sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O governar tucano é fechar escolas?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Depois da decisão do governo de Geraldo Alckmin de fechar escolas, agora é o também tucano Beto Richa que planeja fechar escolas estaduais, noticia o jornal paranaense Gazeta do Povo.

Não uma ou outra, por justas razões operacionais ou de funcionalidade dos prédios. Nada menos que 150 delas, ou 7% das unidades escolares do Estado.

Chamam de “otimização”, enquanto a tendência mundial é a de aproveitar ao máximo o tempo e o espaço escolar para ampliar a formação dos jovens, porque vulneráveis às ruas, sobretudo os mais pobres.

O jogo do STF e a plateia catatônica

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

O país assiste ao circo de horrores das conspirações midiático-judiciais com um cansaço catatônico. Com o golpe parlamentar suspenso por tempo indeterminado, volta-se ao circo de sempre, com direito a um revival tedioso daquele que foi, por assim dizer, o golpismo originário: o julgamento farsesco do mensalão. Ao se recusar, por medo, tática e incompetência política (mais provavelmente os três juntos), a construir uma estratégia de combate a este golpismo, o PT e o governo deixaram a doença se espalhar e contaminar todo o Estado. Agora muitos procuradores e juízes querem fazer justiça com as próprias mãos e, para isso, dispensam provas e montam teorias ao sabor de seus desejos e rancores partidários.

É preciso defender o Bolsa Família agora

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ameaçado por um corte de R$ 10 bilhões no orçamento de 2016, todo esforço em defesa do Bolsa Família será pequeno enquanto houver qualquer tipo de ameaça a um programa que tirou o país do mapa da Fome da ONU e atende 13 milhões de famílias que residem na fronteira da pobreza brasileira.

Não há truque retórico possível para se defender qualquer redução nos recursos de um programa que ganha urgência e atualidade na medida em que a crise econômica começa a assumir uma face dolorosa e feroz. A simples hipótese de que se cogite cortar 35% das verbas já é um escândalo em si.

A tecnologia vai fechar a TV Globo

FHC e grande mídia: relações perigosas

Por Patrícia Faermann, no Jornal GGN:

Registrados em um gravador relatos cotidianos das experiências que vivia entre 1995 e 2002, na cadeira do Palácio do Planalto, o então presidente Fernando Henrique Cardoso narrou bastidores da sua agenda. Em um dos episódios, publicados em "Diários da Presidência" (Companhia das Letras), FHC conta a sua estrita relação com as Organizações Globo, por meio de Ali Kamel e de Roberto Marinho, e também de Otávio Frias Filho, que controla o grupo Folha.

Pacote de crédito: qual a novidade?

Por João Sicsú, no jornal Brasil de Fato:

O governo está lançando “pacotes” creditícios de juros abaixo do mercado através dos bancos públicos para grandes empresas – para que possam enfrentar as dificuldades do ambiente recessivo. A contrapartida é que as empresas tomadoras do crédito não poderão demitir trabalhadores. É algo anunciando como se fosse uma novidade.

Primeiro, é preciso lembrar que o governo faz a recessão com suas políticas monetária e fiscal e, ao mesmo tempo, lança com a outra mão pacotes creditícios. O governo eleva os juros da taxa Selic. Isso faz com que empresários prefiram o investimento financeiro ao produtivo. Compram títulos públicos e não compram máquinas. Mais: o governo corta quase 80 bilhões de reais de gastos previstos no seu orçamento. Isso gera desemprego de forma imediata.

Lava-Jato causa vergonha alheia

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                    

Não tivéssemos no Brasil uma imprensa que há muito abdicou de qualquer princípio jornalístico em nome de um nível de partidarização indecente, uma pauta óbvia para matérias de fôlego seria a absurda quantidade de delatores no processo da Lava Jato.

Salvo engano, já são 32 acusados que se transformaram em delatores. Isso não encontra paralelo em nenhum outro processo da história do direito romano e e ocidental. O que pensar de uma investigação na qual só existem os que apontam o dedo acusador ?

Congresso nos devolve ao Brasil Colônia

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Fiz uma lista, em abril deste ano, de dez coisas que a atual legislatura do Congresso Nacional - que despontava como um vetor de retrocessos históricos, tendo a Câmara dos Deputados à frente - poderia fazer em quatro anos para nos devolver ao Brasil Colônia. Para ser bem honesto, na época achei que estava exagerando.

Alckmin fecha escolas; obra do 'Chuchuleco'

Por Antônio de Souza, no blog Viomundo:

Nessa terça-feira, 20, a cidade de São Paulo foi palco do ato em defesa das escolas públicas estaduais organizado pelos movimentos que lutam contra o fechamento de mais de 150 unidades pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP).

Segundo a grande mídia que dá sustentação incondicional ao governo tucano paulista, cerca de 10 mil pessoas foram as ruas.

Marchas e contramarchas da onda golpista

Por Adalberto Monteiro, no blog de Renato Rabelo:

A crise política atravessa o seu 10º mês, sem fim à vista. Nas suas marchas e contramarchas, nos últimos tempos, ela atingiu o paroxismo de uma ameaça permanente de golpe de Estado. Desta vez, com a truculência das armas substituída por uma torrente de violência política desferida pelo consórcio da oposição neoliberal que abarca a grande mídia e segmentos do aparato jurídico-policial do Estado.

Juros altos travam o crescimento do país

Editorial do site Vermelho:

A decisão do Conselho de Política Monetária (Copom) de manter a taxa de juros em 14,25% não ajuda a superar a crise vivida pelo Brasil, vai na contramão do desenvolvimento e fere os interesses do país e do nosso povo.

O mais grave é que a decisão não parece ser episódica, mas parte de uma linha de raciocínio permanente. No início deste mês, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, já havia anunciado que “o Banco Central entende que a manutenção do atual nível da taxa de juros por um período prolongado é necessário para a convergência da inflação para a meta até o fim de 2016”.

Sonegação furta R$ 550 bilhões em 2015

Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:


O Sonegômetro chegou à capital paulista na manhã de hoje (22) revelando que por sonegação fiscal já evadiram R$ 418 bilhões do Brasil em 2015. O valor deve atingir R$ 550 bilhões até o fim do ano, segundo estimativa do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda (Sinprofaz), que criou o contador. O valor é quase o dobro do orçamento do ano para os ministérios da Saúde e da Educação, juntos: R$ 121 bilhões e R$ 103 bilhões, respectivamente. E oito vezes mais que o estimado pelo governo federal para fazer o ajuste fiscal, que é de R$ 66 bilhões.

Estatuto da Família, a serviço de quem?

Por Onã Rudá, no site da UJS:

Os últimos meses tem sido muito desafiadores para os setores progressistas do Brasil, as lutas tem sido travadas em todos os âmbitos da sociedade onde o discurso de ódio, intolerância e golpe se apresente.

No Congresso Nacional são cotidianas as investidas que atentam contra direitos civis, contra a democracia, investidas que trazem mais que retrocesso de direitos, trazem retrocessos civilizatórios, que se implementados são incomensuráveis os seus impactos danosos à sociedade e todo povo brasileiro.

Gaúchos: Não esqueçam do Sartori!

Por Antônio Escosteguy Castro, no site Sul-21:

A combinação entre a maior cheia dos últimos 70 anos e a lambança brasiliense de Cunha e seu Impeachmet Express teve como consequência tirar Sartori e seu governo do noticiário. Verdade que também houve um pequeno esforço da imprensa local para que Sartori ficasse escondido num cantinho.

Imaginem vocês se um Senador da República que tivesse dado um voto decisivo a favor do governo Dilma fosse premiado, imediatamente, com uma viagem de 10 dias a Europa. Seria um mega escândalo. Arnaldo Jabor iria às lagrimas na telinha. Bonner embargaria a voz, em tom fúnebre. Davi Coimbra escreveria mais um de seus libelos contra o PT. Pois Jardel votou, foi e voltou e apenas algumas notinhas de pé de página comentaram a possibilidade de que dita viagem, quem sabe, pudesse ter tido alguma relação com seu decisivo voto a favor do aumento do ICMS. Se Dilma negocia com parlamentares , pratica uma criminosa distorção da democracia. Se Sartori faz o mesmo , é a demonstração de habilidade política de um governador bem intencionado. E segue o baile.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Carlos Sampaio e o prefeito condenado

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Você conhece Vinhedo, no interior de São Paulo? Provavelmente, não. Mas já ouviu falar do deputado federal Carlos Sampaio, o maníaco tucano do impeachment.

Vinhedo é onde o brasileiro encontra o verdadeiro Sampaio. Boneco de ventríloquo de Aécio Neves, eternamente alterado (lembra o Collor apoplético), ele vive, como se sabe, de berrar contra a corrupção e de encomendar pareceres jurídicos.

Aprovação do direito de resposta é avanço

Do site do FNDC:

A conclusão da votação do Projeto de Lei 6446/13 pela Câmara dos Deputados, na noite desta terça (20/10), representa uma vitória para o movimento de luta pela democratização da comunicação no Brasil. Desde a revogação da Lei de Imprensa, em 2005, o direito de resposta deixou de ser garantido no país e, embora esteja previsto no Artigo 5º da Constituição Federal, seu exercício depende da interpretação de um juiz monocrático e não tem prazo ou regras definidas. A matéria foi aprovada por 318 votos e ainda voltará ao Senado porque foi alterada (a única emenda aprovada exclui do texto a possibilidade do ofendido exercer pessoalmente o direito no caso de TV ou rádio).
 

Golpistas tentam driblar o Supremo

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Neste momento os defensores do impeachment da presidente Dilma Rousseff tentam, de duas formas, driblar as liminares concedidas na semana passada pelos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber, do STF. As liminares, em resumo, suspenderam a aplicação do rito definido por Eduardo Cunha e proibiram a tramitação de qualquer outra proposta de impeachment até o pronunciamento do colegiado da suprema corte.

A fluidez da conjuntura política

Por Francisco Fonseca, no site Carta Maior:

A conjuntura política brasileira assemelha-se a um jogo de xadrez cujos jogadores são amadores, isto é, ou não há claras estratégias e táticas ou as contradições das “jogadas” torna turva a inteligibilidade do jogo; os lances são por vezes confusos; e quem estava próximo a vencer se vê, repentinamente, na iminência da derrota e vice-versa. Isso tudo ocorre numa incrível rapidez e com lances complexos e muitas vezes bizarros, a ponto de as análises tornarem-se rapidamente obsoletas.

Mais armas, mais mortes

Por Maria do Rosário Nunes, na revista Fórum:

O ano de 2015 ficará marcado na Câmara dos Deputados por diversos retrocessos legislativos. O programa realizado pela gestão de Eduardo Cunha caracteriza-se por assegurar espaço total ao populismo penal mais rasteiro. Em um país que sofre todos os anos o luto pela morte de milhares de brasileiros, vítimas da violência, o discurso de aproveitadores com soluções milagrosas está sempre na ordem do dia. Só que os efeitos não serão de redução da violência, mas de maior recrudescimento de sua presença para a população.

A justiça é branca e rica

Por Djamila Ribeiro, na revista CartaCapital:

No dia 15 de outubro Juliana Cristina da Silva, de 28 anos, responsável pelo atropelamento de dois operários que pintavam uma ciclo-faixa, foi libertada da prisão onde estava desde o dia do acidente, 18 último, para responder ao processo em liberdade.

Juliana terá de pagar um fiança de 20 salários mínimos, o equivalente a 15 mil reais, e comparecer ao fórum a cada dois meses. Foi comprovado que Juliana estava embriagada no momento do acidente.