terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Bolsonaro e a ausência de honra entre ladrões

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O PSL, partido de Bolsonaro, apodreceu rapidamente. As candidaturas de laranjas serviram para enriquecer um partido recém-nascido e nascido grande graças à onda de loucura que se apoderou do país. Porém, o “mito” de pés de barro não hesitou em entregar as cabeças dos comparsas ao menor sinal de perigo. Essa é uma lição para quem quiser se aliar ao clã fascista.

O Congresso que tomou posse dia 1º reúne o menor número de parlamentares declaradamente governistas dos últimos 24 anos. Na Câmara, a base oficial de Jair Bolsonaro representa 22% das cadeiras, enquanto que, no Senado, não passa de 8%.


A gente vai continuar indo ao Extra…

Por Renato Rovai, em seu blog:

O Brasil se tornou um país impressionantemente ruim. Um boçal aplica um mata-leão até matar um menino de 19 anos num dos bairros mais abastados do Rio de Janeiro. Sufoca-o indefeso até que faleça.

A cena inunda a internet. Faz 24 horas que a vi. São quase meia-noite de sexta e ela invade minha timeline de novo.

Não choro. Não chorei ontem. Mas sinto um desespero silencioso, porque a vida daquele guri não parece valer nada.

Governo Bolsonaro: ópera-bufa em sete atos

Por Thais Reis Oliveira, na revista CartaCapital:

O governo de Jair Bolsonaro completa 50 dias nesta segunda-feira, 18. Mas é tanto recuo, tanto bate-cabeça, tanta intriga e tanta crise que o tempo parece outro: uns cinco anos, alguém diria. Destaque para a degola de um de seus homens fortes, o aprofundamento do caso Queiroz e a revelação de um esquema de candidaturas laranja no PSL.

Chamuscado por um início cheio de tropeços e o estouro precoce de crises públicas e privadas, o presidente chega fragilizado à disputa com o Congresso – embora beneficiado pelo acordo com Rodrigo Maia e pela vitória contra Renan Calheiros.

Auditores fiscais na luta pela democracia

Enviado por Charles Alcantara

Manifesto declaratório 

Ao tempo em que assistimos à intensificação dos ataques à frágil democracia brasileira e ao inconcluso Estado Social declarado na Constituição de 1988, lançamos o coletivo Auditores Fiscais pela Democracia (AFpD), formado por servidores públicos das administrações tributárias, aduaneira e da inspeção do trabalho que compartilham do propósito comum de construir uma sociedade pautada na democracia plena, na justiça social e na solidariedade. 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Intelectuais de internet chegam ao poder

Por Tatiana Roque, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Dizendo proteger a democracia ao suprimir o comunismo da sociedade, formam-se cruzadas que, ironicamente, suprimem a democracia – ao tolher o dissenso e a liberdade de expressão. Grupos organizados atuam em universidades e escolas para vigiar e denunciar supostos comunistas, sem provas, listando nominalmente professores e acusando-os de doutrinar e seduzir estudantes. Comitês governamentais são instalados para limpar a máquina estatal de funcionários ideologicamente suspeitos.

O luto parece não ter fim

Por Leonardo Boff, em seu blog:

O Brasil parece tomado por um luto que nunca termina. As pessoas andam acabrunhadas por causa do desemprego e pelas reformas conservadoras que o novo governo pretende introduzir, tirando direitos dos trabalhadores e atacando diretamente várias políticas sociais que beneficiavam os mais destituídos. Estudantes universitários que viviam com bolsas do governo tiveram que interromper seus estudos. Reformas na educação nos remetem à fase anterior ao Iluminismo, em alguns pontos, à Idade Média. Uma sombra escura pesa sobre o rosto de milhões de compatriotas.

Bebianno descobriu o óbvio tarde demais

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Gustavo Bebianno falou o óbvio ululante quando apontou o dedo para o pai na crise que culminou em sua exoneração.

“O problema não é o pimpolho. O Jair é o problema. Ele usa o Carlos como instrumento. É assustador”, disse, segundo Lauro Jardim no Globo.

“Perdi a confiança no Jair. Tenho vergonha de ter acreditado nele. É uma pessoa louca, um perigo para o Brasil.”

Carlos é produto de Jair, com quem tem uma relação obsessiva. O rosto do genitor está tatuado em seu braço direito.

Um muro chamado soberania nacional

Por Mariângela Nascimento, na revista Teoria e Debate:

A nova configuração do poder capitalista tem redesenhado o território global e estabelecido uma nova ordenação produtiva, na qual a mobilidade do trabalho torna-se, cada vez mais, uma condição necessária, ao mesmo tempo a maioria dos países capitalistas vem impondo fortes restrições que limitam e controlam a circulação de pessoas.

Para a execução dessa política, uma nova noção de direito passa a fundamentar e justificar essa ordenação na sua capacidade de fazer uso da força, e passa a manter sob o seu total controle os resultados políticos de qualquer acontecimento no âmbito global.

Bolsonaro passou a lua de mel no bordel

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Num país onde é costume definir os meses iniciais de todo governo novo como uma "lua de mel", os primeiros 45 dias do governo Jair Bolsonaro no Planalto podem ser classificados como uma festa de arromba num antigo bordel da república brasileira.

Nesse período, já se detectou a presença de tudo que há de pior naquele universo que meses atrás os marqueteiros do bolsonarismo-chique adoravam descrever como "velha politica":

1- O emprego da força imunda do dinheiro clandestino ficou claro na contabilidade dos laranjas, esquema mais velho que as contas-fantasma da Republica de Alagoas que derrubaram Fernando Collor. Até agora, não custa lembrar, ficamos na pontinha do iceberg, como sugerem os imensos cuidados com a saída de Gustavo Bebianno.

O “Pitfilho” e a carga de cavalaria

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Precioso o levantamento de O Globo sobre a natureza dos 500 “tuítes” disparados - o termo é perfeito - por Carlos Bolsonaro nos últimos dois meses.

O resultado é o indiscutível retrato da máquina de agressões que é o clã Bolsonaro: 73% deles são de ataques a pessoas e instituições.

Dão razão aparente ao fato de o “pitbull’ estar sendo apontado como personagem principal de uma confusão na qual é mero coajuvante: o conflito entre Jair Bolsonaro e Gustavo Bebianno.

Aparente, apenas, porém.

Bebianno pode se voltar contra Bolsonaro

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Há duas semanas, uma repórter da Folha foi até à gráfica utilizada por uma candidata-laranja do PSL e constatou que não havia nada funcionando no endereço. O partido despejou R$ 380 mil de dinheiro público nessa gráfica fantasma. Confrontado, o presidente do partido de aluguel Luciano Bivar contestou a reportagem: “Mas se ela for lá, ela vai ver as máquinas todinhas. Se não tiver máquina, você pode escrever que eu sou um mentiroso amanhã”. A Folha foi e não encontrou nem um cartucho de tinta. Mesmo autorizado, o jornal elegantemente se absteve de chamá-lo de mentiroso.

O Brasil não é mesmo para amadores

Por Tadeu Porto, no blog Cafezinho:

O telecatch governista promovido pelo Presidente da República e um dos seus ministros mais fieis mostra que o Brasil chegou mesmo ao fundo do poço em matéria de política. O país virou uma nau à deriva completa, institucional e ideologicamente (militantes de todas as vertentes estão se pegando e não é daquele jeito legal do carnaval).

[Sem falar no clima de barbárie. Impossível deixar de citar que esse clima de “vale tudo” que estamos vivendo em Brasília inspira pessoas a assassinar adolescentes a troco de nada. Se for preto e pobre então (mais desumanizado) é batata.]

Eles decidem se você é terrorista

Por João Telésforo, no site Outras Palavras:

Em junho do ano passado, o governo Temer enviou para a Câmara o Projeto de Lei nº 10.431/2018, alegando que precisava ser aprovado com urgência, para que o Brasil se adequasse às exigências internacionais de cumprimento das resoluções do Conselho de Segurança da ONU que determinassem o bloqueio de bens de pessoas acusadas de atos terroristas ou de financiamento do terrorismo. Sérgio Moro tem atuado pela aprovação do projeto desde outubro, com os mesmos argumentos. Em 12/2, os deputados o aprovaram. Ele começará, agora, a tramitar no Senado.

Mídia e direita desinformam sobre a Bolívia

Emilio Rodas Panique
Por Leonardo Severo e Monica Severo, de La Paz

Nesta entrevista dada em seu gabinete, em La Paz, o vice-ministro do Emprego, Serviço e Cooperativas da Bolívia, Emilio Rodas Panique, fala sobre os 13 anos do governo de Evo Morales, de “nacionalização e industrialização”, do “fortalecimento do Estado e do cooperativismo” no combate “ao neoliberalismo e à selvageria do capitalismo”. Defende a relevância da “valorização dos salários, direitos e benefícios sociais”, do “investimento na formação científico-tecnológica”, da “campanha desinformativa movida pela grande mídia para danificar a imagem do presidente” e do “combate à corrupção”. “Somos nós que mais temos lutado contra a corrupção e quem melhores resultados obtivemos”, sublinhou.


domingo, 17 de fevereiro de 2019

Bolsonaro comprará o silêncio de Bebianno?

Por Altamiro Borges

Como diria o ex-juiz Sergio Moro, atual superministro do governo em chamas: ainda não há provas, mas cresce a convicção de que Gustavo Bebianno venderá muito caro o seu silêncio sobre as sujeiras da campanha que resultaram na vitória da extrema-direita nas eleições do ano passado. Na tarde deste domingo (17), o provável defecado da Secretaria-Geral da Presidência já havia abrandado sua bronca contra o "desleal", "fraco" e "louco" Jair Bolsonaro  segundo desabafos vazados pela imprensa. Em entrevista a Danilo Martins, da TV Globo, ele afirmou no maior cinismo que "agora é hora de esfriar a cabeça"  isto após ter colocado fogo no bordel, que reúne o que há de pior na política nativa, como milicos ressentidos, abutres rentistas, corruptos velhacos, fanáticos religiosos e fascistas malucos.

Os aloprados no comando do Titanic Brasil

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A economia mundial está sob influência dos seguintes fatores negativos, um desmanche em toda organização que vigorou no pós-guerra.

Peça 1 – desaceleração das economias

União Europeia

Nos últimos meses houve uma redução abrupta da oferta de crédito, com reflexos nas diversas economias. E uma obsessão por ajustes fiscais que derrubou as condições sociais estimulando partidos radicais em praticamente todos os países.

Os preparativos da invasão da Venezuela

Por Carlos Fazio, no site Carta Maior:

Em Caracas, a normalidade da vida cotidiana contrasta com a visão apocalíptica difundida no exterior pelas agências internacionais de notícias e pela Internet. Aos olhos de um observador imparcial e objetivo, não há rastros da publicitada catástrofe humanitária. Tampouco há resquício algum de uma ditadura: se imaginam alguém se proclamando presidente encarregado durante os regimes de Franco, Pinochet, Videla, Bordaberry ou Fujimori?

Capitalização será o fim da Previdência

Por Iram Alfaia, no site Vermelho:

Na expectativa da chegada do texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência ao Congresso, o senador Paulo Paim (PT-RS) diz que haverá muita resistência ao que estão chamando de sistema de capitalização. Ele explica que se trata de uma poupança privada que na prática pode acabar com a previdência pública.

“O sistema da capitalização já foi adotado no Chile, na Colômbia, no México e no Peru. Esses países fizeram essa experiência e já estão voltando atrás, porque não deu certo essa tal de poupança – o nome bonito é capitalização”, afirmou o senador.

O general brasileiro no Comando Sul dos EUA

Por Célio Turino, no blog Viomundo:

Generais brasileiros aceitam se submeter ao comando militar de potência estrangeira. Isso é crime de alta traição à pátria e vai acontecer a partir deste ano, sob o governo mais entreguista da história do Brasil.

Como se não bastasse a entrega da Embraer à Boeing e, por tabela, ao Pentágono das FFAA dos EUA, agora generais brasileiros, de forma submissa, vão bater continência ao Estado Maior das FFAA de uma potência estrangeira, assumindo comando de tropas no SouthCom (Comando Sul das FFAA estadunidenses).

Agendas de Guedes e Moro se complementam

Da Rede Brasil Atual:

Para o cientista político e professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) Vitor Marchetti, a agenda ultraliberal do ministro da Economia, Paulo Guedes, e a de "desarticulação social" do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, são complementares. Em sua avaliação, para evitar resistência popular contra as políticas econômicas do governo Bolsonaro, o ex-juiz federal tenta minar a capacidade de mobilização da sociedade.