quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

O protesto contra PEC-55 no prédio da Fiesp

Foto: Rogerio de Santis/Futura Press
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Saiu barato para a Fiesp.

Na noite de terça, dia 13, um grupo de manifestantes invadiu o prédio na Paulista e lançou rojões e fogos de artifício no interior.

O portão principal foi forçado. Algumas vidraças foram quebradas. Duas mulheres acabaram detidas - uma delas, uma menor, por desacato. Foram levadas à 78ª DP, na Avenida Estados Unidos.

Cenas de guerra na aprovação da PEC-55

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Do site Vermelho:

O jornalista Paulo Lima descreveu em texto, fotos e vídeo as cenas de repressão que tomaram conta da Esplanada dos Ministérios nesta terça-feira (13). O Congresso Nacional ficou isolado e os manifestantes mantidos a alguns quilômetros de distância. para que os senadores aprovassem sem nenhuma contestação a medida que congelará por vinte anos os gastos sociais públicos.

CPI da Merenda inocenta máfia tucana

Por Altamiro Borges

Se depender da mídia chapa-branca e da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o governador Geraldo Alckmin, o “Santo” das listas de propina da Odebrecht e ex-fiel da seita Opus Dei, já tem um lugar reservado ao lado de Deus. Nesta terça-feira (13), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para apurar as fraudes na merenda escolar foi concluída sem incriminar nenhum grão-tucano do governo paulista. O relatório final propôs punir apenas alguns integrantes da cooperativa agrícola, dois servidores públicos e um ex-chefe do gabinete da Casa Civil do Palácio dos Bandeirantes. O presidente da Alesp, Fernando Capez (PSDB), filhote do governador, saiu totalmente ileso da “CPI”.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Previdência privada aplaude a “reforma”

Ilustração: Bira Dantas
Por Altamiro Borges

A proposta de “reforma” da Previdência do Judas Michel Temer é tão cruel e desumana que até já virou motivo de piadinhas macabras. O irreverente José Simão não perdeu a oportunidade: “Se eu estivesse morto, eu teria que trabalhar mais 20 anos pra me aposentar! E o Congresso? O Congresso vai se aposentar por anos de propina. Aposentadoria por tempo de propina... E o [site] Kibeloco: ‘A reforma é simples: se você não é militar, não vai se aposentar’. A Reforma da Previdência é simples: você não vai se aposentar! Pronto! E adorei a charge do ATorres com uns véinhos numa mesa branca: ‘Seu Astrodo, o senhor está entre nós? Já saiu sua aposentadoria, seu Astrodo’”.

O apoio midiático à 'PEC da Morte'

Por Laurindo Lalo Leal Filho, no site Carta Maior:

A PEC-55 limitando os gastos públicos por 20 anos é um dos pilares do golpe de Estado perpetrado em 31 de agosto deste ano contra o governo da presidenta Dilma Rousseff.

Dois outros são a entrega do pré-sal às multinacionais do petróleo e a criminosa reforma da Previdência.

A ação golpista não estancou na destituição da governante eleita pelo voto popular.

Constituiu-se na atual legislatura uma maioria parlamentar capaz de aprovar qualquer medida anti-popular e anti-nacionalista que seja apresentada.

Sentença de morte: você não vai se aposentar

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A reforma da Previdência anunciada pelo governo não eleito pode ser resumida numa sentença de morte: você não vai se aposentar. É só fazer as contas. O tempo de contribuição necessário para ter direito a aposentadoria integral (que de integral não tem nada) passou a ser de 49 anos. Some a essas quase cinco décadas a idade que você começou a trabalhar, os eventuais períodos em que ficou sem contribuir e compare com a expectativa de vida média do brasileiro. A indesejada das gentes vai chegar primeiro.

PEC-55: instrumento do 1% mais rico

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Grazielle David e Juliano Giassi Goularti, no site Brasil Debate:

No Brasil, o comprometimento do orçamento da União para o pagamento de despesas financeiras, cujos estoques estão em poder de donos de títulos da dívida pública, pessoa físicas ou jurídicas, e principalmente nas mãos do sistema financeiro, dos bancos, alcançou a marca de 27,8% [1] do orçamento federal em 2015.

Esse cenário torna a dívida pública um dos principais instrumentos de dominação da sociedade brasileira por parte dos grandes rentistas, proprietários de grande parte dos títulos da dívida. O processo de gerenciamento da dívida pública, que carrega uma elevada taxa de juros e a lógica de curto prazo no pagamento das obrigações financeiras, tem sido o principal condicionante da política econômica nas últimas duas décadas, o que torna o capital portador de juros um sócio privilegiado do orçamento público.

Previdência: a farsa desmascarada

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Às vezes, diz o brocado, é mais fácil pegar um mentiroso que um coxo. Nos últimos dois anos, os conservadores brasileiros surfaram na onda do sentimento anti-establishment que percorre o planeta. Deram-lhe conteúdo reacionário. Em maio, derrubaram um governo que ensaiava reformas sociais tímidas porém inéditas – acusando-o de responsável por práticas de corrupção que marcam a história do país há séculos. Promoveram uma série inédita de ataques aos direitos sociais, aos serviços públicos e às liberdades democráticas. Governam como saqueadores, loteando o Estado e desmantelando as políticas públicas.

Triplex não é de Lula, confirmam testemunhas

Do site Lula:

A engenheira da OAS Empreendimentos Mariuza Aparecida Marques depôs nesta segunda-feira (12) em processo na 13ª Vara Justiça Federal, em Curitiba, por videoconferência. Ela é testemunha de acusação dos procuradores do Ministério Público Federal do Paraná contra Luiz Inácio Lula da Silva, acusado de ser dono de um um apartamento triplex do qual jamais foi o proprietário oficial nem jamais fez uso. Atualmente, a OAS é a dona do imóvel.

A PEC-55 e o estado de sítio rentista

Por Jeferson Miola

Em 13 de dezembro de 1968, o ditador Costa e Silva decretou o Ato Institucional nº 5. Essa medida, equivalente ao estado de sítio, consolidou o caráter totalitário do regime de exceção iniciado com o golpe de Estado perpetrado em 31 de março de 1964 com a derrubada do Presidente João Goulart.

O AI 5 ficou vigente até dezembro de 1978, portanto seus efeitos duraram 10 anos.

Exatos 48 anos depois, neste dia 13 de dezembro de 2016, o regime de exceção vigente hoje no Brasil dará um passo decisivo para a instauração do estado de sítio rentista.

Reforma previdenciária presenteia os bancos

Ilustração: Quinho
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Já se soube que o secretário de Previdência, Marcelo Caetano, antes de fechar e apresentar a proposta de reforma do governo, reuniu-se diversas vezes com empresários, banqueiros e fundos de Previdência Privada. Só quando tudo estava pronto, teve um encontro com as centrais sindicais. O que não se sabia, e estava passando batido, é que ele incluiu na reforma um presente para os bancos e fundos de previdência privada, manobra que está sendo denunciada pela líder da minoria na Câmara, Jandira Feghali (PC do B-RJ).

Os crimes do narcoestado peruano

Por Leonardo Wexell Severo, de Lima-Peru

Passada a sangrenta ditadura de Alberto Fujimori e o estelionato eleitoral de Ollanta Humala, o povo peruano enfrenta agora o desgoverno de Pedro Pablo Kuczynski (PPK) e um parlamento corrupto, controlado pelo narco-fascismo fujimorista. Uma feroz disputa entre direitistas para ver quem é mais submisso ao sistema financeiro e aos cartéis estrangeiros; que se empenham na implantação da política neoliberal de desmonte do Estado, via ajuste fiscal, concessões-privatizações e reformas trabalhista e previdenciária.

República estilhaçada e a falência do STF

Ilustração: Quinho
Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

Uma república se sustenta sobre a funcionalidade do tripé dos três poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário - conforme o estabelecido na Constituição. Nas últimas semanas, a república brasileira veio abaixo com o desmoronamento do último poder que ainda mal subsistia: o Judiciário. Fruto de um golpe, o Executivo, sem legitimidade não podia ser considerado um poder republicano desde a posse de Temer. Além da ilegitimidade originária, esse governo era e é inaceitável pelo seu caráter criminal. Se alguém ainda duvidava de que se tratava de uma quadrilha, as delações dos executivos da Odebrecht acabam de desvelar qualquer dúvida. A principal missão desse governo é a de investir com violência contra os direitos sociais e contra o espírito e a letra da Constituição de 1988.

Com Temer, a questão indígena retrocede

Por Murilo Matias, na revista CartaCapital:

Muito cacique para pouco índio. A tradicional expressão brasileira que sugere excesso de autoridades para um reduzido número de seguidores inverte-se na realidade vivenciada pelos índios na política nacional.

Ausentes nos espaços de poder, os indígenas veem seus dramas se intensificarem, com a fragilização da Fundação Nacional do Índio (Funai), a ofensiva da bancada ruralista e o massacre de etnias impulsionado pela guerra de especuladores do agronegócio, percebida por muitos como a continuação de um genocídio.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Os abraços do afogado de Michel Temer

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer se move no tempo em que a política manda que não se faça movimentos: em cima do laço, embaixo da crise.

Tudo o que fizer nos próximos dias tem cara de (e é) desespero.

Deu Rodrigo Maia como carta fora do baralho.

Parte de seus aliados quer “anular” a delação, o que é um delírio inimaginável, como se o STF pudesse aceitar um Renan Calheiros – 2, revisto e ampliado.

Datafolha: 63% contra golpe dentro do golpe

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Para quem imaginava que o Brasil havia ingressado numa fase de conformismo político absoluto, a pesquisa do Datafolha divulgada neste fim de semana contém uma revelação essencial. Nada menos que 63% dos brasileiros estão fartos do governo Michel Temer, pedem sua renúncia e querem ir às urnas para escolher um novo presidente. São números que formam o horizonte político do próximo período e devem fazer parte de articulações, conversas de pé de ouvido e protestos de rua daqui para a frente.

A hilária tentativa da Folha de esconder Lula

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O título da matéria da Folha chega a ser hilário. Marina Silva vem despencando em queda livre nas pesquisas desde março deste ano, depois de apoiar o golpe. Saiu de 21% em março, caiu para 19% em abril, escorregou para 17% em julho e fechou o ano em 15%.

Lula, por outro lado, vem disparando após o golpe: saiu de 15% em março, e foi crescendo a cada pesquisa, até chegar aos 25% de hoje, que o deixam isolado na liderança do primeiro turno.

Globo ataca Temer, que pode renunciar

Por Renato Rovai, em seu blog:

Temer já estaria considerando a possibilidade de renunciar antes do dia 31/12 para não sair escorraçado do governo, é o que teria dito um de seus aliados a um deputado de oposição.

O que o faz tentar se agarrar ao cargo de qualquer forma é a manutenção do foro privilegiado. Não só dele, mas de muitos de seus atuais ministros.

Eles sabem que abrir mão disso agora pode levá-los a ter de forma rápida o futuro de Sérgio Cabral.

Dilma 10 X 0 Paneleiros

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Se as instituições do Estado não estivessem podres; se existisse imprensa de fato no Brasil, e não uma organização mafiosa eternamente contrária aos interesses populares e nacionais ; se os integrantes dos poderes da República fossem minimamente sérios e honrassem suas funções públicas e se as classes média e alta, além de profundamente ignorantes, não chafurdassem no pântano da intolerância e do ódio, o Brasil teria de pedir desculpas à Dilma e devolver-lhe o governo, para o qual foi eleita legitimamente com mais de 54 milhões de votos de brasileiros e brasileiras.

PEC de Temer atingirá os mais pobres

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Mais uma prova de que o governo Temer está mentindo aos brasileiros sobre os efeitos da PEC do Teto foi dada hoje pela ONU (Organização das Nações Unidas), ao alertar que a medida é incompatível com as obrigações do país em relação aos direitos humanos e terá um impacto severo sobre os mais pobres. De acordo com o relator especial da ONU para extrema pobreza e direitos humanos, Philip Alston, o efeito principal e inevitável da proposta de emenda constitucional, elaborada para forçar um congelamento orçamentário como demonstração de prudência fiscal, será o prejuízo à população carente nas próximas décadas. A PEC já passou na Câmara e poderá ser aprovada definitivamente pelo Senado no próximo dia 13 de dezembro.