sábado, 26 de março de 2016

A alvorada dos canalhas no Brasil

Por Ayrton Centeno, no site Sul-21:

- Coloca fogo na casa.

- Joguem umas bombas na casa desse russo, bandido!

- Coloca fogo.

- Apedrejem a casa desse filho da puta. Detona tudo. Fode o carro dele.

- Guilhotina nesse vagabundo traidor da pátria!

- Toca fogo.

- Pega esse safado!

Marcha a Brasília em defesa da democracia

Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:

As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo farão um ato em Brasília na próxima quinta-feira (31). As organizações esperam levar 100 mil pessoas às ruas da capital federal em “defesa da democracia” e “contra o ajuste fiscal”.

O ato, que também criticará a reforma da Previdência, ocorre após grandes mobilizações, ocorridas nas últimas semanas, contra o processo de impeachment. Desta vez, o foco será Brasília, que deve reunir o maior número de manifestantes, mas os organizadores também planejam realizar protestos em diversas cidades do país.

A compra de votos para reeleição de FHC

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Da revista Fórum:

Depois de oito meses de negociação, o ex-deputado federal Pedro Corrêa (PE), ex-presidente do PP, assinou um acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR). Trechos do depoimento de Corrêa, preso em Curitiba, revelam informações sobre a votação que aprovou a emenda constitucional possibilitando a reeleição de Fernando Henrique Cardoso, em 1997.

'Veja' serve à tentativa de prender Lula

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O aspecto vexaminoso da reportagem de capa da 'Veja', anunciando um imaginário plano de Luiz Inácio Lula da Silva de fugir para a Itália envolve vários atos vergonhosos para o jornalismo e a democracia.

O primeiro é a leviandade absoluta dedicada a apuração de uma "notícia" do seguinte teor: o mais popular político brasileiro estaria arquitetando um plano para fugir do país e assim escapar de ser recolhido à carceragem de Sérgio Moro. Veja publicou essa "informação" na capa, como fato verdadeiro, sem considerar, sequer, as negativas formais da embaixada. (Numa foto, a revista ainda identificou erradamente o embaixador da Itália, o que dá uma ideia do empenho dedicado para conhecer os personagens que poderiam estar ligados ao caso.)

Boicote a grande mídia!

Por João Feres Jr., no Jornal GGN:

O título acima é assim mesmo, sem crase. A frase é um chamamento! Nela boicote é verbo transitivo direto, e não o substantivo boicote, que seria regido pela preposição a.

Sou professor universitário e coordenador de dois grupos de pesquisa: o GEMAA, dedicado ao estudo de políticas de ação afirmativa, raça e gênero - provavelmente a maior referência no país na produção de análises sobre estas políticas - e o LEMEP, que enfoca a interação entre mídia e esfera pública, e produz o site Manchetômetro e o boletim Congresso em Notas - o primeiro com análises diárias da cobertura de política e economia da grande mídia e o segundo com notícias semanais sobre pautas importantes no Congresso Nacional.

A inclusão de Moro na lista da Fortune

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Um dos traços mais cômicos da imprensa nacional é seu provincianismo.

Basta qualquer publicação americana ou inglesa dar qualquer coisa e é um barulho de colocar tapa-ouvidos.

Agora é a vez de darem triunfalmente uma lista de líderes internacionais da revista americana Fortune segundo a qual Moro, o homem dos grampos criminosos, aparece na 13.a colocação.

Duvido que algum editor saiba o que é a Fortune. Ou o que foi.

sexta-feira, 25 de março de 2016

Mortes nas enchentes e cinismo de Alckmin

Por Altamiro Borges

A mídia tucana já esqueceu os mortos nas enchentes na região metropolitana de São Paulo e o "picolé de chuchu", governador Geraldo Alckmin, segue impávido fazendo discursos pela "ética na política" e pelo impeachment de Dilma. Logo após a tragédia, que resultou em várias mortes e na devastação de inúmeras cidades, a Folha fez um levantamento que comprovou que o governo paulista teve "gasto zero" em ações para proteger moradores em áreas de risco. De imediato, o Palácio dos Bandeirantes questionou a reportagem e o jornalão simplesmente arquivou a denúncia. O restante da mídia chapa-branca, cevada por anúncios milionários, também silenciou sobre o caso escabroso.

Justiça libera executivos da Samarco

Por Altamiro Borges

Na última terça-feira (22), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu o pedido de prisão de sete executivos da Samarco - empresa responsável pelo crime em Mariana (MG) que resultou na morte de 19 pessoas e no maior desastre ambiental da história do país. O órgão atendeu a pedido do Ministério Público Federal, sempre tão célere quando se trata de ações midiáticas de caráter partidarizado. Com esta decisão absurda, os donos da mineradora - a privatizada Vale e a multinacional BHP Billiton - seguem totalmente impunes. O noticiário do desastre, que já havia escasseado na mídia corrompida pelos milionários anúncios da empresa, agora tende a desaparecer completamente.   

Lava Jato: a narrativa sai dos trilhos

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A Operação Lava Jato desenrolou-se, nos últimos dois anos, seguindo uma narrativa com início, meio e fim. Uma história que devia terminar com Lula preso e responsabilizado pela montagem de um mega-esquema de corrupção para financiar a manutenção do PT no poder. Caracterizado como podre e corrupto, o partido, no final da história, também poderia ter seu registro cassado e desaparecer de cena. De Dilma, cuidaria o Congresso com o impeachment. Alguns fatos recentes, entretanto, estão ameaçando o o curso da narrativa. Por isso a lista da Odebrecht agora foi posta pelo Juiz Moro sob sigilo, depois de ele ter autorizado a divulgação do grampo Dilma-Lula. Por isso o Ministério Público praticamente dispensou a “colaboração definitiva” da empreiteira.

Moro e as farsas para incendiar o país

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/

Por Jeferson Miola

A divulgação, na terça-feira 22 de março, das planilhas com mais de 200 políticos financiados pela Odebrecht, foi uma nova farsa do juiz Sérgio Moro para esconder o fracasso de um plano golpista que teve de ser abortado.

Aos fatos:

1- Estas planilhas estavam em poder do juiz Moro há um mês. Elas foram obtidas no dia 22 de fevereiro, por ocasião da 23ª fase da Lava-Jato, denominada “Acarajé”;

O cerco golpista se desmoraliza

Por Jandira Feghali

As capitais brasileiras pulsaram democracia no último dia 18. Emoção, alegria e, principalmente, respeito ao Estado democrático de Direito, tomaram as ruas de nossas cidades. Foi em paz que milhares de brasileiros mostraram que não aceitarão rupturas institucionais ou se intimidarão frente a onda fascista que pretende derrubar um governo legitimamente eleito pela maioria. A cada dia, cresce no seio do país o sentimento de luta contra o golpe alimentado pela intolerância, a grande mídia e aqueles que pretendem chegar ao poder a qualquer custo.

O ódio chega ao bispo Dom Odilo

Por Renato Rovai, em seu blog:

O cardeal de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, foi atacado na manhã desta quinta (24), na Catedral da Sé, por uma mulher que aos berros o xingava de comunista e que dizia não aceitar que gente como ele destruísse a a igreja dela.

Exatamente o mesmo discurso daqueles que agrediram a Isadora no Masp porque ela pedalava numa bicicleta vermelha. A terra é deles, o dinheiro é deles, o país é deles, a Igreja é deles, porque eles são os cidadãos de bem.

Odebrecht explica superpoderes de Cunha

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Uma das várias planilhas apreendidas em um escritório no Rio de Janeiro do executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior na 23ª fase da Operação Lava Jato demonstra de forma cristalina o que todo o meio político de Brasília sabia, mas faltavam provas materiais: o poder do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobre bancadas de parlamentares emanou do dinheiro.

Trata-se de uma planilha de controle sobre doações oficiais nas eleições de 2010. Até aí nada de mais – a aberração do financiamento empresarial de campanha deixou de ser legal só no ano passado.

Por que os patrões querem o golpe?

Por Juarez Guimarães, no site Carta Maior:

Como num cassino macabro, os grandes grupos financeiros estão especulando e apostando abertamente no fim da democracia brasileira. Como se noticiou no UOL, no jargão do mercado, a partir das manifestações pró-impeachment do dia 13 de março e da avaliação de um iminente desmoronamento da coalizão governista no Congresso Nacional, o “cenário-base” que prevê a derrubada do governo Dilma estaria na ordem de possibilidade de 65 % a 75 % entre os analistas de grandes instituições de consultoria financeira. O dólar flutua para baixo e as bolsas para cima, ao sabor das especulações.

Manifesto dos jornalistas pela democracia


Nós, jornalistas brasileiros abaixo-assinados, vimos nos manifestar à Nação em defesa da democracia e do Estado de Direito. Não é a primeira vez, na história republicana do Brasil, que os jornalistas são obrigados a se pronunciar pela salvaguarda das conquistas sociais, das políticas públicas e das garantias democráticas obtidas nas lutas travadas, desde os primórdios da nossa nacionalidade, pelos verdadeiros democratas e pela ampla maioria trabalhadora de nosso povo.


Agressão a Dom Odilo é um alerta

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Por mais que o caso tenha sido minimizado e abafado, a agressão de uma fanática a D. Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, por uma transtornada mental, é gravíssimo.

Os presentes ao ato asseguram, registra o Nassif, que a moça gritava que o arcebispo e a CNBB não iriam servir, com a Igreja, aos “comunistas”.

Direita nativa ocupa a Avenida Paulista

Foto: Mariana Estarque / DW
Por Mariana Estarque, na revista CartaCapital:

Eles não estão em Wall Street, mas em um dos principais centros financeiros de São Paulo. Não lutam contra as desigualdades sociais e econômicas – aqui o que vale é a meritocracia. Protestam, sim, contra o governo. Ao contrário dos movimentos Occupy de esquerda, os manifestantes acampados na Paulista são de direita e, segundo organizadores, não vão arredar pé da avenida até que a presidente faça o mesmo do Planalto.

O modelo de golpe é o paraguaio

Por Guilherme Boulos, no site Outras Palavras:

A discussão se há ou não um golpe em curso no Brasil deixou de ser uma controvérsia acadêmica. Invadiu ruas e praças. Está nas mesas de botequim.

Muitos fazem analogia com 1964, quando os militares derrubaram o presidente João Goulart e estabeleceram uma ditadura que durou 20 anos. Há paralelos, é verdade: o engajamento de entidades empresariais, a atuação partidária da maioria da imprensa e o uso abusivo do mote da corrupção – empunhado inclusive por corruptos notórios– para insuflar manifestações de rua.

A verdade sobre o patrimônio de Lula

Do site do Instituto Lula:

Resposta às acusações sem fundamento contra o ex-presidente Lula .

A verdade:

Lula entrou e saiu do governo com o mesmo patrimônio imobiliário que tinha antes de ser presidente da República:

- O apartamento onde ele mora em São Bernardo, na avenida Prestes Maia, o mesmo que ele morava antes de ser presidente, e conhecido por toda a imprensa

Contra o golpe, em defesa da Constituição

Editorial do site Vermelho:

O juiz ou procurador da República que quiser fazer passeata deve antes pedir demissão; a toga não pode ser usada para fazer política – palavras como estas foram ditas pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), durante o Encontro com Juristas pela Legalidade e em Defesa da Democracia, que aconteceu nesta terça-feira (22) no Palácio do Planalto.

Apesar de relativamente jovem (ele completa 48 anos em abril), Flávio Dino acumulou experiência e autoridade para falar nesse tom. Tem um currículo respeitável. Foi juiz federal entre 1994 (aprovado, em primeiro lugar, no mesmo concurso em que Sérgio Moro concorreu) e 2006, quando se afastou para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, pelo PCdoB.