoje em dois segmentos.
Um mudo, outro estridente.
Ou nem tanto, talvez um meio do caminho entre isso e aquela folclórica divisão da multidão nos linchamentos, entre os “mata” e o “esfola”.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Por que Levy não tributa as fortunas?
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Que é necessário e urgente fazer um ajuste fiscal para colocar as contas do governo em ordem, estamos todos de acordo. Não tem mesmo outro jeito. Ninguém pode eternamente gastar mais do que arrecada, nem a padaria da esquina, muito menos um país.
Por isso, reuniões e mais reuniões se sucedem freneticamente em Brasília para garantir a aprovação no Congresso Nacional do pacote fiscal embrulhado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, encomendado pelo governo Dilma-2. O objetivo é economizar R$ 18 bilhões no orçamento. E quem vai pagar esta conta?
Que é necessário e urgente fazer um ajuste fiscal para colocar as contas do governo em ordem, estamos todos de acordo. Não tem mesmo outro jeito. Ninguém pode eternamente gastar mais do que arrecada, nem a padaria da esquina, muito menos um país.
Por isso, reuniões e mais reuniões se sucedem freneticamente em Brasília para garantir a aprovação no Congresso Nacional do pacote fiscal embrulhado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, encomendado pelo governo Dilma-2. O objetivo é economizar R$ 18 bilhões no orçamento. E quem vai pagar esta conta?
Sindicatos processam McDonald's
Por Sarah Fernandes, na Rede Brasil Atual:
Quando Glaice Oliveira, de 21 anos, arrumou seu primeiro emprego, em um restaurante do McDonald's em Guarulhos (SP), as expectativas eram muitas: “Eu tinha 16 anos e me foi prometido um salário mínimo e a oportunidade de evoluir de cargo em só seis meses. Nada disso se cumpriu. Meu contrato era de seis horas, mas eu acabava trabalhando até dez horas por dia. Cheguei a repetir de ano porque não conseguia sair no horário das aulas. O salário era de R$ 3,06 por hora, mas eles aplicavam tantos descontos que já cheguei a ganhar R$ 75 em um mês. Eu ficava na cozinha, na limpeza, entrava na câmara fria, carregava peso, tudo”.
Quando Glaice Oliveira, de 21 anos, arrumou seu primeiro emprego, em um restaurante do McDonald's em Guarulhos (SP), as expectativas eram muitas: “Eu tinha 16 anos e me foi prometido um salário mínimo e a oportunidade de evoluir de cargo em só seis meses. Nada disso se cumpriu. Meu contrato era de seis horas, mas eu acabava trabalhando até dez horas por dia. Cheguei a repetir de ano porque não conseguia sair no horário das aulas. O salário era de R$ 3,06 por hora, mas eles aplicavam tantos descontos que já cheguei a ganhar R$ 75 em um mês. Eu ficava na cozinha, na limpeza, entrava na câmara fria, carregava peso, tudo”.
A propina de Agripino Maia em áudio
Por Daniel Dantas Lemos, no blog De olho no discurso:
Em áudio divulgado na tarde de hoje pelo Ministério Público ao anunciar denúncia contra Delavam Melo, o ex-deputado João Faustino, morto em janeiro de 2014, aparece em diálogo com George Olímpio. Trata-se do primeiro áudio.
Os dois falam sobre o fim da inspeção veicular no início do governo Rosalba Ciarlini. George espera que João possa abrir as portas junto ao governo a partir de Carlos Augusto Rosado, marido da então governadora. Na conversa, falam sobre a propina de R$ 1 milhão 150 mil paga a José Agripino Maia.
Em áudio divulgado na tarde de hoje pelo Ministério Público ao anunciar denúncia contra Delavam Melo, o ex-deputado João Faustino, morto em janeiro de 2014, aparece em diálogo com George Olímpio. Trata-se do primeiro áudio.
Os dois falam sobre o fim da inspeção veicular no início do governo Rosalba Ciarlini. George espera que João possa abrir as portas junto ao governo a partir de Carlos Augusto Rosado, marido da então governadora. Na conversa, falam sobre a propina de R$ 1 milhão 150 mil paga a José Agripino Maia.
Lula põe o bloco na rua
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:
“A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma.”
Reproduzo acima o segundo parágrafo da Carta Testamento de Vargas. E aí está: a Petrobrás citada de forma direta pelo presidente que foi levado ao suicídio em agosto de 1954.
“A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma.”
Reproduzo acima o segundo parágrafo da Carta Testamento de Vargas. E aí está: a Petrobrás citada de forma direta pelo presidente que foi levado ao suicídio em agosto de 1954.
FHC é “o pai da privataria tucana”
A entrevista da presidenta Dilma, em que ela fustigou FHC ao lembrar que no seu governo nada foi apurado sobre as denúncias de corrupção na Petrobras, segue rendendo – o que comprova que ela acertou no alvo e na nova estratégia de partir para o enfrentamento e não levar mais desaforo para a casa. Nesta segunda-feira (23), o site do Instituto Teotônio Vilela, órgão da pretensa intelectualidade do PSDB, reagiu enfurecido. Num artigo carregado de adjetivos, típico dos desesperados, o ITV rosnou: “Dilma foi uma espécie de mãe do petrolão. Cabe a ela e ao PT responder pelos 12 anos de assalto do partido à empresa”.
Os caminhoneiros e os golpistas velhacos
Segundo reportagem da Agência Brasil, os caminhoneiros intensificaram os bloqueios às estradas na manhã desta terça-feira (24). Balanço da Polícia Rodoviária Federal indica que "motoristas enfrentam dificuldades para atravessar 69 pontos de 24 rodovias federais em seis estados. Ontem à noite, eram 64 trechos bloqueados em 23 estradas federais... Os estados mais prejudicados são Santa Catarina, com 17 trechos bloqueados, Rio Grande do Sul, com 15 pontos interditados, e Paraná, com 14 bloqueios. As rodovias de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais tiveram aumento no número de interdições causadas pelos caminhoneiros", descreve a repórter Ana Cristina Campos.
Coordenador de Aécio será punido?
Por Altamiro Borges
O senador Agripino Maia não é apenas presidente nacional do DEM – a legenda dos demos que levou uma surra nas eleições de 2014 e corre sério risco de extinção. Ele também foi coordenador-geral da campanha do cambaleante Aécio Neves, o tucano que até agora não superou o trauma da derrota na disputa presidencial e decidiu virar "o líder do exército" golpista. Para a mídia privada, porém, este segundo fato parece que já foi esquecido. No domingo (22), o programa Fantástico, da TV Globo, exibiu uma reportagem que aponta o possível envolvimento do demo Agripino Maia num milionário esquema de corrupção no Rio Grande do Norte. O nome do tucano Aécio Neves sequer foi citado!
HSBC manterá publicidade na TV Globo
O HSBC anunciou nesta terça-feira (24) que pretende suspender os anúncios publicitários em dois jornais britânicos que têm revelado as falcatruas do banco – envolvido em esquemas criminosos de sonegação fiscal e desvio de dinheiro para paraísos fiscais. "Nós anunciamos a fim de vender mais produtos bancários. Não faz sentido colocar um anúncio ao lado de uma cobertura editorial hostil", argumentou Stuart Gulliver, executivo-chefe do HSBC. No maior cinismo, o agiota ainda justificou: "Não tem nada a ver com a tentativa de influenciar a cobertura editorial". No Brasil, os três herdeiros da Rede Globo – e seus serviçais "calunistas" – não precisam se preocupar com a perda da boquinha!
Grécia X Troika: confronto adiado
Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:
Os analistas da política europeia, e os que acompanham as lutas sociais contra a ditadura das finanças, aguardam com expectativa um conjunto de medidas econômicas que o governo grego anunciará ainda nesta terça-feira (24/2). O conteúdo deste “pacote” indicará se Atenas cedeu aos 19 ministros europeus, que se uniram há três dias para pressioná-la a desistir da rebeldia contra as medidas de “austeridade”; ou se, ao contrário, mantém a luta por resgatar os direitos sociais e a democracia, colocando-os acima dos interesses dos mercados financeiros. Examinar as circunstâncias que antecedem o anúncio das medidas é útil para compreender a situação concreta da Grécia e seu novo governo. Também ajuda a examinar os caminhos complexos das lutas anticapitalistas contemporâneas – em especial as que buscam enxergar dinheiro e dívida de forma não-convencional.
Os analistas da política europeia, e os que acompanham as lutas sociais contra a ditadura das finanças, aguardam com expectativa um conjunto de medidas econômicas que o governo grego anunciará ainda nesta terça-feira (24/2). O conteúdo deste “pacote” indicará se Atenas cedeu aos 19 ministros europeus, que se uniram há três dias para pressioná-la a desistir da rebeldia contra as medidas de “austeridade”; ou se, ao contrário, mantém a luta por resgatar os direitos sociais e a democracia, colocando-os acima dos interesses dos mercados financeiros. Examinar as circunstâncias que antecedem o anúncio das medidas é útil para compreender a situação concreta da Grécia e seu novo governo. Também ajuda a examinar os caminhos complexos das lutas anticapitalistas contemporâneas – em especial as que buscam enxergar dinheiro e dívida de forma não-convencional.
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