sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Banco Central evitou decisão absurda

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O esforço para demonizar a decisão do Banco Central, que manteve a taxa básica de juros em 14,25% ao ano, merece algumas observações. A primeira é de natureza econômica. O custo do dinheiro continua altíssimo, no Brasil, dificultando qualquer esforço consistente para uma retomada do crescimento. Mas, ao decidir, por seis votos a 2, que os juros não iriam subir meio ponto, como muitos analistas imaginavam, o Comitê de Política Monetária assumiu uma postura responsável, evitando uma degradação ainda maior da economia do país.

Samba desafia o Tio Sam e a Globo

Juros e a pressão total contra o Brasil

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:



O que explica a “revolta” do mercado à decisão do Banco Central de não elevar (mais) a taxa de juros?

Não é, sequer, a primeira vez que faz isso.

É o mesmo que faz desde que a Selic chegou aos mesmos 14,25% ao mês, o que quer dizer que não se trata de qualquer heterodoxia.

A mente de trolls como Wanderlei Silva

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Os recentes anúncios de medidas judiciais contra disseminadores de ódio na internet jogaram luzes sobre o perfil deles.

Dois casos destacam-se: o do jornalista João Pedrosa e o do ex-lutador Wanderlei Silva.

Eles destroem a tese, tão orgulhosamente defendida por FHC, de que o antipetismo reúne pessoas mais bem informadas e mais cultas que as demais.

Sobre velhos e velhacos na política

Por Guilherme Boulos, no site Outras Palavras:

Quando questionado por sustentar ideais de igualdade e justiça social aos 70 anos de idade, o saudoso Plínio de Arruda Sampaio (1930-2014) respondeu: “Ficar velho não é virar velhaco”. Há pessoas que, mesmo velhas, permanecem jovens de espírito. Abertas para o novo. E há outros que, mesmo jovens, carregam os medos e preconceitos das velhas gerações. Jovens, mas com o espírito de velhos rançosos. É o caso de Kim Kataguiri, que lidera o MBL (Movimento Brasil Livre) e tornou-se agora colunista da Folha.

O choque de ficções em Davos

Por Antonio José Alves Junior, no site Brasil Debate:

Nessa terceira semana de janeiro, reúnem-se, em Davos, representantes da elite política, empresarial e financeira de todo o mundo para avaliar os rumos da economia mundial. Duas mesas deverão polarizar o encontro e atrair as atenções.

Uma será, inevitavelmente, a da conjuntura, atenta à incapacidade de superação dos desafios para a recuperação da crise de 2008. Os contornos atuais do debate serão a desaceleração chinesa, o excesso de oferta do petróleo e as consequências do forte mergulho dos seus preços, e a desbalanceada e instável retomada da economia mundial.

Gilmar é inconcebível em qualquer Corte

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

No evento do Barão de Itararé, em que o Paulo Moreia Leite lançou seu livro sobre a Lava Jato, um dos debatedores foi Wadih Damous (PT-RJ), ex-presidente da OAB-Rio.

(Por falar nisso, por que a OAB não subscreveu a Carta Aberta dos Advogados? Ah, que saudades do Raymundo Faoro!)

Wadih Damous fez observações afiadas, aqui reproduzidas de forma não literal:

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

A resposta à charge fascista do Globo

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A OAB divulgou charge resposta à charge puxa-saco de patrão e fascista de Chico Caruso, publicada no jornal O Globo.


A Globo, representante maior do golpismo no Brasil, lidera a campanha para criminalizar a política.

Nessa campanha, tudo que se relaciona com a política é igualmente criminalizado: os empresários que tem negócios com governos, blogueiros, movimentos sociais, sindicatos, simples militantes, e até mesmo, cúmulo do banditismo midiático, os advogados que defendem os empresários.

Entre o medo e a esperança no Brasil

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Este janeiro de 2016 lembra o desditoso dezembro de 2014, pois permanecem dominantes a política econômica recessiva e – causa e efeito a um só tempo – a turbulência política, construindo as bases do que pode ser uma crise institucional, que muitos celerados desejam e perseguem.

A comemorar, no plano político, as decisões do STF disciplinando o rito do impeachment com o qual a oposição ameaça o mandato da presidente Dilma. Na economia, registremos o superávit comercial e os primeiros efeitos (dentre os benéficos) da alta do dólar ensejando pequeno desafogo à indústria manufatureira e a expectativa de elevação da renda do produtor rural. São as nossas flores.

Brasil vive cerco impiedoso da mídia

Por Lúcia Rodrigues, na revista Caros Amigos:

O ex-ministro da Ciência e Tecnologia do governo Lula, Roberto Amaral, classificou como cerco impiedoso, o que os meios de comunicação impõem ao país. A afirmação foi feita no Fórum Social Temático, em Porto Alegre, durante a mesa de debates sobre Democracia e desenvolvimento em tempos de golpismo e crise.

Para ele, a democracia corre risco gravíssimo. “Eu vivi 64 e, hoje, os meios de comunicação comandam a política brasileira, os partidos de centro, de direita, as associações de classe. Querem destruir a atividade civil”.

Globo fatura R$ 190 milhões com BBB

Por Altamiro Borges

Considerado um "estimulante intelectual" pelo milionário apresentador Pedro Bial, o programa "Big Brother Brasil-16" estreou na noite desta terça-feira (19) com uma das piores audiências da sua longa história de futilidades e baixarias na TV Globo. Segundo o Ibope, o primeiro dia registrou uma média de 24 pontos. O BBB-6, por exemplo, estreou com 44 pontos. A baixa audiência deste ano foi similar ao do reality show de 2015, que quase levou a famiglia Marinho a decretar a morte do programa. Mas pouco importa a qualidade dos programas de tevê - que, pela Constituição, deveriam ter finalidades culturais e educativas. O que vale é o lucro. E, mais uma vez, a TV Globo não tem do que se queixar.

Datena desiste da eleição. Qual o preço?

Por Altamiro Borges

Após ganhar os holofotes da mídia e ser assediado por muita gente graúda, o apresentador José Luiz Datena, que comanda o programa sensacionalista "Brasil Urgente" na Band, anunciou nesta semana que desistiu de se candidatar à prefeitura de São Paulo. Posando de desinformado e puro, ele alegou que desconhecia as denúncias de corrupção contra o partido, PP, que lhe cedeu a vaga para a disputa sucessória deste ano. Em seu programa na rádio Bradesco Esportes, que também pertence ao Grupo Bandeirantes, a figura teatral disse que deixará a sigla, a qual se filiou no ano passado. "Não posso permanecer em um partido que tomou mais de R$ 300 milhões da Petrobras". É um santo!

Fórum de Davos e a desigualdade social

Por Flavio Aguiar, de Berlim, na Rede Brasil Atual:

Na quarta-feira (20), começou mais uma edição do Fórum Econômico de Davos, na Suíça. O fórum já teve mais prestígio e proeminência. Mas ainda continua sendo um espaço de importância geo-política e econômica.

No dia 19, o jornalista Graeme Wearden listou no The Guardian oito temas que ele considera chaves para o encontro deste ano (a lista é dele, os comentários são meus):

Dr. Janot, o Aécio era o mais chato!

Vídeo: A entrevista de Lula aos blogueiros

Uma sugestão ao juiz Sérgio Moro

Por Osvaldo Bertolino, em seu blog:

Meritíssimo:

Depois de uma conversa de mim comigo, cheguei a uma conclusão que julgo útil ao senhor. Faço apenas um comentário, que, a seu juízo, pode desdobrar-se em sugestão. Já que o senhor está tomado pelo sopro de Torquemada (para quem não sabe, como este comentário é público esclareço que trata-se do fanático da inquisição Tomás de Torquemada, o frade da Espanha do fim do século XV nomeado inquisidor-geral pelo papa Inocêncio VIII para perseguir judeus, agiotas, bígamos, homossexuais e bruxas), proponho a criação do Tribunal das Imoralidades Financeiras (TIF).

Um desastre chamado Banco Central

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O dia em que se fizer o inventário da atuação do BC na gestão Alexandre Tombini, provavelmente se terá o retrato de uma das mais desastradas gestões da história pós-estabilização, só superada pela de Gustavo Loyolla e seus 45% de taxa básica ao ano.

Desde o primeiro governo Dilma, avaliações incorretas do BC sobre a economia comprometeram a política econômica e ajudaram a jogar a economia nesse buraco.

Beto Richa vira alvo de Rodrigo Janot

Por Henrique Beirangê, na revista CartaCapital:

O dia 29 de abril de 2015 ficará registrado na história do Paraná como um dos mais tristes e reveladores episódios de como a educação é tratada por governantes no País.

Em frente à Assembleia Legislativa, em Curitiba, cerca de 200 professores foram agredidos por policiais militares quando protestavam contra uma proposta de mudança no sistema de previdência estadual. As imagens de professores ensanguentados correram o mundo.

O austericídio conspira contra Dilma

Por Jeferson Miola, no site Carta Maior:

A agenda do impeachment arrefeceu e perdeu legitimidade no final de 2015. Até mesmo alguns integrantes do PSDB, aqueles que ainda respeitam a democracia e a Constituição – minoritários em meio a uma maioria reacionária –, passaram a defender o distanciamento do partido da agenda golpista.

A ameaça de derrubada da presidente Dilma só foi revertida em dezembro passado. Desde a reeleição em outubro de 2014 – portanto, durante intermináveis 54 semanas –, pela primeira vez o governo conseguiu acumular uma seqüência política positiva: a demissão de Levy do Ministério da Fazenda; a interrupção, pelo STF, do rito ilegal do impeachment engendrado pelo gângster psicopata que preside a Câmara, que, além dessa derrota, tem no encalço o Ministério Público pedindo sua destituição da presidência da Casa; e, especialmente, as mobilizações populares em defesa da democracia.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

O jatinho de Campos e a omissão da mídia

Por Altamiro Borges

Nesta semana, a Comissão de Investigação e Prevenção de Acidentes da Aeronáutica divulgou o seu relatório final sobre as causas da queda do jatinho, em agosto de 2014, que resultou na triste morte do presidenciável Eduardo Campos (PSB) e de mais seis integrantes da sua comitiva. Ela concluiu que o cansaço dos pilotos e as condições meteorológicas contribuíram para o acidente. "Não é finalidade nossa identificar a culpa ou a responsabilidade de quaisquer pessoas ou instituições. Nosso trabalho é voltado para prevenção", explicou o brigadeiro Dilton José Schuck, chefe do órgão.