sábado, 13 de maio de 2017

A declaração da ilegalidade da pobreza

Por Leonardo Boff, em seu blog:

O aumento escandaloso dos níveis de pobreza no mundo tem suscitado movimentos pela erradicação desta chaga na humanidade.

No dia 9 de maio realizou-se um ato na Universidade Nacional de Rosário promovido pela Cátedra da Água, um departamento da Faculdade de Ciências Sociais, coordenado pelo Prof. Anibal Faccendi, em forma de uma Declaração sobre a ilegalidade da pobreza. Coube-me participar e fazer a fala de motivação. O sentido é conquistar apoios do congresso nacional, da sociedade e de pessoas de todo o continente para levar esta demanda às instâncias da ONU para conferir-lhe a mais alta validação.

BB corta 10 mil vagas e fecha 551 agências

Da Rede Brasil Atual:

Relatório divulgado nesta quinta-feira (11) pelo Banco do Brasil (BB) mostra que a instituição eliminou 9.900 postos de trabalho em um ano, até o primeiro trimestre, e fechou 551 agências, mais do que a meta anunciada há alguns meses (aproximadamente 400). O corte no número de "colaboradores" supera 13 mil se incluídos os estagiários. O lucro líquido nos três primeiros meses do ano atingiu R$ 2,443 bilhões, crescimento de 3,6% em relação a igual período de 2016.

Genoíno e o linchamento midiático

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O linchamento midiático destrói reputações e tem se tornado expediente comum na política nativa. Ex-guerrilheiro do Araguaia e ex-presidente do PT, José Genoíno foi vítima desse processo, que teve forte impacto sobre a sua família. A experiência é tema do livro Felicidade fechada, escrito por sua filha, Miruna Genoíno, a ser lançado na quarta-feira (17), no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo. Na ocasião, a pedagoga participará de debate sobre o tema ao lado dos jornalistas Paulo Moreira Leite e Maria Inês Nassif.

Um ano de Temer, retrocesso e resistência

Editorial do site Vermelho:

O dia 12 de maio ficará registrado, na história, como uma data triste para o povo brasileiro. Neste dia, faz um ano, foi dado um passo decisivo no rumo do enorme atentado à democracia e à legalidade que foi a deposição da presidente legítima Dilma Rousseff e sua substituição pelo usurpador Michel Temer.

O golpe aprofundou o cenário de horrores que a direita construía desde a posse da presidenta eleita, em 2015. E a crônica do governo golpista é o relato de enormes e sucessivos ataques contra a democracia, os direitos do povo e dos trabalhadores, o desmonte do Estado e da economia do país, e o abandono da soberania nacional.

As mentiras de João Santana e Monica Moura

Foto: Facultad de Periodismo y Comunicación Social (UNLP)
Do site da Dilma:

A respeito das delações feitas por João Santana e Monica Moura, a Assessoria de Imprensa da ex-presidenta Dilma Rousseff esclarece:

1- Mais uma vez delatores presos, buscando conseguir sua liberdade e a redução de pena, constroem versões falsas e fantasiosas.

2- A presidenta eleita Dilma Rousseff nunca negociou doações eleitorais ou ordenou quaisquer pagamentos ilegais a prestadores de serviços em suas campanhas, ou fora delas. Suas determinações sempre foram claras para que a lei seja sempre rigorosamente respeitada. Todos aqueles que trabalharam, ou conviveram com ela, sabem disso.

Palocci e a delação mediante sequestro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não sei se é verdade que o ex-ministro Antonio Palocci esteja negociando uma delação premiada.

Não sei, porque o noticiário virou um apêndice dos interesses da República de Curitiba, mas o que este noticiário registra é aterrador.

Diz que o Ministério Público exigiu que Antonio Palocci demitisse o advogado José Roberto Batocchio, que o defendia há 12 anos,. por dois negociante de “se eu acusar, vocês me aliviam, né”?

Batocchi declarou apenas que seu cliente não resistiu a Guantánamo subtropical.

Lágrimas de crocodilo contra Marisa

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ninguém precisa se impressionar com o sentimentalismo improvisado de quem tenta acusar Lula de esconder-se atrás de Marisa Letícia para fugir das acusações do triplex do Guarujá.

A verdade é que a presença de Marisa nas tratativas para a compra e depois na desistência de uma cota no edifício do Guarujá - o único pretexto material para a Lava Jato tentar atingir Lula numa acusação criminal - é um fato estabelecido de forma concreta. Os documentos - que nunca envolvem Lula - estão nos autos e não precisam ser lembrados aqui. Ela sempre foi a primeira a sustentar essa versão. A fonte original, desde o tempo em que a OAS não havia entrado na história, que era um investimento da Bancoop.

Lula e o massacre do Jornal Nacional

Por João Feres Júnior, na revista CartaCapital:

A prolongada crise política que engolfa o Brasil desde ao menos a eleição passada, em boa medida insuflada pela Operação Lava Jato, teve ontem um dos seus capítulos mais grotescos: a atualização feita pelo Jornal Nacional da edição do debate entre Lula e Collor, ocorrida em 14 de dezembro de 1989, às vésperas do segundo turno da eleição. Tal edição entrou para os anais do jornalismo brasileiro como exemplo máximo de manipulação midiática com fins políticos e projetou uma sombra que iria marcar o comportamento da mídia ao longo de todo período da Nova República até os dias de hoje.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Mainardi para Reinaldo: “Vai dar a bunda”

Por Altamiro Borges

Esta turma de “calunistas” da chamada grande imprensa é realmente muito baixo nível. É bem xucra! Na cavalgada golpista para derrubar Dilma, ela esteve unida e excitada. Conclamou os seu fanáticos seguidores a ocuparem às ruas para depor uma presidenta eleita pela maioria dos brasileiros. Atiçou o ódio fascista na sociedade. Porém, passado o “golpe dos corruptos”, que alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer, ela agora está dividida. E não faltam baixarias. Dois dos principais mentores da direita nativa – Diogo Mainardi, a anta que obra na GloboNews, e Reinaldo Azevedo, que trabalha na Veja e Folha – estão em guerra e ligaram o ventilador no esgoto.

Marisa tem culpa sim... por trabalho escravo!

Por Altamiro Borges

A cloaca empresarial - também chamada de "elite" -, apoiadora do golpe dos corruptos que conduziu a quadrilha de Michel Temer ao poder, está cada vez mais atrevida. Nesta sexta-feira (12), a rede de lojas Marisa divulgou nas redes sociais uma propaganda para o Dia das Mães com o seguinte bordão: "Se sua mãe ficar sem presente, a culpa não é da Marisa". A peça publicitária visou reforçar o coro da mídia golpista, que deixou de lado o conteúdo do depoimento do ex-presidente Lula ao "juiz" Sergio Moro, nesta quarta-feira (10), para explorar as citações feitas na ocasião à ex-primeira-dama, Marisa Letícia, falecida em fevereiro passado. O teor da mensagem é tão nojento quanto a repugnante capa da revista "Veja" desta semana - parece até que a maldade foi combinada em algum covil.

Antonio Candido, um socialista convicto

Por Altamiro Borges

Faleceu na manhã desta sexta-feira (12), aos 98 anos, o critico literário, sociólogo e militante político Antonio Candido. Tive o prazer de assistir algumas de suas palestras e sempre me impressionou a sua energia, seu amor pelo povo brasileiro, suas convicções socialistas e humanistas. Professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), ele cativou milhares de jovens e esbanjou conhecimento e cultura. Em tempos de retrocesso político no país e de uma perigosa onda conservadora e fascistizante no mundo, Antonio Candido fará muita falta. Os seus ensinamentos, porém, estão cravados na alma brasileira. 

Reproduzo abaixo uma bela entrevista do mestre ao jornal Brasil de Fato, concedida em agosto de 2011:

Instituto Lula e o risco à democracia

O julgamento político de Moro contra Lula

Por Patrícia Faermann, no Jornal GGN:

Com a reação nitidamente perplexo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ouvia do juiz Sergio Moro o que ele considerava como justificativa para dirigir perguntas no caso do triplex do Guarujá sobre a AP 470, conhecida como mensalão, julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

"Eu tenho umas perguntas para o senhor para entender a sua relação com os seus subordinados e assessores. O senhor ex-presidente afirma que jamais compactou com algum dos criminosos, que não tinha conhecimento dos crimes praticados no âmbito da Petrobras no seu governo. Eu entendo aqui que perguntas a respeito de atitudes em relação a crimes praticados por subordinados, assessores ou pessoas que trabalharam na Petrobras durante o seu governo têm relevância para a formação da minha convicção judicial. Nesse aspecto, senhor ex-presidente, eu gostaria de fazer algumas perguntas sobre a sua opinião sobre o caso nominado de 'Mensalão', que foi julgado pelo STF", disse Moro.

Fachin e Santana: golpe segue mesmo roteiro

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A cada dia que passa, a morte de Teori Zavaschi nos parece mais oportuna para os golpistas, pois o comportamento de seu “herdeiro”, Luiz Edson Fachin, revela-se cada vez mais afinado com a agenda criminosa do partido midiático-judicial que assumiu o poder político no país.

No dia seguinte à surra épica que Lula aplicou em seus algozes, não apenas através de seu depoimento, mas sobretudo pela capacidade incrível de mobilização de seus apoiadores, o partido judicial levanta o sigilo dos depoimentos de João Santana e sua esposa.

O casal Santana faz parte do rol de torturados pela nova Inquisição: eles só encontraram jeito de fugir às bastilhas perpétuas anuindo em participar do jogo sujo dos procuradores, ou seja, legitimando as teses pré-escritas da acusação, que podem ser todas resumidas em duas frases: delenda PT e longa vida ao golpe.

As mentiras de Miriam Leitão sobre Marisa

Miriam e Moro: na mídia brasileira, esta cena é normal
Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Depois do depoimento de Lula a Sérgio Moro, a Rede Globo subiu um patamar na escalada do massacre midiático.

Agregou à estratégia da meia verdade a divulgação de mentiras completas.

A meia verdade pode ser também uma meia mentira, mas, em geral, ela tem um formato que faz parecer coisa séria.

E dá uma porta de saída ao jornalista mentiroso: ele pode dizer que o que disse ou escreve é fato.

Só não disse tudo, mas o que relatou é um fato.

Por exemplo: o caso do tríplex, o centro da acusação que levou o ex-presidente da República a depor em Curitiba.

É fato que a OAS tentou entregar o imóvel para Marisa Letícia Lula da Silva e Lula.

Moro queria humilhar Lula e saiu humilhado

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Se tivesse que resumir o que creio que decorreu do 10 de maio de 2017 – data a ser imortalizada –, diria que foi o dia da inflexão política brasileira após um processo acelerado de degradação institucional do país.

A iniciativa de trazer o ex-presidente Lula a Curitiba e dar a essa iniciativa uma publicidade imensa, foi (exclusivamente) do juiz Sergio Moro. Ele poderia ter feito outras opções. Por exemplo, poderia ter mantido sigilo sobre a oitiva ou fazê-la por teleconferência.

Por que? Em benefício do Erário, entre outros fatores.

Temer celebra o êxito do retrocesso

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Quantos anos ou décadas o Brasil terá retrocedido sob Temer só saberemos quando ele se for. Mas neste primeiro ano de seu governo, é indiscutível a involução em muitas áreas onde o pais havia saltado para a frente, especialmente na construção de um sociedade mais próxima do bem-estar social coletivo. O que Temer vai celebrar hoje, com uma solenidade no Planalto, é o retumbante êxito de seu programa de retrocessos, que podem ser também conferidos na página especial criada para a data (Brasil.gov.br/Brasilagora).

TVs tentam invisibilizar apoiadores de Lula

Por Júlia Dolce, no jornal Brasil de Fato:

O depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz Sérgio Moro no âmbito da Operação Lava Jato foi amplamente divulgado pela mídia brasileira nesta quarta-feira.

Entretanto, a cobertura jornalística realizada pela grande imprensa pareceu ignorar os milhares de manifestantes em apoio ao ex-presidente que viajaram de todas as partes do país para ocupar a cidade de Curitiba, onde ocorria o interrogatório. Além disso, a narrativa de batalha entre Moro e Lula, criada por grandes veículos de comunicação, pode ser considerada prejudicial para a população.

Flexibilizar a jornada: a quem interessa?

Por Pietro Borsari, no site Brasil Debate:

A reforma trabalhista (PL 6787/2016), quanto à jornada de trabalho, opera no sentido da flexibilização do uso da força de trabalho. Este artigo buscará, além de resumir as alterações, elucidar os motivos pelos quais a flexibilização é tão adequada para o empregador e tão prejudicial ao trabalhador.

Hoje, a CLT estabelece a jornada normal de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas semanais, podendo haver até 4 horas extras na semana, sendo que não mais de 2 horas extras por dia. Mas a reforma trabalhista altera aspectos da jornada de forma a possibilitar maior flexibilidade para compensação das horas extras do banco de horas (Art. 59A), extensão da jornada diária para até 12 horas (turnos 12×36, Art. 59B) e implementação do contrato de trabalho intermitente. Além disso, propõe o fim do comunicado prévio de necessidade imperiosa de jornada de trabalho acima dos limites legais. Todas essas propostas vão no sentido de tornar a jornada de trabalho mais flexível, facilitando a compensação das horas extras sem custos adicionais e, no limite, permitindo a contratação sem garantia de jornada e remuneração (trabalho intermitente).


Imprensa mundial destaca Lula como vítima

Por Olímpio Cruz, no site PT no Senado:

Noventa por cento da cobertura global sobre o Brasil nesta quinta-feira, 11 de maio, está restrita ao depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva perante a Justiça Federal. A mídia global mostra o impacto da sua ida a Curitiba para se explicar perante o juiz Sérgio Moro, pintado no material noticioso como um magistrado que luta contra a corrupção. Mas, diferentemente do que saiu na mídia brasileira, o material produzido por correspondentes e agências internacionais de notícias é mais favorável a Lula, que se apresentou como vítima de uma perseguição