Por Flavio Aguiar, no site Carta Maior:
A primeira condição para ser de esquerda hoje é parar de falar “na esquerda” e passar a falar “nas esquerdas”. É preciso acabar com o que chamo de “síndrome do banco da frente”, descrita mais ou menos assim: na nossa Kombi (sou do tempo das heróicas Kombis) é de esquerda quem senta comigo no banco da frente; dali pra trás e pra fora é tudo traidor do proletariado e da revolução que está nos esperando já no primeiro cruzamento. O diabo deste tipo de pensamento, que vigorou e ainda vigora por áreas do sentimento de ser “vanguarda”, é que não há cruzamento: esta estrada não tem fim.
A primeira condição para ser de esquerda hoje é parar de falar “na esquerda” e passar a falar “nas esquerdas”. É preciso acabar com o que chamo de “síndrome do banco da frente”, descrita mais ou menos assim: na nossa Kombi (sou do tempo das heróicas Kombis) é de esquerda quem senta comigo no banco da frente; dali pra trás e pra fora é tudo traidor do proletariado e da revolução que está nos esperando já no primeiro cruzamento. O diabo deste tipo de pensamento, que vigorou e ainda vigora por áreas do sentimento de ser “vanguarda”, é que não há cruzamento: esta estrada não tem fim.